terça-feira, 19 de maio de 2020

"Porque no te callas Frederico"?!...


Futurologia perigosa

«O nome de Matheus Nunes há muito que é falado nos corredores de Alvalade. Com apenas 21 anos, o médio brasileiro é um dos jovens com maior margem de progressão e aquele que melhores condições aparenta ter para atingir o plantel principal e, quem sabe, voos ainda mais altos.

No entanto, tudo aquilo que Matheus não precisava era de ver e ouvir o seu nome colocado nas bocas do mundo pelo presidente do Sporting. Sobretudo da forma como aconteceu. A pressão que lhe foi colocada em cima dos ombros é descabida, sem sentido prático e totalmente fora de tempo. Por muito potencial que Matheus Nunes tenha, há todo um processo de crescimento e adaptação ao futebol de alta competição que Varandas, pura e simplesmente, atropelou. Quantos jogadores com grande potencial é que passaram ao lado de carreiras promissoras? E para quê este exercício perigoso de futurologia? Enaltecer a formação? Mostrar que há valores a ter em conta em Alcochete? Sublinhar que a aposta – desportiva e financeira – em Rúben Amorim – que tão bem potenciou Trincão e David Carmo em Braga – tem forte razão de ser?

A única coisa que Frederico Varandas fez foi colocar os holofotes da pressão em Matheus Nunes, correndo um risco inusitado, desnecessário e, acima de tudo, evitável. A comunicação é um dos maiores problemas do presidente do Sporting e isso, em abono da verdade, não é novidade para ninguém. Mas também não é descabido pensar que, após quase 2 anos na liderança do clube, Varandas deveria ter mais noção daquilo que diz e das consequências – directas e indirectas – do seu discurso titubeante, repetitivo, circular e com alguns problemas de identificação com aquela que é a percepção geral da realidade leonina.»
(Alexandre Carvalho, subchefe de redacção de Record, Na Gaveta, hoje às 18:36)


Um desastre completo toda a entrevista concedida por Frederico Varandas ao canal 11! Ainda se as consequências se repercutissem apenas e tão só sobre a sua triste figura, ou figurinha melhor dizendo, nem este postal alguma vez veria a luz do dia! Mas em cada tiro disparado, tombou esventrado pelo chão um desgraçado melro, presumindo o 'melro atirador', ter sido capaz de sair incólume e, mais grave do que isso, triunfante!...

Estará a tornar-se verdadeiramente patológico, uma palavra que intencionalmente utilizo na desesperada tentativa de obrigar o clínico que lidera o Sporting, a perceber o que quero dizer, qualquer exercício comunicacional a que Frederico Varandas se proponha!...

Matheus Nunes, como Alexandre Carvalho, adivinho que com o coração a sangrar, se viu agora 'obrigado' a trazer a terreiro, terá sido o cume, o pináculo da pirâmide do chorrilho de asneiras debitadas pelo Presidente do Sporting Clube de Portugal nesta fatídica e terrífica entrevista. Mas pelo caminho, de cada nome com que a sua incorrigível incapacidade de avaliação terá permitido emprenhar o discurso, terão resultado sérios e graves prejuízos para os próprios, para o Sporting e para o infeliz orador...

"Porque no te callas Frederico"?!...

Leoninamente,
Até à próxima

11 comentários:

  1. Não devia dar entrevistas tão extensas, devia delegar em quem, na estrutura, tenha mais Jeito.
    Cintra também não era um craque mas defendia-se bem.
    SL

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  2. Meu caro Álamo
    Excepcionalmente e desta vez, permito-me discordar de si.
    Com as habituais dificuldades no discurso, embora já com melhorias evidentes relativamente a entrevistas anteriores, penso que Frederico Varandas esteve bem:
     Realista, quando disse que primeiro temos de lutar pelo acesso à Champions - ainda por cima, quando para a época 2022-2023, o 3.º lugar permite o acesso à fase de grupos – e só depois lutar pelo título;
     Reconhecer que é na formação que está a sobrevivência do SPORTING, e daí por ex., a aposta no ressurgimento da equipa B já na próxima época na denominada III Liga;
     O de defender ideias globais para o futebol português (centralização de direitos televisivos, redução para 16 clubes na Liga Nos, não violência no espectáculo desportivo, etc,);
     A ideia da redução orçamental nas modalidades de pavilhão e de que estas, a exemplo do futebol, também devem apostar na formação.
    Reconheço, no entanto, a minha dificuldade argumentativa para defender o actual Presidente do meu SPORTING, nomeadamente quando a personagem fantasma do BC continua a alimentar a divisão no universo leonino.
    Enquanto não conseguirmos ultrapassar o trauma de alguém (BC) que cavou o maior fosso divisionista que alguma vez existiu no nosso Clube (basta acompanhar os diversos blogs sportinguistas) não há salvação para o SPORTING, seja Frederico Varandas ou qualquer outro que o venha a liderar no futuro.
    Um grande e forte abraço

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  3. Nota sobre a opinião de Alexandre Carvalho
    No mesmo ano, em que o Sporting contratou Matheus Nunes ao Estoril B, o seu colega desta equipa Marcos António, mais conhecido por “Marcos Bahia” foi contratado pelo Shahtar Donetsk, o qual integra já o actual plantel desta, tendo inclusivamente participado como titular na presente época em jogos da Champions.
    No Estoril, quem os treinou a ambos na equipa B (Alexandre Santos) não reconhecia em termos de “performance” grandes diferenças entre os dois.
    A diferença: é que o Shahtar Donetsk apostou em Marcos António para a equipa sénior, enquanto o SPORTING colocou Matheus Nunes a jogar na equipa sub-23.
    Se calhar, Frederico Varandas está mais perto da verdade sobre o futuro de Matheus Nunes do que AC.
    Mas reconheça-se que é difícil rebater a opinião do jornalismo desportivo, porque mesmo quando erram (mesmo que a posteriori) nunca o reconhecem.

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    1. Caro Carlos Antunes, a discordância entre duas pessoas sobre determinada matéria será sempre salutar. Nunca trará mal a qualquer dos dois. Aceito que não tenha ficado com a mesma impressão sobre a entrevista. Mas permita-me fazer-lhe notar que em nenhum dos quatro pontos que enumera eu também não lhe reconheça méritos. As minhas críticas apontam aos trechos exacerbada ou extemporaneamente elogiosos do seu discurso quando se referiu a várias pessoas que passaram ou ainda estão em Alvalade, muito em particular em relação a Matheus Nunes e Rúben Amorim, à revelia de todos os mais elementares preceitos que o líder de uma instituição como o Sporting deve procurar seguir. Na minha modesta opinião Varandas prestou um mau serviço a qualquer deles e, fundamentalmente, ao Sporting. Todas as ciências do comportamento humano no-lo ensinam: os elogios desbragados e antecipados, serão sempre um forte contributo para escancarar as portas da redução da exigência, uma vez que poderão constituir e vir a revelar-se um convite ao relaxamento daqueles a quem são dirigidos, além de lhes colocarem uma nefasta e escusada pressão no seu desempenho futuro.
      É o que penso e do mesmo modo Alexandre Carvalho, tão leão quanto nós apesar de, ao que sei, ter nascido em Braga, deverá ter pensado para escrever o que escreveu. Oxalá o futuro não dê razão a ambos e Matheus e Rúben, façam ouvidos de mercador às palavras de Varandas e venham a alcançar todos os êxitos do mundo. Mas o erro que Varandas cometeu nunca poderá ser admissível num líder. Há métodos bem mais infalíveis para se conseguir estimular alguém!...
      Grande abraço e SL

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    2. Tem razão, este tipo de conversa só se deve ter no café, não num meio com milhões de espectadores. Mas Varandas tem razão nos 2 casos : Matheus Nunes, carioca, já devia estar na equipa A,ou, então, estiveram a esconde-lo, ainda há dias Quaresma fez-lhe um grande elogio.
      Rúben Amorim, benfiquista, não há ninguém perfeito, vai, seguramente, ter uma grande carreira; viu-se o que fez no Braga e ja se percebeu com a metodologia de treino em Alcochete.
      SL

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    3. Caro Álamo
      Naturalmente que a discordância entre duas pessoas sobre determinada matéria será sempre salutar, e aceito obviamente a sua réplica ao meu comentário.
      Mas não prescindo da tréplica.
      Antes do mais, não me parece que tenha tecido grandes elogios ao FV.
      Mas como sportinguista desde que me conheço (como costumo dizer, “antes de ser português, já era do Sporting”), o que me preocupa não é tanto o Varandas, nem em discutir se este tem prestado ou não um mau serviço ao clube.
      O que mais me aflige é a profunda divisão actualmente existente no universo leonino, criada pela herança deixada pelo ex-presidente BC.
      Esta divisão se não for resolvida, e não o é pela simples destituição do Varandas, porque os que só admitem o regresso do D. Sebastião brunista envolto num nevoeiro verde, nunca deixarão em paz um futuro líder, qualquer que ele venha a ser.
      Esta insanável e persistente divisão é que pode comprometer o futuro do nosso grande SPORTING.
      Abraço e saudações leoninas


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    4. Caro Carlos Antunes, a minha concordância com este seu comentário das 17:23, é total! Também para mim, ultrapassar "a política de terra queimada", qual 'presente envenenado' ou 'tenebrosa maldição' que Bruno de Carvalho parece ter 'decretado' para o Sporting após a sua destituição, constituirá, hoje por hoje, a missão mais difícil para qualquer presidente, seja ele quem for...
      Com toda a humildade permita-me confessar que não estou a ver, neste momento, quando, por quem e como poderá vir a ser resolvida. Uma coisa sei e concordo consigo: "esta insanável e persistente divisão pode comprometer o futuro do nosso grande SPORTING"!...
      A menos que, nem que seja apenas uma vez, alguém venha dar corpo à nossa esperança...
      Grande abraço e SL

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  4. Completamente em desacordo com o artigo de Alexandre Carvalho e com o seu post. Desde há bastante tempo que o presidente do Sporting não dava uma entrevista equilibrada, no conteúdo, na forma e na oportunidade, do ponto de vista dos adeptos e sócios do Sporting. A vontade de destruir e derrubar o presidente do Sporting é total e vem de muitos quadrantes. Já se nota bem de novo o fervor anti Sporting. Esteve confinado, mas foi libertado e em força. Os outros podem apregoar que o Florentino é um génio e o melhor 6 do mundo que é manifestação de uma gestão esplendorosa, sagaz e competente. O rapaz não joga a titular sequer, mas é o maior 6 do mundo. O presidente do Sporting não pode valorizar um jogador em que acredita, que cai o Carmo e a Trindade e pede-se que se cale?!…
    Pela minha parte, acho que o presidente do Sporting deu uma entrevista a um canal que não lhe é favorável, sequer, e saiu-se bastante razoavelmente para aquilo que nos habituou. Melhoria substantiva, portanto.
    Negativismo para lá de exagerado, acho.
    SL

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    1. Perdoar-me-à o João Gil, mas por aqui nunca houve, nem há, "vontade de destruir e derrubar o presidente do Sporting", embora não me seja nada difícil de concordar que essa carapuça servirá a muitos sportinguistas.

      No seguimento da crónica de Alexandre Carvalho, o meu postal apenas pretendeu subscrever a tese que o jornalista - sportinguista, posso afirmá-lo - defende e nada mais para além disso. Nem o facto que aponta de do outro lado da nossa rua ser processo recorrente, alguma vez teria alguma influência na minha posição, uma vez que a forma como vejo o uso de todo esse tipo de meios, tem sempre redundado em claro, incontroverso e incontornável prejuízo dos atletas. Desde o famigerado Renato Trancinhas, passando pelo Florentino que cita, na companhia de mais quase uma dezena de 'prodígios' e terminando no rapaz que abalou para Madrid por 126 "mendilhões", todos constituirão a prova cabal de tudo o que não deve ser feito, em termos de "propaganda goebbelsiana" sobre o talento de alguém. Não poderia no meu Sporting, pensar diferente, nem deixar de criticar quem sempre considerei e continuo a considerar, desde que foi eleito, o 'meu presidente', quando decidiu imitar o que considero, por todos os motivos que a ciência explica em detalhe, absolutamente contraproducente para a carreira de um talentoso jovem, seja em termos da desnecessária e precipitada pressão que determina, ou, se quisermos olhar para o reverso da medalha, no potencial convite ao laxismo que poderá constituir.
      Respeitando naturalmente a forma como o João Gil vê este caso, estou certo que me permitirá, pelo exposto, que tenha opinião diferente, sem que isso signifique alguma vez negativismo da minha parte. Quisera eu que a minha preocupação não fizesse qualquer sentido.
      E permita-me o João Gil, partindo dos imberbes 21 anos de Matheus Nunes, que chegue aos tarimbados, mas como treinador, ainda crus 35 de Rúben Amorim que, no meu modesto entender, o que Frederico Varandas afirmou sobre o actual treinador do Sporting, me parece ainda mais grave, delicado e contraproducente! Estou em crer que nem o próprio Rúben terá gostado!...
      Creia que sem a mais pequena réstia de animosidade, foi um prazer ler o seu comentário e responder-lhe.
      SL

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  5. Com o devido respeito, também manifesto a discordância com o teor da opinião expressa pelo Sr. Alexandre Carvalho.
    Fiquei agradado e esclarecido, quanto às respostas e esclarecimentos do Presidente Dr. Varandas, que tem vindo a demonstrar cada vez mais preparação, aprendizagem e competência nas funções exercidas, para além da já sua reconhecida coragem.
    Na generalidade, a entrevista e mensagem destina-se a um público simples e em particular ao adepto e simpatizante do Sporting.
    Difícil é sermos diferentes, coerentes e assumirmo-nos como pessoas simples, incisivas e transparentes.
    A eloquência oratória ou léxico elaborado, está certamente muito mais perto da arrogância e da prepotência.
    Soam mais a falso.
    Quanto ao elogio e reconhecimento das potencialidades de um jovem jogador, não me parecem de todo que sejam precipitadas ou desaconselhaveis, muito pelo contrário, pois considero-as como um incentivo, desafio e alavanca, para com denodo e persistência se atingirem (com humildade) os objectivos e o sucesso.
    Se a mentalidade profissional não for robusta, quer no carácter e personalidade, então não estaremos na presença de putativos vencedores.
    Certamente que o nosso jovem e promissor jogador, será o primeiro a percepcionar o alcance e sentido das palavras e o sentimento genuíno de quem lhe deseja e ajudará a optimizar as inatas qualidades evidenciadas.
    Fraterno Abraço Leonino

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    1. Será sempre salutar e positiva a manifestação de opiniões divergentes! Assim saibamos respeitar as opiniões divergentes ou mesmo diametralmente opostas às nossas. No final de contas, ainda que por caminhos diferentes, todos desejaremos o êxito dos nossos. Será o futuro a determinar quem estará certo ou errado!...
      Abraço e SL

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