quinta-feira, 14 de maio de 2020

Vamos fazer o que há muito nos esquecemos de fazer!.


Academia e coerência

«Fez ontem uma semana que o presidente do Sporting, Frederico Varandas, relevou, em entrevista concedida à SIC, a necessidade de uma aposta forte e sustentada na Academia de Alcochete como forma de garantir a sobrevivência do clube. O tema da formação é debatido há anos no seio leonino e só tem gerado uma série de chavões e uma mão cheia de nada em termos de resultados práticos.

Eis que surge agora um documento, uma espécie de moção de estratégia, que contempla o alargamento da Academia para o dobro da actual extensão. Colocar esse anseio no papel é já um passo importante, uma primeira pedra num projecto ambicioso. A ideia até pode não resultar, mas é coerente e, talvez excepção feita à questão da abertura do capital da SAD ao exterior, que gera uma depressão generalizada nas hostes sportinguitas, defende o único princípio que pode colocar, se bem que a médio ou longo prazo, o Sporting em pé de igualdade com os rivais.

O Sporting, arredado do título há 18 anos, só pode estreitar o fosso para FC Porto e, principalmente, Benfica se produzir fornadas de craques, se conseguir tirar-lhes, numa primeira fase, rendimento desportivo e negociá-los posteriormente por verbas avultadas. O dinheiro no futebol não é tudo mas conta muito.»
(Luís Pedro Sousa, Saída de Campo, in Record, ontem às 23:59)


No meio de mil e uma soluções miraculosas de gestão que a cada passo nos são atiradas pelos olhos dentro, espremidos todos os incontáveis projectos de relançamento do Clube com que deparamos em cada esquina onde se reunam meia dúzia de iluminados sportinguistas e (des)abrindo, (des)entreabrindo ou mesmo fechando a sete chaves ao exterior a SAD leonina, poucas dúvidas restarão hoje às cada vez mais "deprimidas hostes sportinguistas" que será na Academia que estará a chave do futuro do Sporting Clube de Portugal, de todo o seu singularíssimo ecletismo e do seu regresso ao patamar mais alto da importância, competitividade, excelência e êxito de que apenas encontraremos no passado padrões compatíveis com a ambição que, essa sim, parece ser a única coisa que soubemos herdar dos nossos fundadores.

Com todas as sua terríveis consequências, que esta dramática pandemia tenha posto um ponto final nos sucessivos desvios de tentar encontrar com o dinheiro que nunca tivemos as maioritáriamente funestas tentativas de encontrar no exterior as soluções para carências que sucessivas imaginações férteis se têm entretido a inventar, descobrir e, desgraçadamente, a implementar e que mais não conseguiram que resultados que apenas tornaram cada vez mais vicioso e pernicioso ainda, o círculo em que há décadas rodopiamos cada vez com menos sentido e maior dose de loucura, eivada de incapacidade, incompetência ou inconfessáveis interesses, de todo alheios ao Clube.

Que este ano possa ser o 'ano zero' de zero contratações e que a nossa Academia passe a ser o único manancial de toda a nossa ambição. Que se acautele o seu futuro através da recuperação dos fabulosos núcleos de olheiros que no passado sempre estiveram na origem do seu sucesso e que a competência volte a inundar de mestres toda a nossa pirâmide académica. Deixemos o tão badalado 'mercado internacional' para outros e para as primeiras páginas dos jornais, sem perder tempo sequer com desmentidos!...

Vamos fazer o que há muito nos esquecemos de fazer!...

Leoninamente,
Até à próxima

4 comentários:

  1. E alarga-se ou não a academia dos padres?... Como o Sporting não tivesse tido enormes equipas nos últimos 30 anos! E ganhou o quê? Os jornaleiros e comentadeiros, mesmo nesta época pandémica, não cessam de produzir narrativas infantilizantes para sportinguista desprevenido enfardar... E até estamos numa encruzilhada civilizacional em que ninguém sabe o porvir... Alguém sabe lá se vai existir daqui para a frente um futebol profissional como o anterior... Espero que não. Espero que exista uma refundação do futebol. Até, que se passa divinalmente sem este futebol de lavandaria...

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    1. O Helder Mestre, sempre presunçoso e convencido, julga-se o único sportinguista a ter nascido em "olhão". Se não se precipitasse, depois de constatar tudo o que faz hoje a capa de Record, talvez tivesse percebido que, afinal, a crónica do "jornaleiro e comentadeiro" Luís Pedro Sousa, não fosse, exactamente a "narrativa infantilizante para sportinguista desprevenido enfardar", nem todos os sportinguistas serão "desprevenidos e enfardadores", elogio que obviamente se devolve ao "chico-esperto de Sines"!...

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  2. Obrigado pelo auto-reflexo no espelho dionisíaco que ostenta… « [...] defende o único princípio que pode colocar, se bem que a médio ou longo prazo, o Sporting em pé de igualdade com os rivais.

    O Sporting, arredado do título há 18 anos, só pode estreitar o fosso para FC Porto e, principalmente, Benfica se produzir fornadas de craques, se conseguir tirar-lhes, numa primeira fase, rendimento desportivo e negociá-los posteriormente por verbas avultadas.» Isto é ou não é um discurso infantilizante e mentiroso? Mas, alguma vez, o Sporting deixou de ganhar por falta de qualidade dos plantéis? E, alguma vez, irá ganhar se tiver os melhores plantéis? E, alguma vez, o Sporting deixou de ganhar, nestes dezoito anos, somente, por falta de qualidade dos futebolistas? Se não como esta palha que me dão e sou apelidado de chicoesperto, então, sou-o com muita vaidade.

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    1. Conversa de pseudo-intelectual de pacotilha que não me merece qualquer comentário. Albarde-se o burro!!!...

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