sábado, 9 de fevereiro de 2013

Realidades, segundo Manuel José...



"... A Selecção está em dificuldade, pelo grupo em que está inserida. Portugal não se dá bem com equipas fracas e este grupo só tem a Rússia, o resto são equipas às quais normalmente ganhamos mas já fizemos muitos resultados negativos pela nossa mania da superioridade..." .

"... Ninguém pode querer ser campeão quando todos os anos contrata mais do que onze jogadores. Enquanto os outros clubes, Benfica e FC Porto, têm uma base e compram jogadores jovens com talento para fortalecer a equipa, o Sporting compra todos os anos jogadores para todas as posições menos para a de guarda-redes, onde tem o Rui Patrício... ".

"... Com Jorge Jesus, o Benfica pode não ter ganho muitos títulos mas tem descoberto jogadores e feito muito dinheiro em transferências. São jogadores que chegam praticamente desconhecidos, são promovidos no Benfica e depois são vendidos por grandes verbas. Pelo menos, em saúde financeira, Jesus tem sido campeão. Depois, também apresenta intensidade e qualidade de jogo e um estilo de futebol que agrada às pessoas. Penso que são razões mais do que suficientes para renovarem, mesmo que não seja campeão este ano...".
 
(Manuel José in "A Bola")

Motivos para reflexão, surgem todos os dias por aí, vindos dos mais variados quadrantes. Capacidade para pegar em todos esses motivos e alicerçar um novo rumo para o Sporting, já não será tão fácil de encontrar. Faltar-nos-ão, tanto a humildade necessária para reconhecer a nossa incorrigível mania da superioridade, quanto a auto-crítica suficiente e necessária para reconhecer erros demasiado antigos e incorrigivelmente sistemáticos, fundamentalmente no recrutamento de atletas e técnicos, capazes de alterar o paradigma leonino.
O Sporting já teve o privilégio de descobrir caminhos e contar no seu seio com os instrumentos necessários para encetar novos rumos. Mas descuidou-se e deixou fugir por entre os dedos, a areia necessária à construção desse novo edifício. Estupidamente perdeu Boby Robson, José Mourinho, Roger Spry, João Moutinho e tantos outros que será doloroso relembrar, sempre perdido no meio da afirmação de egos e na quase completa negação do domínio do "core business" que sempre foi e nunca deixará de ser a mola real do seu eclético Futuro.
O filme a que todo o grande universo sportinguista vai assistindo neste dramático momento actual, poderá muito bem voltar a representar uma desconsoladora "reprise" de outros "invernos" do nosso descontentamento, se os arautos dos rumos novos, repetirem argumentos estafados e vierem a revelar-se incapazes de levar à prática o "golpe de asa" necessário.
Dentro do naipe de candidaturas que até ao dia 21 se proponham para liderar o Sporting, podem os sócios do Sporting ter a capacidade e o discernimento necessários e suficientes para escolher a melhor solução. E pode o futuro Presidente ter os atributos necessários para conseguir reverter a dramática e crónica situação deficitária que o Clube vive há muitos e muitos anos, colocando definitivamente os custos abaixo das receitas e renegociar o serviço da dívida para um patamar compatível com esta relação. Mas nada deste tremendo esforço, dedicação e devoção lhe trará a glória de uma incontestada liderança e idolatração, se porventura não tiver a superior visão de procurar, encontrar e trazer para o seu projecto, venha ele de onde vier e doa a quem doer... 
UM GRANDE, UM ENORMÍSSIMO TREINADOR !!!...
 
Leoninamente,
Até à próxima
 
 
 
 

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