domingo, 2 de dezembro de 2018

Rogério Alves não pode falhar em 15 de Dezembro!...


O Sporting refém de uma minúscula minoria

«À falta de melhor imagem e com um pedido de perdão para os leitores mais sensíveis, Bruno de Carvalho é mais ou menos como uma micose no pé: pensamos que nos livrámos dela com a pomada que usámos no Verão, mas depois chega o Inverno e voltamos a sentir aquela coceira incómoda que nos recorda que não foi a lado nenhum. E, como acontece com qualquer micose, coçar só agrava o problema, mas ignorá-lo também não o resolve. É preciso atacá-lo de forma eficaz para eliminá-lo definitivamente. Nesse sentido, talvez a contestação de que Frederico Varandas foi alvo na assembleia geral de sexta-feira por parte de um grupo de apoiantes de Bruno de Carvalho possa ter um efeito profilático, pelo menos se for encarada como um sintoma de um problema que, definitivamente, não está resolvido. No próximo dia 15 há outra assembleia geral, para analisar e votar os recursos aos processos instaurados a Bruno de Carvalho e seus pares, e os sportinguistas, a maioria dos sportinguistas, aqueles que não se revêem na forma populista, trauliteira e irresponsável como o antigo presidente levou o clube ao estado calamitoso em que ainda se encontra, têm uma oportunidade única para deixar claro que não deixam os destinos do Sporting ser determinados por uma minúscula, ainda que populista, trauliteira e irresponsável, minoria que se habituou a desrespeitar os valores da democracia. Ignorar o problema, imaginar que se resolve sozinho, é deixar aquela coceira incómoda crescer até fazer ferida. E mais uma ferida é tudo o que o Sporting não precisa...»
(Jorge Maia, Opinião, in O Jogo)

Jorge Maia muito dificilmente poderá ser considerado suspeito na opinião que, com suficiente clarividência, deixa expressa na sua crónica de hoje. E torna-se em cada dia mais importante para o universo sportinguista, ajoujado pelo peso e reflexos de uma inenarrável e infindável "guerra de guerrilha", que ninguém ousará prever quanto dura e menos ainda adivinhar vencedor, reflectir sobre a opinião de quem, do lado de fora, observa a actualidade da nossa há demasiado tempo tumultuosa vida colectiva.

Haverá que reconhecer, sem pruridos e devaneios, a assertividade de JM quando afirma, peremptoriamente, que na próxima assembleia geral de 15 de Dezembro, "os sportinguistas, a maioria dos sportinguistas, terão uma oportunidade única para deixar claro que não deixam os destinos do Sporting ser determinados por uma minúscula, ainda que populista, trauliteira e irresponsável, minoria que se habituou a desrespeitar os valores da democracia"!...

E essa "oportunidade única dos sportinguistas, da maioria dos sportinguistas" passará, na minha modesta opinião, pela assunção plena, com suprema coragem e total e irredutível inflexibilidade, com que o representante máximo da grande nação leonina, recentemente eleito, Rogério Alves, assumir todas as suas responsabilidades na condução dos trabalhos da assembleia, cortando de imediato e pela raíz, qualquer tentativa, por mínima que se apresente, de desrespeito pelos valores da democracia e do Sporting Clube de Portugal.

Sendo bastante previsível que se venha a repetir ou até a ser excedida a presença de mais de meio milhar de associados, mais previsível ainda será que no seu seio, localizada ou dispersa por pontos estratégicos, devidamente planeados e treinados, quase cientificamente, em tempo suficientemente alargado, esteja a citada "minúscula, populista, trauliteira e irresponsável minoria" que, segundo a opinião insuspeita de entendidos na movimentação de massas e tendo vindo a sofrer sucessivas e, felizmente, drásticas reduções, poderá hoje ser quantificada entre as quatro e as cinco dezenas, disposta  a atingir, senão mesmo ultrapassar, todos os limites da civilidade.

Nesta condição, o PMAG estará em absoluto proibido de usar da indulgência e contemplação com que encarou a última assembleia geral, com os resultados que todos conhecemos. Estará em absoluto proibido de negligenciar ou ficar à espera que as "feridas profundas abertas no tecido leonino" se curem por elas próprias. Estará em absoluto e imperiosamente, obrigado a começar a descarregar sobre essas "úlceras abertas na nossa própria carne" a carga de "antibióticos" necessária e suficiente para extirpar definitiva e exemplarmente a "chaga purulenta que vem minando a saúde de uma instituição centenária".

Conseguir que o Clube providencie para esta assembleia geral, o adequado equilibrio ou mesmo supremacia, entre os meios humanos de segurança, tanto em termos de número,  planeamento e treino, quanto de capacidade imediata de resposta, e essa horda "minúscula, populista, trauliteira e irresponsável", deverá ser tarefa "sine qua non" para que Rogério Alves possa inviabilizar completamente a confusão, desacatos ou até algo pior, que facilmente se adivinham.

Depois, iniciados os trabalhos, à mais pequena ultrapassagem dos limites que Rogério Alves deverá enfatizar, clara e expressamente, ante os responsáveis das forças de segurança: rua com o(s) desordeiro(s), sem contemplações e sem quaisquer réstias de dúvidas por parte dos executores e garantes da ordem em plena assembleia. Devendo ser concedido o inalienável direito de expressão a todos os associados que o pretendam, em nenhum caso deverão ser feitas concessões a quem ultrapassar a linha vermelha exposta e imposta pelo PMAG logo nas primeiras palavras que venha dirigir aos sportinguistas presentes.

Para que a assembleia geral possa decorrer segundo os desejos da grande nação leonina, apenas nela poderão estar presentes os associados sportinguistas que revelem o civismo necessário e suficiente para nela poderem estar presentes. Aos que não forem capazes de entender o respeito que o Sporting Clube de Portugal lhes deve merecer, sempre, restará apenas e tão só, o caminho de fazerem a arruaça que entenderem, mas... NA RUA!...

Rogério Alves não pode falhar em 15 de Dezembro!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Concordo... não com o jornaleiro, porque todos sabemos quão incómodo foi o anterior Presidente para os jornalistas. E não venham as virgens ofendidas dizer que não concordavam na altura com a posição institucional assumida pelo clube com uma trauliteira comunicação social. Concordo sim, com o autor do texto. O Sporting não pode estar à mercê de energúmenos. Sejam estes Brunistas, Croquetes, Sportingados, ou Varandistas... aquele não pode, e não deve ser o comportamento de um sócio do Sporting. A minha dúvida, é saber se de facto eram "apenas" apoiantes do antigo Presidente. Não nos podemos esquecer, que quem teve mais votantes foi o candidato Benedito. E isso ainda não vi ninguém argumentar. Frederico Varandas ganhou com a maioria dos votos, mas não com a maioria dos votantes. Resumir o barulho a apoiantes de Bruno de Carvalho é uma desonestidade intelectual. E é aí que não podemos ir atrás daquilo que os jornaleiros nos dizem.

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    1. Que me perdoe o "anónimo das 19:21" mas chamar "desonestidade intelectual" à opinião de quem ouviu os energúmenos na assembleia, não me parece correcto! Eles não precisam que alguém os identifique. Eles encarregam-se de dizer, alto e bom som, quem são e ao que vão!...

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