Ele bem tinha avisado: é preciso tempo
O Sporting das boas ideias, do futebol positivo e do jogo apoiado de Marcel Keizer perdeu (1-0) contra quem mais tem feito por essa forma de fazer as coisas em Portugal. O Vitória que tem seis meses com Luís Castro foi melhor em tudo e expôs o que goleadas esconderam: os leões necessitam de tempo e de treinos com o holandês
«... Reduzindo as coisas à visão mais simples, o Sporting não perdeu por mais do que 1-0 porque o guarda-redes, e a fortuna, não deixaram.
A equipa emperrou, falhou passes, não cobriu ou usou bem o espaço, foi lenta a reagir sem bola e mais lenta a circulá-la. Sofreu e perdeu contra a melhor equipa que defrontou com Marcel Keizer, o que não prova a falibilidade do holandês, mas a falta de uma coisa - tempo para treinar.
Como quaisquer boas ideias, as deste treinador requerem trabalho, repetição e mecanização (e, também, jogadores mais criativos e técnicos sobre a bola) que só o tempo dá, como seis meses deram a Luís Castro e a este Vitória. Um mês deu para mudar a mentalidade, a forma de querer jogar e o estilo, mas nunca daria para mudar uma equipa, apesar de a catrefada de golos e vitórias seguidas o terem feito parecer.
Keizer precisa de tempo no Sporting e o Sporting necessita de tempo com ele. Tanto quanto o futebol português e todos nós carecemos de mais tempo com Luís Castro, que após trabalhar nos bastidores do FC Porto, dar o melhor futebol da década ao Rio Ave e deixar um futebol melhor em Chaves, decidiu ficar em Guimarães e com esta equipa, que joga o que a euforia tanto elogiou em Keizer: um futebol positivo.»
(Diogo Pombo, publicou em Tribuna Expresso, em 23.12.2018 ÀS 22H41)A equipa emperrou, falhou passes, não cobriu ou usou bem o espaço, foi lenta a reagir sem bola e mais lenta a circulá-la. Sofreu e perdeu contra a melhor equipa que defrontou com Marcel Keizer, o que não prova a falibilidade do holandês, mas a falta de uma coisa - tempo para treinar.
Como quaisquer boas ideias, as deste treinador requerem trabalho, repetição e mecanização (e, também, jogadores mais criativos e técnicos sobre a bola) que só o tempo dá, como seis meses deram a Luís Castro e a este Vitória. Um mês deu para mudar a mentalidade, a forma de querer jogar e o estilo, mas nunca daria para mudar uma equipa, apesar de a catrefada de golos e vitórias seguidas o terem feito parecer.
Keizer precisa de tempo no Sporting e o Sporting necessita de tempo com ele. Tanto quanto o futebol português e todos nós carecemos de mais tempo com Luís Castro, que após trabalhar nos bastidores do FC Porto, dar o melhor futebol da década ao Rio Ave e deixar um futebol melhor em Chaves, decidiu ficar em Guimarães e com esta equipa, que joga o que a euforia tanto elogiou em Keizer: um futebol positivo.»
O tempo e as características muito peculiares da quadra que atravessamos, têm-se encarregado de amenizar os efeitos do violento sopapo que todos nós, sportinguistas, apanhámos no domingo à noite em Guimarães! Agora que começou a preparação para o jogo de sábado para a Taça da Liga, será bom que todos possamos cair na realidade e sejamos capazes de reflectir seriamente sobre o que aconteceu à "ainda tangerina mecânica" de Marcel Keizer...
Luiz Phellype e Francisco Geraldes já terão hoje trazido a Marcel Keizer algumas das soluções com que até agora nunca pôde contar. Mas não nos iludamos: Frederico Varandas ainda terá de continuar a prolongar o seu esforço por todo o mês de Janeiro, até conseguir colocar à disposição do técnico leonino os tais "jogadores mais criativos e técnicos sobre a bola" de modo a que a Keizer seja dada a possibilidade de fazer a "omeleta" de que falava o saudoso Otto Glória...
Luiz Phellype e Francisco Geraldes já terão hoje trazido a Marcel Keizer algumas das soluções com que até agora nunca pôde contar. Mas não nos iludamos: Frederico Varandas ainda terá de continuar a prolongar o seu esforço por todo o mês de Janeiro, até conseguir colocar à disposição do técnico leonino os tais "jogadores mais criativos e técnicos sobre a bola" de modo a que a Keizer seja dada a possibilidade de fazer a "omeleta" de que falava o saudoso Otto Glória...
Sem ovos e tempo, claro, nunca haverá omeleta!...
Leoninamente,
Até à próxima
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