Dispar(ata)
«Estive na assembleia geral da passada sexta-feira.
Não vou comentar as incidências da mesma, já sobejamente esquadrinhadas pela comunicação social.
O receituário é clássico: uma minoria ruidosa, organizada e posicionada desestabiliza a reunião, perturba os trabalhos, ataca as pessoas, impede a comunicação, condiciona a liberdade de expressão, com o objectivo de superar a aritmética e fazer valer os seus pontos de vista.
Ficou claro que o brunismo foi banido dos órgãos sociais, mas não morreu. Que tenha sido derrotado largamente nas urnas pouco importa, todos os expedientes agora servem para o reabilitar.
O tema das indignadas intervenções no período antes da ordem do dia, que provocou aquelas indesejáveis turbulências, prendia-se com a pretensão de leitura e aprovação da acta da assembleia geral de destituição de 23 de Junho.
Ora, não obstante estar no regulamento da assembleia que a acta da reunião anterior deve ser votada pelos sócios, tal disposição não é aplicável à acta daquela reunião.
Não é, pelo simples facto de ter sido lavrada por notário em instrumento público, que, obviamente, faz fé nos exactos termos em que foi exarada e, como tal, não é passível de votação pelos sócios, sem prejuízo do direito à impugnação que lhes assiste. Se a acta não é passível de votação, por maioria de razão não faz sentido lê-la, até porque o seu teor é acessível a qualquer interessado que requeira uma cópia no cartório.
Esta evidência é absolutamente cristalina; contudo, o tema foi explorado ad nauseam pelos sócios, antes da ordem do dia, que reclamavam a votação ou a leitura.
O propósito era óbvio: através da acta, questionar a destituição, lançar suspeitas sobre a sua validade e legalidade, em suma, falar de Bruno, mesmo sem ele lá estar, como o comprovam a presença de familiares, elevados quase à categoria de ‘royal family’.
A agenda da reabilitação está em curso, vejam-se os esforços para branquear os acontecimentos de Alcochete, minimizar o que aconteceu e, até, armar-se em vítima de conspiração.
Uma lição a reter: isto de maiorias silenciosas, já foi tempo; se os sócios do Sporting querem defender o seu clube, têm de fazer pela vida e ir às assembleias gerais.
Se não, arriscam-se a que triunfe a verdade que eles não querem.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O Canto do Morais, in Record)
Creio ser o enésimo esclarecimento sobre a não admissibilidade em assembleia geral do Sporting, da leitura e votação de uma acta da AG de 23 de Junho, desta vez feito por um experimentado jurista que clarifica de forma sucinta e irrebatível a situação que alguns recusam aceitar. É lá com eles. Que impugnem a acta - concessão que a lei preconiza! - e talvez depois aceitem, finalmente, o óbvio veredicto dos tribunais, como já foram obrigados a aceitar tantos e tantos outros!...
Outras gentes ousaram seguir a famigerada "cartilha vermelha", com o descrédito e o repúdio que ficaram conhecidos. Agora no Sporting, parece estar a ser levada à cena a "agenda da reabilitação". Porém, a julgar pelos ecos que nos vão chegando, parece que...
Os papalvos serão espécie em extinção!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Alamo,
ResponderEliminarSe os papalvos estão em vias de extinção, para quê dar tempo de antena a Carlos Barbosa da Cruz ?
Este homem nunca fez bem ao Sporting.
A royal family pelo menos já fez muito pelo Sporting... Destruiu muito e tenta minar, mas...
CBC é um ressabiado. Riso cinico a comentar ataque a Alcochete.
Estava feliz com aquilo...
E o Sporting?
Já houve e por vezes haverá matérias em que estarei nos antípodas do pensamento de Carlos Barbosa da Cruz e disso tenho dado conta muitas vezes por aqui. Porém, manda-me a minha consciência que neste caso, como em outos que aqui tenho trazido, esteja de acordo. Penso com a minha cabeça e tento não imitar a pobre da avestruz!...
EliminarQuanto ao Sporting, apenas posso falar por mim: esteve, está e sempre há-de estar em primeiro lugar, seja contra quem for!...
CBC é uma serpente. Infelizmente temos mais destes no Sporting, como são os casos de Vítor Ferreira e Octávio Machado. Gente que usa o Sporting para ter visibilidade.
EliminarO orçamento foi aprovado com 56% dos votos. Atenção à estas minorias!
SL
Eu apenas tenho atenção ao que me recomendam a minha razão, o meu sportinguismo e a cultura civilizacional que me foi permitido adquirir desde que me conheço até hoje!...
EliminarQuando alguém me mostra um pensamento que seja compatível com os meus valores e princípios, seja qual for a sua posição, estarei de acordo, independentemente de outros julgarem esse alguém com base seja no que for, desde a religião, à cor política, clubística ou de facção!...
Não me caberá a mim julgar CBdC, e muito menos saber se será anjo, diabo ou serpente. Quando tiver razão aplaudirei. Quando entender que não a tem, contestarei e exlicarei porquê!...
SL
Com o devido respeito, não há nenhum sportinguista a que possa chamar "papalvo".
ResponderEliminarEu sou sportinguista desde que me conheço e já fui um papalvo: votei por três vezes em Bruno de Carvalho! Mas abri os olhos, felizmente e só eu sei quanto lamento não os ter abertos desde 2013!...
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