Renato Sanches e Tarantini
«Renato Sanches, é um jovem e prometedor futebolista, em princípio de carreira, a jogar no prestigiado Bayern de Munique.
Tarantini, é um jogador em fim de carreira no Rio Ave.
Aparentemente, Renato e Tarantini nada têm em comum, para além de exercerem a mesma profissão. A realidade é que têm muito a ver um com o outro, muito mais do que pode parecer, à primeira vista
Os media fotografaram Renato Sanches ao volante do seu novo Lamborghini, que, segundo dizem, terá custado mais de 280 mil euros.
E é aqui que entra o Tarantini; ele tem voltado as suas atenções para o "after life" dos profissionais de futebol, apercebendo-se de uma triste e pungente realidade, que é a impreparação da esmagadora maioria, para planificar, a tempo e horas, a sua vida futura.
Fui confrontado com essa realidade, quando constatei que o João Morais, o tal que dá o nome a esta crónica e a quem o Sporting deve o seu único troféu europeu de futebol profissional, no final da sua vida, tinha um emprego digno, mas muito modesto, de fiscal municipal, em Vila do Conde; depois disso, são conhecidos os inúmeros casos, até já publicamente assumidos, de ex-futebolistas, que por motivo de prodigalidade ou da roda da fortuna, se encontram na miséria.
Tarantini preparou-se academicamente, escreveu um livro, faz palestras e tem um site, denominado sugestivamente, "A Minha Causa"; debruçou-se sobre as causas dessa desoladora realidade, que é internacional (na Premier League, 2 em cada 5 ex-jogadores experimentam dificuldades financeiras, no máximo de cinco anos após se retirarem) e tem conselhos a dar.
Eu sei que o Sindicato dos Jogadores tem desenvolvido uma actividade meritória nesta área, mas fazia ao Renato Sanches um desafio, que é o de comprar e ler o livro do Tarantini; depois, se não se quiser desfazer do Lamborghini, enquanto ele ainda vale alguma coisa, não será por não ter sido avisado.
Tarantini deverá passar a ser conhecido pelo seu nome real, que é Roberto Monteiro, porque ele já nada deve ao futebol, antes, é o futebol quem já muito lhe deve.»
(Carlos Barbosa da Cruz, O canto do Morais, in Record)«Renato Sanches, é um jovem e prometedor futebolista, em princípio de carreira, a jogar no prestigiado Bayern de Munique.
Tarantini, é um jogador em fim de carreira no Rio Ave.
Aparentemente, Renato e Tarantini nada têm em comum, para além de exercerem a mesma profissão. A realidade é que têm muito a ver um com o outro, muito mais do que pode parecer, à primeira vista
Os media fotografaram Renato Sanches ao volante do seu novo Lamborghini, que, segundo dizem, terá custado mais de 280 mil euros.
E é aqui que entra o Tarantini; ele tem voltado as suas atenções para o "after life" dos profissionais de futebol, apercebendo-se de uma triste e pungente realidade, que é a impreparação da esmagadora maioria, para planificar, a tempo e horas, a sua vida futura.
Fui confrontado com essa realidade, quando constatei que o João Morais, o tal que dá o nome a esta crónica e a quem o Sporting deve o seu único troféu europeu de futebol profissional, no final da sua vida, tinha um emprego digno, mas muito modesto, de fiscal municipal, em Vila do Conde; depois disso, são conhecidos os inúmeros casos, até já publicamente assumidos, de ex-futebolistas, que por motivo de prodigalidade ou da roda da fortuna, se encontram na miséria.
Tarantini preparou-se academicamente, escreveu um livro, faz palestras e tem um site, denominado sugestivamente, "A Minha Causa"; debruçou-se sobre as causas dessa desoladora realidade, que é internacional (na Premier League, 2 em cada 5 ex-jogadores experimentam dificuldades financeiras, no máximo de cinco anos após se retirarem) e tem conselhos a dar.
Eu sei que o Sindicato dos Jogadores tem desenvolvido uma actividade meritória nesta área, mas fazia ao Renato Sanches um desafio, que é o de comprar e ler o livro do Tarantini; depois, se não se quiser desfazer do Lamborghini, enquanto ele ainda vale alguma coisa, não será por não ter sido avisado.
Tarantini deverá passar a ser conhecido pelo seu nome real, que é Roberto Monteiro, porque ele já nada deve ao futebol, antes, é o futebol quem já muito lhe deve.»
Em primeiro lugar a minha homenagem a Carlos Barbosa da Cruz! Crónicas como a que hoje nos oferece, dificilmente alguma vez se traduzirão em dividendos para os autores: haverá no mínimo mais de cinco milhões que, a sós com o seus botões, murmurarão insultos e, em bando, atroarão os ares com o seu costumeiro cacarejar, rogando pragas a tudo o que atropele os "anjos" do seu ímpar paraíso escarlate!...
Em segundo lugar terei de gabar a paciência e a esperança de CBdC em pensar em oferecer o livro de Roberto Monteiro, o já saudoso Tarantini, ao desgraçado dono do Lamborghini, antes de perguntar a si próprio se o destinatário será capaz de entender alguma coisa depois de juntar as letras!...
O Lamborghini ainda julgo que se venha a revelar capaz de o dirigir ao primeiro penhasco depois da segunda curva, ou a qualquer passadeira de peões, infelizmente, frequentada. Mas sobre o dinheiro que teria de gastar no livro, com o devido e merecido respeito...
Melhor seria encaminhá-lo para a ACAPO!...
Leoninamente,
Até à próxima
À medida que ia lendo a crónica de CBdC, 1 ou 2 questões se foram formando no meu espírito.
ResponderEliminarO amigo Álamo, no seu comentário, acabou por falar nelas, fazendo-me sentir que, pensando o que pensei, não estava a ser demasiado cáustico.
O que eu vi foi um Sanches que, acima de qualquer dúvida, deve conhece as letras todas; mas...saberá ele ler?
A história de vida do Roberto Monteiro, aka Tarantini, deveria servir de lema ao "Trancinhas da Musgueira" proprietário de um Lamborghini, também conhecido por Renato Sanches.
Duvido muito que o futebolista Sanches, infelizmente para si próprio, saiba ler, pelo que lhe passarão ao lado as muitas palavras com que um ex-futebolista, que nunca saíu de Vila do Conde, entendeu privilegiar-nos.
Esta sim é - deveria ser - a verdadeira missão daqueles como CBdC, a quem o futebol dá visibilidade, e que tantas e tantas vezes se perdem, como também é exemplo CBdC, em podridões e sofismas mais ou menos facciosos, acerca deste desporto que tanto nos apaixona como nos deixa cegos... de (i)reflexões...
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