O ‘chef’ Keizer mexeu no prato e é um sucesso
«O Sporting passou com uma distinção de quatro estrelas no primeiro grande teste de Marcel Keizer à frente da equipa leonina. O treinador holandês,na estreia no campeonato, viu o Sporting derrotar o Rio Ave com facilidade, uma equipa que, a priori, podia colocar a nú hipotéticas fragilidades defensivas da equipa leonina reveladas em anteriores jogos. Um triunfo 'sem espinhas' dos leões que vem reforçar as novas e boas ideias introduzidas pelo treinador holandês, qual 'chef' de cozinha que mexe no prato, introduz novos ingredientes e faz a delícia de quem usufriu da iguaria.
A nova receita do Sporting é simples e eficaz. Não é à toa que o treinador holandês vem prometendo bom futebol. Na primeira parte, ele fez-se de futebol de posse, toque rápido e, sobretudo, uma redução significativa de cruzamentos para a área, como aconteceu por exemplo no jogo com o Vildemoinhos, que resultam numa melhor gestão do jogo a meio-campo onde Bruno Fernandes surge agora em zonas mais recuados construíndo de trás, com Gudelj mais posicionado como seis.
Outro 'ingrediente' que veio tornar o 'prato' mais atraente e que promete fazer escola é a recuperação rápida da bola, os famosos cinco segundos "à Ajax", o que transforma este Sporting numa equipa com uma construção ofensiva difícil de travar. O Rio Ave que o diga nos primeiros quarenta e cinco minutos onde a equipa de Keizer produziu uma série de tentativas de golo à baliza do Rio Ave , e que nem o golo de Schmidt de livre directo, a fazer o 1-1, impediu que o Sporting continuasse na mersma linha de produção, acabando por recuperar a vantagem por Bas Dost, aqui sim num lance surgido após um cruzamento de Acuña.
Para a segunda parte, o Sporting optou por uma toada mais de expectativa permitindo que o Rio Ave subisse mais no terreno e criasse algumas situações de apuro junto à baliza leonina, o que não aconteceu na primeira parte. Mas neste aspecto, Renan Ribeiro respondeu à altura, ele que no primeiro tempo teve um lance de desentendimento com Acuña que poderia ter causado estragos, e protagonizou três intervenções valiosas a evitar o golo do Rio Ave. Nada que beliscasse no entanto a exibição consistente do Sporting que soube na segunda parte controlar o ritmo do jogo. Antes do jogo falou-se muito de que a velocidade e a dinâmica de jogadores como Galeno ou Vinícius poderiam ser um problema para uma defesa subida como é a do Sporting, mas não se viu nada disso, muito pelo contrário, com Coates e Mathieu a limparem a zona com autoridade, e os laterais a sairem-se muito bem nas marcações e sempre com um olho nas subidas para o ataque. Para além de controlar a partida - o papel do meio-campo com Gudelj, Wendel e Bruno Fernandes a oferecerem grande dinâmica vai crescendo de jogo para jogo - o Sporting teve energia para matar o jogo com um golaço do recém entrado Jovane Cabral. Foi a cereja no topo do bolo de um Sporting saboroso que confima uma evolução no futebol apresentado.»
Vale a pena sair da "redoma" a que estamos habituados no jornalismo desportivo cá do bairro e libertarmo-nos da ambliopia que nos pretende empurrar para o monocromatismo dominante, procurando a frescura de ambientes diferentes, sem ter que levar com "cartilhas" e "missais"!...
Há novos sabores na cozinha de Alvalade!...
Leoninamente,
Até à próxima
Se continuarmos assim (e é proibido "inverter" a marcha...)...
ResponderEliminarCom 2 ou 3 "ajustes"...não tarda teremos um "rolo compressor envergando a verde branca"...e de Rampante ao peito...!
"Perdeu-se-me na memória"...um Sporting como o actual (e que sem duvidas vai melhorar...)...
Agora irei a Alvalade, "não apenas por obrigação"...mas passarei a ir também..."por devoção e deleite"...
SL