terça-feira, 3 de maio de 2022

Ainda irá a tempo?!...


Humildade!

«Desde o deficitário empenho, profissionalismo, dedicação, competência à disponibilidade, cultura competitiva e/ou atitude, tudo já serviu para caracterizar a diminuta performance da equipa profissional do Benfica (SLB) nestas últimas épocas.

Ainda que concorde que na sua esmagadora maioria das vezes estas qualificações são perfeitamente ajustadas e adequadas à realidade competitiva da equipa, sou da opinião que todas elas não são tanto a causa em si, mas a mera consequência de um outro atributo… ou neste caso em particular, na falta dele – a humildade.

Muitas vezes confunde-se confiança com soberba ou a humildade com a falta da primeira. Nada mais errado. Para simplificar, há que perceber de uma vez por todas que, em qualquer tipo de organização, mas em particular nas desportivas, que "confiança é bom", "soberba é mau". Simples e directo!

FC Porto (FCP) e Sporting (SCP) são hoje organizações e equipas confiantes mas humildes. Contrariamente, percebe-se no Benfica que a equipa é, na esmagadora maioria do seu tempo, arrogante mas pouco confiante.

Tem sido a falta de humildade latente e transversal em toda a estrutura organizativa do SLB que tem provocado as demais qualificações que temos aqui e acolá lido e/ou ouvido seja nas bancadas da Luz ou nas várias análises e reportagens nos órgãos de comunicação social desportivos. É a falta de humildade que leva à falta de empenho, de sacrifício e de intensidade. Não o contrário.

Sem humildade e confiança não há sistematização de vitórias e superação. Sem sistematização de vitórias não haverá cultura de sucesso.

E decidi trazer este tema hoje a esta coluna, porque se o SLB não for humilde mas confiante dificilmente ganhará ao FCP na próxima jornada, deixando assim e desde já que a cultura de vitória e mística no rival azul e branco comece já a garantir créditos antecipados para a época 2022/23 ao fazer do Estádio da Luz o palco das comemorações da nova conquista.

Por muito que custe aos adeptos, sócios e estrutura benfiquistas, há que ter a humildade de reconhecer que, caso Sérgio Conceição e Rúben Amorim se mantenham nos seus postos na próxima época, o SLB começa claramente e de forma inequívoca do 3º lugar da grelha de partida. Não a par destes, mas atrás.

Será essa humildade que poderá ajudar Rui Costa na gestão controlada das expectativas durante o primeiro terço ou metade da época que se avizinha e assim melhor controlar os próximos 6 meses.

A chegada de Roger Schmidt terá de implicar uma alteração profunda não tanto nos métodos ou profissionalismo, porque não era disso que padeciam Rui Vitória, Bruno Lage, Jorge Jesus ou Nélson Veríssimo, mas na cultura de trabalho envolvente de forma vertical assente em humildade e confiança, além de competência claro está… o resto virá por acréscimo.»

Ainda irá a tempo?!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. É verdade que a jactância faz parte do DNA lampião, mas o que, verdadeiramente, veio tramar os vermelhos foi o surgimento do VAR.

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