Recordar-se-ão os meus leitores e amigos sportinguistas, de ter trazido para aqui, já lá irão alguns dez dias, uma crónica de um ilustre sportinguista, sem ironia, Carlos Barbosa da Cruz, intitulada "De tanga", em que o autor foi desfiando o rosário das terríficas consequências económicas e financeiras para os mais importantes clubes portugueses, Sporting naturalmente incluído, da crise que a pandemia da covid-19 terá 'decretado'.
Perante o afloramento, ainda que superficial, da solução preconizada pelo articulista, lembrar-se-ão do meu comentário de então, que rematei com o reconhecimento de que "o meu 'sexto sentido' também conseguiria aperceber-se que 'haveria uma grande distância entre a parceria e resgate', decerto a mesma que, inexoravelmente, existiria entre a 'soberania e a sujeição'"!...
Pois bem, permitam-me a ousadia de concluir hoje, que essa crónica de CBdC outro objectivo não terá tido, alegadamente, que preparar o caminho para um outro ilustre sportinguista, Tomás Froes, que por mera coincidência será seu genro, vir hoje assinar no jornal Record, um concludente e definitivo 'manifesto de salvação do Sporting', de que acima publico a imagem integral, consubstanciado, a meu ver e resumindo, em três importantes pontos:
1 - É imperativo que o Sporting defina a sua ambição rumo ao destino dos grandes clubes europeus e mundiais, para não cair na divisão daqueles que ficarão irremediavelmente de fora, por não perceberem a dimensão do mercado.
2 - O legado de vitórias está a desaparecer e com ele, sócios adeptos e simpatizantes.
3 - O caminho deverá ser iniciado com a venda da maioria do capital da SAD a um grupo de investidores, nacionais, que o deverão fazer por paixão clubística e simultaneamente como accionistas e gestores de um negócio que exige investimento (alto), competência (muita) e ADN (‘cheiro’ a futebol).
Meus caros leitores e amigos sportinguistas, não percebo nada de economia, e de gestão, bem me basta a doméstica que já me dá água pela barba, mas dou comigo a estabelecer um paralelo entre a 'entrega da TAP' pelo governo de Passos Coelho, por razões em quase tudo semelhantes às que Tomás Froes agora invoca para o Sporting, a um grupo de investidores que prometia investimento (alto), competência (muita) e ADN ('cheiro' a linhas aéreas), com o resultado que está à vista de todos: volta TAP para as mãos do Estado que serás perdoada!...
O que faremos amanhã se hoje "belenensizarmos" ou "tapearmos" o Sporting?!...
Entregamo-lo ao Estado???!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário