quarta-feira, 6 de junho de 2012

Uma imagem forte, gera poupança e lucro...

Negociador Implacável

Como todos os sportinguistas, aplaudi sem reservas a decisão dos responsáveis do Sporting de deixar cair a intenção de contratar Jefferson ao Botafogo. Como aqui apareceu explicado, o Sporting foi inflexível e duro na resposta dada aos responsáveis do clube brasileiro, que pretenderam vender um franguito ainda imberbe, pelo preço de um galo adulto e com o peso adequado para uma boa casa de família.
O Sporting nunca soube criar no mercado internacional, uma imagem de credibilidade e de respeito, que lhe tivesse permitido comprar barato e vender caro. De há um ano para cá, essa imagem profundamente negativa e cerceadora de bons negócios, está a transfigurar-se numa outra bastante diferente, que vai começando a impôr o prestígio e o respeito que o clube sempre deveria ter imposto.  na cena internacional.
Sem me deter na análise e eventual depreciação do passado - isso agora nada acrescentaria de positivo à minha análise -, lembro-me, "en passant", de três casos que irrefutavelmente confirmam esta ideia. Primeiro foi a abordagem cirúrgica e plena de visão e oportunidade, que permitiu a surpreendente contratação do jovem talento holandês de ascendência marroquina, Labyad, nas barbas do clube que o formou e que tornou completamente inócuos, tanto o barulho com que o mesmo pretendeu atordoar os menos informados, quanto as altas influências que, em desespero de causa, tentou utilizar para impedir a irreversibilidade que o processo desde o início garantira. Que o "scouting" leonino continue na busca incessante de negócios semelhantes.
Depois assistimos ao "folhetim" Hugo Vieira, cuja ganância e oportunismo caldeados com iguais predicados de quem o representou nas conversações com o Sporting, levaram os nossos dirigentes a uma irredutível posição, que trouxe ao mercado interno a convicção plena de que o tempo das vacas gordas que qualquer negócio com Alvalade sempre significou, estará definitivamente morto e enterrado bem fundo. Pode o jogador, seus representantes e providenciais contratantes, vir apregoar e garantir, com evidentes e compreensíveis "dores de cotovelo", um futuro arrependimento do Sporting. Mais do que a razoabilidade desse vaticínio, que só a benção do futuro poderá confirmar, ficará para memória futura, a forma honesta e firme com que hoje estes assuntos são tratados no Sporting. Que sirva de lição a futuros interlocotores.
Finalmente, a mais recente novela, aquela com que abri este artigo, protagonizada por Jefferson e pelos dirigentes do Botafogo, deixou bem vincada a forma de estar vertical, correcta e inflexível do Sporting Clube de Portugal. Aquilo que aconteceu, poderá deixar a impressão de que a voracidade do mundo do futebol acabará por reduzir a zero a importância dos factos, sobrevindo a seguir o habitual esquecimento. Seria um tremendo erro negar que isso possa vir a acontecer. Mas a semente foi cuidadosa e conscientemente colocada em lugar onde, mais cedo que tarde germinará. O prestígio e o respeito não são semeados hoje e crescem pujantes amanhã. Será fundamental e necessário dar tempo à semente para germinar e depois rodear a nova planta de generosos cuidados até que cresça e se torne forte e indestrutível, ficando para sempre proibidos quaiquer golpes que lhe possam perturbar o crescimento e a afirmação.
Os frutos desta inovadora, agradável e honrosa postura, hão-de obrigatoriamente amadurecer e lentamente começar a influenciar quaisquer pretendentes que se abeirem do Sporting com a intenção de concertarem negócios de aquisição de activos sportinguistas. Quanda a fama de implacáveis negociadores, começar a aureolar o nome do Sporting Clube de Portugal, quem por necessidade ou outros quaisquer imperativos, se vir obrigado a negociar connosco, saberá que galinha gorda custa dinheiro. Essa a maior virtude que alguma vez a marca Sporting poderá alcançar: uma imagem forte, gera poupança e lucro!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

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