sexta-feira, 1 de junho de 2012

Serão os 50 M€ a solução do futuro do Sporting?!...

Um bom artigo assinado pelo excelente jornalista dos quadros de "O Jogo", de seu nome Jean-Paul Lares e que aqui convido a apreciarem, traz-nos hoje uma sucinta e clara apreciação sobre as terríveis dificuldades económico-financeiras do grupo Sporting.
A situação será preocupante?!... Sem a mais pequena dúvida!... Mas exactamente por essa forte e importantíssima razão, o grande universo leonino deverá estar atento ao seu desenvolvimento e fazer dela, hoje por hoje, o ponto quase único da "ordem de trabalhos" da grande e extraordinária Assembleia Geral, cuja única e exclusiva convocação não deverá passar pela habitual e estatutariamente indicada Mesa da Assembleia Geral, mas sim pelo extraordinário sentimento colectivo de amor ao Sporting Clube de Portugal.
Atiro para fora desta discussão, todas as mesas redondas, debates e paineis que as televisões, cada uma à sua maneira, vem utilizando para dissecar um assunto que, sendo público, nos pertence inteira e exclusivamente a nós, sportinguistas.
E não encontro outra fonte onde possa medir o pulsar do coração leonino, que não seja a blogosfera sportinguista. Acusar-me-ão de pretender querer ser juíz em causa própria. Mas para alicerçar a minha opinião, eu tenho o direito de ser juíz nas causas que entender serem as melhores para o meu Sporting. E se sinto que é na blogosfera leonina que melhor sinto o pulsar do coração leonino, o problema é só meu e dispenso bem outras opiniões, cujos objectivos me dispenso sequer de comentar.
Resultará da auscultação que tenho tido a preocupação de fazer, que haverá dentro do universo leonino, três grandes correntes de pensamento tendentes a encontrar a resposta mais adequada para as dificuldades e/ou insucesso actuais. Todas elas legítimas. Todas elas credoras do nosso respeito. Porque todas elas tem como objectivo, retirar o Sporting Clube de Portugal do atoleiro em que se encontra e prosseguir, honradamente e de cabeça bem erguida a sua história centenária:

1 - Convocatória, no rigoroso cumprimento dos Estatutos, de uma Assembleia Geral, para discussão da matéria que envolve as dificuldades actuais do clube e proposta e aprovação de medidas tendentes a melhorar a situação.

2 - Convocatória, no rigoroso cumprimento dos Estatutos, de uma Assembleia Geral, para provocar a demissão dos actuais corpos sociais e concomitante convocação de novas eleições.

3 - Benefício da dúvida aos actuais corpos sociais do clube, no sentido de que os mesmos possam cumprir o programa que delinearam, usando para isso o tempo do mandato e a estabilidade que lhes foram conferidas pelas últimas eleições.

Permitirão todos os ilustres sportinguistas que me fazem o favor de ler o que por aqui vou debitando, que em relação ao pensamento contido em 1, eu vos afirme todo o cepticismo do mundo. Uma tal assembleia pouco mais seria que uma pública lavagem de roupa suja e de divisionismo e acabaria inexoravelmente por se revelar improfícua. Que me desculpem os que pensam o contrário, mas sem colocar em causa a legitimidade de tal pensamento, penso que nada de positivo seria alcançado.

Tão legítimo e exequível como o anterior, seria o que está contido no ponto 2. Acredito que tal convocatória pudesse vir a revelar-se viável, tantas são as opiniões que tenho detectado nesse sentido, mas entendo que a discussão deverá ser algo mais abrangente:
a) - Estará o clube, no actual momento, com saúde sificiente, em todas as vertentes que se possam imaginar, para fazer face a um processo eleitoral com todas as consequências que facilmente se poderão adivinhar?!... Tenho a profunda convicção que não.
b) - Mesmo que a condição anterior se pudesse supor positiva, que garantias poderiam ser recolhidas pelos sportinguistas de que os novos dirigentes seriam capazes de fazer um melhor trabalho que aquele que estará a ser desenvolvido pelos actuais?!... Tenho sérias e profundas dúvidas.
c) - Mesmo que as duas premissas anteriores pudessem de algum modo ser satisfeitas, alguém pensa que seria possível com o quorum presente nessa eventual assembleia - os subscritores da convocatória, mais um elevado e provavelmente surpreendente número de outros sócios que naturalmente acorreriam - destituir os actuais corpos sociais do clube?!... Tenho a profunda convicção que não.

Sendo certo que, segundo a minha modesta e despretensiosa opinião, a exequibilidade dos dois primeiros pensamentos será bastante duvidosa, senão mesmo impraticável, vejo-me infelizmente confrontado com a última, como sendo aquela que me parece possuir um mais elevado grau de possibilidades de ser levada à prática. E reforço o infelizmente com que adjectivei a constatação anterior, pelo simples facto de nunca ter sido apoiante de Godinho Lopes, não ter sido nele que depositei os votos que estatutariamente na altura me couberam e, apesar de reconhecer que alguma da sua obra mereceu o meu aplauso, venho entendendo como sempre supus, que a sua governação pouco tem diferido da continuidade que ele tão veementemente negou na campanha eleitoral.
Como refere Jean-Paul Lares no seu bem elaborado artigo, a pedra de toque de Godinho Lopes será conseguir para a SAD um investimento nunca inferior a 50 M€. Se os sportinguistas entenderem dar-lhe o benefício da dúvida - pessoalmente, entre estas linhas que vos deixo, já o terei deixado claramente expresso - e se ele conseguir esse desiderato, as contas do Sporting aliviarão e retirar-lhe-ão capacidade de argumentação para porventura justificar outros insucessos que não se revele capaz de evitar. E aqui surge, quanto a mim, a pedra de toque de todos os sportinguistas. É que quando o calendário apontar para nova Assembleia Geral Ordinária, em que o Relatório e Contas, venha ou não de uma aprovação prévia do Conselho Fiscal, tiver que ser aprovado pelos sócios, estes o aprovem ou rejeitem, sem as superficialidades anteriores, sem as discussões estéreis habituais, sem as crónicas lavagens de roupa suja, sem a defesa estúpida de "capelinhas" ou "projectos pessoais", obrigando Godinho Lopes a presentar um trabalho coerente e sem demagogias baratas e, se mesmo assim o vir rejeitado pela esmagadora maioria dos sócios, ser obrigado a reformulá-lo no sentido da vontade expressa na assembleia, ou... a demitir-se!...

O Sporting Clube de Portugal é muito grande!... Tão grande como os maiores !... Que nenhum de nós o pretenda tornar pequeno. Porque os nossos filhos e netos, sportinguistas como nõs, nunca nos perdoarão!!!...

Leoninamente,
Até à próxima




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