«"Não vai haver ataque ao mercado em Janeiro. Temos miúdos na formação. Tem de se pensar bem outra vez, porque tem de se começar outro ciclo e apostar em miúdos com talento, como se fez no primeiro ano". Esta afirmação foi proferida por Rúben Amorim logo após a derrota do Sporting frente ao Varzim, que ditou a eliminação da Taça de Portugal. Não é preciso colocar em prática certas teorias da conspiração para interpretar aquilo que o técnico quis transmitir. Haverá uma mudança de rumo, isso é claro.
Antes de descodificar os planos que estão guardados no horizonte, convém lembrar como foi o trajecto de Rúben Amorim desde que chegou ao clube de Alvalade, em Março de 2020. Não será descabido analisar que, naquele momento, a frágil conjuntura financeira e as baixas expectativas desportivas criaram um cenário perfeito para a aposta em jovens talentos da formação, tais como Eduardo Quaresma, Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, João Palhinha, Matheus Nunes, Daniel Bragança e Tiago Tomás.
Uns acabaram por surpreender, outros solidificaram as respectivas posições na equipa, mas também houve quem não conseguisse agarrar o palco. Faz parte da vida, nomeadamente do futebol. A verdade é que foi com este projecto que o Sporting conseguiu entrar no trilho das conquistas, alcançando um campeonato - após 19 anos de jejum -, duas Taças da Liga e uma Supertaça. Mais. Conseguiu também endireitar as contas com vendas muito lucrativas. Recorde-se que a última das quais foi a de Matheus Nunes, que há dois meses saiu para o Wolves a troco de 45 milhões de euros.
Não houve nenhuma investida no mercado e, pelos vistos, isso também não acontecerá a breve trecho. Posto isto, o Sporting deverá colocar em prática a fórmula ganhadora, mas há aqui um pequeno detalhe que pode complicar a estratégia. É que as expectativas que rodeiam o universo verde e branco estão muito mais elevadas do que em 2020. Há muito menos paciência e compreensão para resultados negativos e falhanços desportivos. As conquistas aumentaram naturalmente os níveis de exigência, o que faz com que os jovens talentos tenham de justificar a aposta de forma muito mais apressada.
Ainda assim, convém olhar para os nomes que pairam na cabeça de Rúben Amorim e da própria estrutura leonina. Nas laterais do sector defensivo, há dois jovens que foram ‘apanhados’ no radar da equipa B. Flávio Nazinho, à esquerda, e Diogo Travassos, à direita, têm forçosamente que ser tidos em conta.
No centro do terreno, Dário Essugo, que já actuou três vezes pela equipa principal, pode fixar-se definitivamente entre os graúdos num futuro próximo, apesar dos tenros 17 anos. Renato Veiga e Mateus Fernandes também aguardam por uma janela de oportunidade, uma dupla de quem se espera muito para os lados de Alvalade.
No que diz respeito ao ataque, o nome em foco é o de Rodrigo Ribeiro. O jovem avançado de 17 anos está na ‘gaveta’, depois de um período em que Amorim aparentava estar determinado em tirar proveito dos seus serviços, mas também é verdade que as boas exibições nas equipas secundárias podem reacender o rastilho. Esta época leva cinco golos em quatro jogos pelos sub-19. Além do mais, as características encaixam que nem uma luva no ataque móvel do Sporting.»
Por Daniel Lopes Monteiro
Pois se tivermos de concluir que foi este o preço a pagar pelo afastamento da Taça de Portugal...
Valerá a pena!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
No meio dessa palha todas algures pelo meio juntaram algumas palavras assim: [...] conseguiu também endireitar as contas [...]
ResponderEliminarEstá-se, claramente, a gozar com a maltinha.