Técnico não entende leão com duas caras, sem intensidade e atitude em momentos de crise. E é aí que entra a prata da casa...
«Foram duras as horas que se seguiram ao tombo do Sporting na Taça de Portugal, uma eliminação, no entender de Rúben Amorim, inexplicável contra o Varzim, clube da terceira divisão, que, sabe Record, endureceu – e muito – o discurso do técnico.
Não foi, no entanto, um postura imediata, dado que no balneário do Estádio Cidade de Barcelos, ainda a quente, o treinador optou por libertar apenas duas ou três críticas à exibição dos leões, vincando a inadmissível postura perante um adversário totalmente ao alcance e que não criou, de todo, dificuldades para precipitar uma hecatombe.
Ontem, no regresso ao trabalho, na Academia, onde contou com a presença de Frederico Varandas e do director-desportivo Hugo Viana – no Minho, só o segundo se aproximou do balneário, antes de uma viagem taciturna e em silêncio até Lisboa –, Rúben passou mais de uma hora a falar aos jogadores, questionando o porquê de a sua equipa parecer ter duas caras, ao dar garantias nos treinos, longe da vista, mas mostrando constantes debilidades dentro de campo, onde em 14 jogos só venceu metade, perdendo... 6 jogos. Com os capitães Coates, Neto e Adán na primeira fila, mas deixando o foco todo em Amorim, o treinador também contestou a falta de intensidade e atitude do Sporting para se esgrimir em momentos de adversidade, ainda mais numa altura em que é, já disse, determinante começar a acumular vitórias e com elas confiança; essa escasseia para os lados do Sporting, facto que o técnico também sublinhou como razão para um cenário de crise, a grande conclusão de uma longa conversa, mas com a promessa de trabalho para tudo se alterar.
Cúpula escalpelizou momento
Com o treino dado, houve ainda tempo para uma conversa entre Rúben, Varandas e Viana, que ainda na Academia escalpelizaram o momento do Sporting e aquilo que é preciso para seguir em frente. O presidente manteve a crença que tem um grupo com qualidade, capaz de ainda ir à decisão do campeonato, ‘oitavos’ da Champions e renovação da Allianz Cup, e o técnico vincou que está preparado para ir em frente de braço dado com os mais novos, reforçando o recado deixado ao plantel.
Da culpa repartida à necessidade de haver mais líderes
O discurso de Amorim foi longo e cheio de sumo, nomeadamente na parte em que também assumiu, como faz constantemente, culpa pelo momento que o Sporting atravessa, neste caso por ser o comandante das tropas, quem as organiza para ir a jogo. Deu, nesse sentido, abertura aos jogadores para também lhe transmitirem o que consideram estar a correr mal na sua perspectiva, não recolhendo muitas reacções, dado o ambiente pesado que se vive no seio verde e branco. Em momentos de crise, Rúben pediu que os mais experientes não se escondam, ainda mais em jogos onde não tem dois capitães, lesionados (Coates e Neto) e outro no banco (Adán). Também mostrou preocupação com o físico da equipa.
Com força para dar a volta
Triste, zangado, desiludido mas... muito focado na tarefa. É este, em resumo, o estado de espírito de Rúben Amorim que, a despeito dos maus resultados, acredita que pode dar a volta ao momento, como Record noticiou na passada sexta-feira e o próprio técnico confirmou domingo após a derrota com o Varzim, em Barcelos.
"A única coisa a fazer é ganhar jogos, manter a cabeça fria e enfrentar as coisas. No fim, obviamente, a culpa não vai morrer solteira. Isso vai ser resolvido, mas não agora. Agora temos todos de olhar em frente, tentar segurar os jogadores. Esse é o meu papel, estou ciente disso e tenho força para isso. No fim, de certeza que a culpa não vai morrer solteira", reiterou Amorim, que atravessa o ciclo mais adverso desde que chegou a Alvalade, onde já não está imune à crítica e à contestação dos adeptos.
Apesar desta realidade, e como o nosso jornal noticiou, o técnico está determinado em ficar em Alvalade pelo menos até ao final desta época, na certeza de que não tenciona virar costas às dificuldades. No mesmo sentido, Frederico Varandas mantém total confiança em Amorim e não pondera em circunstância alguma abrir mão do técnico, que tem contrato até 2024. Na véspera do jogo com o Varzim, aliás, o próprio Varandas reafirmara a convicção de que o Sporting estaria na luta por todos os títulos até ao final da época, desvalorizando uma crise que se instala agora por culpa do adeus à Taça.»
Por Bruno Fernandes, João Soares Ribeiro e Filipe Alexandre Dias
Com a equipa em flagrante "fora de jogo"... Amorim ameaça com "VAR"!...
Talvez seja a solução para "entrar na linha"!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Recorrer aos mais jovens da formação nunca foi ameaça, é a coisa mais natural do Mundo. Se fosse amaeaça não teríamos Cristiano Ronaldo, Figo e Futre só para falar dos 3 melhores.
ResponderEliminarSL