Esgaio parece em sofrimento Pote parece nada ter aprendido
Registo inédito de cartões vermelhos no Sporting: O que se passa?
Foi a segunda vez que o Sporting teve duas expulsões num jogo da Liga dos Campeões
Esta foi apenas a segunda vez que a equipa leonina teve duas expulsões num encontro da Champions. A primeira foi em 1997 na derrota (1-4) frente ao Bayer Leverkusen (Vidigal e Pedro Barbosa). Mas os livros de história vão guardar outro registo negativo dos leões. É que a juntar às duas expulsões em Alvalade, há também a de Adán em Marselha, pelo que o Sporting leva já três vermelhos numa só edição, algo inédito para os lados de Alvalade. Com Amorim, por exemplo, o clube só tivera uma expulsão na Europa. Foi na derrota frente ao Lask Linz (1-4), em 2020, que Coates viu o vermelho directo.
Posto isto, é preciso perceber o que leva o Sporting a este pesadelo de vermelhos. Primeiro, é impossível dissociar os maus resultados da indisciplina. Esta temporada, a equipa leonina leva cinco derrotas em 13 jogos. Significa isto que a turma de Rúben Amorim perde em 38% dos encontros, um número bastante elevado e nunca antes atingido desde que o técnico assumiu o comando da equipa. Com as derrotas, já se sabe que o nervosismo entra em cena e as expulsões de Esgaio e Pote são prova disso. Num jogo de máxima importância e já com menos um, Pedro Gonçalves poderia ter mostrado mais sangue frio.
Vê o primeiro amarelo aos 61’ por uma falta e recebe o segundo amarelo aos 62’ por protestos. Esta atitude revela muita intranquilidade relativamente ao momento menos bom do Sporting. O mesmo aconteceu com Esgaio. Já com um amarelo, tem uma entrada imprudente dentro da área e foi expulso. Num bom momento, não é habitual os jogadores do Sporting terem este tipo descuidos, ainda que o caso de Esgaio seja especial. O defesa é claramente um mal-amado dos adeptos e essa pressão condiciona-o em campo. Talvez também por isso esteja sempre ligado a erros capitais da equipa.
Nota-se ainda, novamente por culpa dos resultados, algum nervosismo mal o árbitro apita para o início do jogo. Adán e Esgaio, por exemplo, foram expulsos muito prematuramente em Marselha e Alvalade, respectivamente. O cansaço mental, derivado das derrotas, também prejudica o cansaço físico e faz com que os jogadores também cheguem tarde aos lances. Por outro lado, o calendário sobrecarregado não poderá servir de desculpa, já que Benfica e FC Porto também estão no mesmo barco.
Assim sendo, é preciso uma intervenção de Rúben Amorim. O treinador tem de tentar controlar as emoções dos seus jogadores. Na próxima jornada da Liga dos Campeões, frente ao Tottenham, será preciso sangue frio, até porque o Sporting já não poderá contar com Ricardo Esgaio e Pote. Um mau resultado poderá colocar uma possível qualificação dos leões em risco. Para já as atenções da equipa leonina têm de estar viradas para o próximo jogo. No domingo, o Sporting enfrenta o Varzim (Liga 3), na terceira eliminatória da Taça de Portugal. A equipa leonina tem de vencer e, se possível, golear, até porque um velho sábio já dizia: "É sempre melhor trabalhar em cima de bons resultados".»
Amorim tem de inventar o antídoto!...
Leoninamente,
Até à próxima
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