Rúben Amorim fez este sábado a antevisão do jogo com o Paços de Ferreira, da 28.ª jornada da Liga Bwin, agendado para amanhã às 20H30, em Alvalade, e não escondeu a ambição da equipa.
"Não damos nada como garantido, podemos perder pontos em qualquer momento. Não perdemos assim tantos pontos, mas estamos a 6 pontos do 1º. O FC Porto tem perdido menos do que nós ainda e qualquer jogo pode fazer a diferença na luta pelo título. As equipas vêm sem pressão [depois da paragem das selecções], outras têm a pressão dos pontos, mas não garante nada. Temos de vencer os jogos todos para garantir o título ou o segundo lugar. Só depois de garantir o segundo podemos pensar no 1º. É possível ganhar os jogos todos e é isso que vamos tentar fazer. Depois o que tiver de acontecer, acontecerá. Deixei de fazer contas há algumas semanas, a última jornada foi a prova disso".
Rúben Amorim elogiou depois Fatawu Issahaku, de 18 anos, contratado pelo Sporting.
"É um jogador que, pelo menos, a pré-época connosco vai fazer. Acreditamos muito nele, fez uma pequena adaptação na equipa B, para crescer fisicamente e adaptar-se à vida e à forma de estar do clube. Nota-se que precisa de conceitos tácticos, é normal. Mas é rápido, chuta de longe e de várias zonas do terreno. É um jogador com quem contamos e só depende dele pertencer à equipa A. Os Inácios, os Matheus, os Nunos Mendes, todos eles subiram mas não sabíamos o que ia acontecer. Havia clubes que o queriam, mas nós temos esta vantagem no projecto, eles sabem que depende deles poderem vingar na equipa principal."
Islam Slimani chegou muito "desiludido" depois de a selecção da Argélia não ter conseguido o apuramento para o Mundial.
"A recuperação do Slimani, mais do que física, tem de ser mental. Foi difícil para ele perder o acesso a uma fase final do Mundial da forma como perdeu, está desiludido e temos de lhe aumentar os índices de alegria e de motivação. Está apto para ir a jogo, vamos ver se entra de início ou começa no banco".
Sobre o sorteio e o grupo de Portugal.
"Acredito que vamos passar. Gostava que a Coreia do Sul também passasse, o Paulo foi um treinador que me ajudou muito em fases difíceis da minha vida. Depois, tudo pode acontecer. Se há coisa que temos tido ultimamente é a estrelinha..."
Como está a equipa?
"Foram duas semanas boas, tivemos jogadores fora, não tivemos muitas oportunidades para ver miúdos, que também foram às selecções, o que também é positivo. Mas trabalhámos bem com os jogadores que ficaram e preparámos da melhor maneira este jogo, contra uma equipa que fez 22 pontos desde que chegou o César Peixoto. Está cheia de confiança, vem cá sem pressão. Preparámo-nos na melhor maneira e estamos a postos para vencer o jogo."
Tem 6 jogadores amarelados. Vai fazer alguma gestão?
"Vão jogar os que entendermos ser os melhores para este jogo, não vou poupar ninguém. Se alguém levar amarelo, tenho outros jogadores. Temos muita qualidade, este é o jogo mais importante, não sabemos qual vai ser o mais difícil. Sempre pensámos assim e vamos seguir este caminho. O que fazemos é apresentar a melhor equipa."
Três ou cinco substituições.
"Vou mudando a opinião, era muito tradicional mas acho bom para futebol as 5 substuições. Temos outra capacidade no banco, dá-nos mais 'nuances' tácticas e ajuda a mexer com o jogo. É importante na gestão do plantel e do grupo, cada vez mais os treinadores têm atenção a toda a gente, para todos estarem motivados. Acho que as 5 substituições deviam ficar, mudei a minha opinião, faz todo o sentido em campeonatos em que as equipas estão sempre a jogar."
Para quem gosta de ler...
Amorim é como um livro aberto!...
Leoninamente,
Até à próxima
Não só é um livro aberto como tem uma qualidade quase desconcertante. Ele e o Nuno Dias são pessoas impressionantes.
ResponderEliminarOnde já se viu um treinador de um "grande" assumir, com uma naturalidade do caraças, que muda de opinião!?
Assume que aprende com adversários. Implementa imediatamente o aprendido. Sem preconceitos nem complexos. Nunca gostei tanto de ter estado errado.
Subscrevo com humildade a humildade que encerra a última frase do comentário. Amorim, além de desconcertante e volto a repetir, "é um livro aberto para quem souber ler e aprender"!...
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