segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

JJ está a revelar-se um mau jogador de poker!...



UMA NOITE FELIZ PARA O BENFICA

«O Benfica teve uma noite muito feliz. Bateu o rival Sporting pela primeira vez na Luz desde que Jorge Jesus trocou de clube, segurou a liderança, aumentou a vantagem sobre os leões para cinco pontos e saiu do ambiente de desconfiança que começava a rodear a equipa após as duas derrotas consecutivas. Rui Vitória, o homem que já na época passada bateu JJ ao sprint e lhe ganhou o título, somou o segundo triunfo sobre o grande ‘inimigo’. Saboroso, de certeza.

Os encarnados não foram a equipa que jogou melhor. Curiosamente, não dominaram até nenhuma das estatísticas do jogo. Mas a verdade é que na única que conta para vencer jogos, aí sim, o Benfica foi superior: golos. Fez lembrar algumas equipas de Mourinho. Incapacidade para dominar o jogo frente a rivais com mais futebol, a aposta clara nas transições, sendo o erro do adversário mais importante do que a construção. E aí Rafa foi vital. Cada um luta com as armas que quer. Pode discutir-se a beleza, mas não a justiça.

O Sporting andou sempre atrás do jogo. Sofreu o primeiro golo após o lance polémico com Pizzi, o segundo depois de Bas Dost atirar ao poste e na 2.ª parte, quando encostou o Benfica às cordas, falhou demasiadas oportunidades. E se o árbitro pode ser discutido, a verdade é que os leões podiam ter feito melhor. Nos golos sofridos defenderam mal e ficaram a dever a si próprios outro resultado. Aos leões parece faltar um matador decisivo como foram Slimani e Teo na época passada. O Sporting joga bom futebol mas não é letal. Problema para JJ resolver, mesmo que olhando aos jogadores que tem seja difícil perceber como.

Jorge Sousa teve influência no resultado. Azar no lance com Pizzi, de análise difícil e que seria menos discutido se não desse golo, erro grave com Nelson Semedo.»

Bernardo Ribeiro parece também ter tido a sorte que acompanhou o Benfica. Pela primeira vez que me lembre e desde há muito tempo, parece ter encontrado no "estado de graça" que pressentiu do outro lado da rua, fruto da forma alienada e pouco séria com que é visto o futebol por aquelas bandas, para ganhar coragem e dizer aquilo que a razão e o coração lhe ditaram. Serão formas de estar, ou José Ortega y Gasset terá tido a suprema felicidade de definir o que muitos homens e BR sobremaneira, incontornavelmente nunca deixarão de ser, "o homem é o homem e as suas circunstâncias"?!...

Sinceramente não sei! O que sei é que a sua crónica reflecte exactamente o pensamento que o dérbi me deixou e que me levou a construir quase sem palavras, a imagem que construí para o post anterior, que publiquei com amarga desilusão no final do jogo.

Jorge Jesus, acolitado por quem seria impensável que o fizesse, tem vindo a acumular desde que entrou entre ramos em Alvalade, um tão inacreditável chorrilho de asneiras que parece ter conseguido o que muitos de nós julgava impossível: desbaratar até níveis ridículos, o capital de confiança que o seu inegável talento havia granjeado na grande nação leonina.

Ultrapassando a puerilidade da alegria de uma criança quando entre as mãos lhe colocam uma bola colorida, tem permitido, pouco inteligentemente, que a dimensão do seu umbigo tenha adquirido uma dimensão que porventura terá quadriplicado a da mítica Porta 10A de Alvalade, sem se dar conta sequer do monstruoso erro que poderá muito bem fechar-lhe com chave de lata uma carreira a todos os títulos fabulosa.

Primeiro através de uma mensagem comunicacional que acabou por se revelar autêntico "royal straight flush" para o adversário que pretendia reduzir a pó. Depois e nas sucessivas aberturas  de jogo - mercado -, foi solicitando um número absurdo de cartas ao "distribuidor de jogo", na ânsia desmesurada de atingir o hipotético score do adversário, sem se dar conta na sua loucura, afinal, do valor que tinha entre as mãos e, mais importante ainda, que estaria exactamente na inteligência que revelasse na valorização das suas "cinco cartas", o segredo da vitória: nem só com "royal straight flushes" se ganham jogos! Haverá um milhão de maneiras de o conseguir, todas elas decorrentes da inteligência, argúcia e do  trabalho sagaz com que se condimentem as jogadas - bluff incluído! -, sem jamais esquecer que em cada jogada só pode ser utilizado um baralho que tem, apenas, 52 cartas!...

Para nossa desilusão, JJ está a revelar-se um mau jogador de poker!...

Leoninamente,
Até à próxima

12 comentários:

  1. Concordo absolutamente com análise feita. Muito bem. A minha tristeza aumenta porque lhe pagamos uma pipa de massa e lhe demos planteis que Marco e Jardim não tiveram. Só faltará saber com ficam as nossas contas quando ele partir e quem assumirá responsabilidades

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    1. Concordo com o Quiterio sobretudo com a falta de empenho na Europa onde se tivéssemos tido uma boa postura certamente teríamos continuado. Essa história dos 90% foi lamentável. Em termos europeus em duas épocas seguidas tivemos das piores prestações.

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  2. Para atingir o pleno da incompetência falta-lhe ser eliminado pelo Setúbal e não ganhar ao Braguinha. Mas acho que ele conseguirá mais esse objetivo. Como é possível jogar com aquela estratégia com o Benfas, uma equipa que só joga em contra-ataque?

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  3. e é por isso que mourinho foi despedido do real madrid... aquilo era uma bela merda.

    e é por isso que vai ser despedido do manchester united... aquilo é uma bela merda.

    Eu pago o JJ se ele me devolver mais segundas partes iguais às deste jogo.

    não pago mourinhos... dos mourinhos, dos ruis chouriços ninguém se vai lembrar.

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  4. se o Dost marca a abrir a segunda parte...

    quantos golos os lampiões tinham levado naquela meia-hora em que foi tudo nosso?

    tinham levado 4 ou 5.

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  5. Meus amigos...
    Não vou negar as culpas de JJ...

    Mas vamos lá ver...:
    Devíamos ter marcado mais golos...?
    Sim... é verdade que devíamos...

    Mas recordo-me que ainda há bem pouco tempo...marcámos 4 e "só valeram 2"...
    Quem me garante que mesmo se tivessemos marcado mais...o árbitro não os teria invalidado

    E depois...não foi culpa de JJ que o árbitro tivesse feito "vista grossa" a 2 penaltis...

    Poderia se os tivesse assinalado...terem sido falhados...?

    Sim ...poderia...
    Mas de uma coisa eu tenho a certeza...:
    Se o árbitro tivesse assinalado o 1º...garantidamente o benfica não teria no contra ataque feito o seu 1º golo...

    Há por aí muito "comentador" a fazer-se eco do "ceboladas" de que o Sporting fez 26 faltas contra 10 do benfica...

    Talvez as coisas pudessem ter sido diferentes...

    1º devemos ter em conta que as 26 e as 10...não foram faltas feitas...mas sim assinaladas...(feitas houve muitas mais..."não foram vitas" foi da mesma maneira...)

    E quanto isto, convém lembrar que se o árbitro tivesse marcado os penaltis, a contabilidade do benfica subiria para 12...e se a juntar a estas doze...
    O árbitro tivesse marcado aquela falta do luisão sobre o Adrien (e aqui ...um cartão amarelo a menos...), a contabilidade subiria para 13...

    E se continuássemos neste "exercício"...
    Ainda acabaríamos por chegar a conclusões muito mais interessantes...que aproximariam as 2 contabilidades...

    SL

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    1. E se a minha avó tivesse rodas era uma bicicleta...

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    2. Subscrevo o comentário de Max Martins...

      SL

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  6. O futebol é resultados e não vitórias morais. O Rui Pinho jogou com as armas que tem: o contra-ataque e as ajudas arbitrais.

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  7. A nossa saga de calimeros não tem fim Se somos sempre roubados, que acabemos com a nossa participação nesta competição viciada. Agora, andar desde a década de oitenta nesta malfadada conversa cansa qualquer um.

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  8. Eu sei de que bem pouco serve queixarmo-nos mesmo tendo carradas de razão. O futebol precisa mais de mim (que só pago as quotas ao Sporting e NADA mais) do que eu preciso do futebol. Repetindo aquilo que já afirmei algures passei quase 25 anos (de '68 a '03) longe desse ópio de que gosto mesmo sem dele depender. Felizmente para mim não foram os piores anos. Creio que me seria mais fácil desinteressar-me do futebol que deixar de fumar.
    Também repetindo-me, vejo todos os jogos que quero pelo computador com a grande vantagem de poder escolher a língua dos comentadores sendo que a minha preferência vai para canais tais que BT Sports e Bein. E assim posso ouvir o que pensam dos árbitros portugueses aqueles que comentam esses jogos. Devo dizer que não nos é particularmente lisongeiro. E ainda há quem se admire que a UEFA não nos faça confiança suficiente para grandes torneios e se limite àquele mínimo estabelecido.
    A partir de agora vou reinteressar-me por coisas mais edificantes eu que gosto imenso de música por exemplo.
    E que Portugal continue a ser motivo de chacota que seja defendido por quem teima em continuar nesse pântano. Não contem mais comigo.
    Sei que um dia os actuais dirigentes que aceitam colaborar no engano generalizado se vão arrepender mas nem necessito escutá-los nesse arrependimanto. Continuarei a ser sportinguista e sócio do Sporting "malgré tout".

    SL e obrigado ao Álamo e outros que me deram voz.

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    1. O tempo voa... De 1968 a 2003 passaram 35 ( e não 25) anos de que me não dei conta...

      Aboim

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