terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O "carrasco" é uma víbora que só morde "pés descalços", coitadinhos!...


Sempre entendi e cada vez mais tenho vindo a reforçar a minha opinião, como ostensivamente parcial e demasiado mal contada a história que a quase generalidade dos orgãos de comunicação social publicaram sobre o afastamento do treinador Marco Silva da liderança técnica do Sporting CP. O tempo tem vindo a encarregar-se de endireitar as linhas tortas com que terá sido redigida por escribas e opinadores rendidos às pretensas qualidades humanas e ao carácter do actor principal, que a roda da vida vem desmentindo a cada dia, traduzidas no seu "compulsivo" afastamento dos palcos já vai para um ano, facto afinal revelador de que não serão todos cegos e estúpidos os dirigentes desportivos que, de forma generalizada e pouco impressionados com a beleza estética do "colinho" da CS cá do bairro,  parecem ter pintado a negro a cruz que lhe escarrapacharam por cima da porta. 

A chicotada psicológica de que recentemente foi vítima José Peseiro no "braguinha pretenso quarto grande", trouxe para a ribalta uma outra "virgem ofendida pelo mesmo carrasco": Abel Ferreira. Esta pretensa virgem, sem o "colinho" da outra e recorrendo inteligentemente ao silêncio "pós-divórcio", optou por ir de "bico calado" à sua vida e granjear com outra humildade o pão que o diabo amassa para todos, mas, qual Luisa de Gusmão, em vez de "princesa toda a vida aceitou ser rainha por um dia" e aí o tivemos em Alvalade, sem nunca o afirmar ostensivamente, mas mais do que disposto a redimir "pecados velhos" e responder com luva branca à bofetada recebida já lá vai algum tempo. Até aqui tudo bem e nada contra, até porque, ironia do destino, viria a conseguir calçar a alva luva e a esbofetear mesmo o tal... "carrasco".

Mas esta coisa do carácter é como o algodão: não engana! E nem o milagroso triunfo sobre o Sporting terá conseguido apagar a vanglória e o lamentável exemplo dado pela pequenez de Abel Ferreira no final do jogo, quando nem uma única palavra de reconhecimento foi capaz de "vomitar" para com o seu antecessor.

Como se fosse possível apenas em dois ou três dias, conseguir emprestar á equipa a qualidade e organização que ajudaram o Braga a ter a felicidade de sair com os três pontos de Alvalade. Como se a frescura evidenciada pelos minhotos, não tivesse começado a desenhar-se quando Peseiro arriscou o que viria a custar-lhe o lugar, ao deixar de fora seis titulares frente ao Sporting da Covilhã e como se o "bom jesus" não lhe tivesse facultado milagrosamente os dois centrais com que há muito Peseiro não tinha vindo a poder contar.

Torna-se claro e óbvio que entre o final do jogo e a flash-interview ou a conferência de imprensa subsequente, não terá havido possibilidade material de Abel Ferreira ter recebido a gravação da "cassete salvadora". Nada no entanto que o carácter do novel actor não tenha ultrapassado com a pusilanimidade que as suas declarações mostraram à evidência.

Tudo farinha do mesmo saco! Mas para a generalidade dos nossos escribas e opinadores, invariavelmente envergando as sumptuosas vestes escarlates, o algodão terá de ser obrigatoriamente enganador e...

O "carrasco" é uma víbora que só morde "pés descalços", coitadinhos!...

Leoninamente,
Até à próxima

7 comentários:

  1. O caráter em Portugal perde para o chico-espertismo. Valoriza-se mais o último face ao primeiro. Quanto a Abel Ferreira: será o treinador efectivo do Braguinha a seguir a Jorge Simão (esta vitória é um lastro que irá capitalizar brevemente; e isto, se estou a intuir bem sobre a forma de pensar superficial de dirigentes como A. Matador de treinadores...).

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  2. Em relação a Marco Silva, simplesmente incompatibilizou-se com BdC. Com imprensa ou sem imprensa, nunca poderia ficar no clube. Já agora, eu não era grande fã do seu modelo tático.

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  3. Coincidimos na perspectiva sobre a "historia" do Marco Silva, e coincidimos relativamente ao "senhor" Abel F. e à forma como se posiciona relativamente a Peseiro (este, também, um exemplo do que não se deve dizer nem fazer...).

    De coitadinhos e descalços estaremos sempre falados. Este é um assunto de menor importancia, até tendo em conta o perfil dos comentários e das citações que aqui vai fazendo (muitas vezes bem) sobre diversos eventos, analistas, artigos.

    Urge falar de um senhor que vai aqui colhendo elogios seus, um tal de Bernardo Ribeiro, que teve uma atitude vergonhosa (e, já o disse antes, não pela primeira vez esta "pessoa" aborda assuntos do Sporting e de pessoas a ele ligadas de forma pouco respeitosa).

    O que este escrevinhador comentou (e já me garantiram que não houve recuo ou retractação por BR) a respeito de Fernando Correia, pessoa estimada e sempre educada e correcta, foi indigno.

    E revelador.

    Tendo em conta que Fernando Correia não se dirigiu nesses termos a BR, por que razão, com que direito, este "senhor" classifica de "bufo" Fernando Correia?

    Seria interessante saber a sua opinião. Diga o que pensa desta atitude inqualificável de BR.

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    1. Caro Chronus, julgo não ter atingido o objectivo que pretendi com o título do post, sugerido por uma frase célebre de Eduardo Galeano acerca da Justiça e das serpentes. Falha minha, má fortuna...

      Sobre Bernardo Ribeiro, lamento desapontá-lo, mas o que menos por aqui ele tem colhido de mim, serão elogios, na medida em que o seu comportamento enquanto jornalista no jornal onde ganha o seu pão e conhecidos de mim há longos anos os seus afectos clubísticos que, ao contrário do que o amigo possa pensar não são tão distantes assim dos nossos, será o exemplo paradigmático da "isenção falacciosa eivada de alguma estupidez, quiça subserviência" que por aqui tantas vezes tenho dissecado e que nenhum dos seus camaradas afectos às cores reflectidas do outro lado da rua ousa sequer alguma vez seguir, optando exactamente, por convicção ou a soldo, por uma linha de sentido completamente antagónica. O episódio de Fernando Correio foi apenas um, no mar encapelado onde tem navegado.

      Seria presunção da minha parte alguma vez pensar que terá sido até a minha inflexível dureza para com a criatura, que terá determinado uma ligeira inflexão na sua rota, mas o que é certo é que a sua prosa tem vindo a ser mais cuidada num passado mais recente, de que a crónica de hoje no Record, "O que fazer com esta arbitragem?" poderá constituir um bom exemplo...

      Não sei, nem me interessará por aí além, se BR convive mal com o "saco de gatos" em que está metido no jornal de que é sub-director, juntamente com o seu par Nuno "escarlate" Farinha e com o director António "verdinho" Magalhães. Mas dá-me ideia de que os dois "verdinhos", parafraseando Lito Vidigal, se vinham "acagaçando" em demasia com o "escarlate". Não sei por isso, se este recente assomo de "coragem" evidenciado por ambos os "verdinhos" terá resultado de algum "grito de Ipiranga" que, isoladamente ou "juntos a par", terão decidido soltar aos quatro ventos! Poderá ser também um "fogo fátuo de Inverno" que se extinguirá quando o "tetra" se começar a revelar, matemáticamente, incontornável...

      Creia o amigo que será das lutas mais apaixonantes de assistir, aquela que se desenrola quando se juntam três ou mais gatos num saco e se ata firmemente a boca desse saco...

      Sobre a questão com que remata o seu comentário, julgo que terá sido mais uma das muitas manobras infelizes de BR. Creio que nessa noite, quando se deitou e colocou a cabeça sobre a almofada, a sua consciência terá segredado: "desculpa, não foi por mal"!...

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    2. Agradeço a resposta ao que perguntei. Confesso que percebo algo melhor a sua trajectória (a sua, Álamo) no que concerne aos artigos de BR que num ou outro dia aqui vai reproduzindo...

      Escapa-me, contudo, o alto teor de ironia nos seus comentários aos textos de BR, pois de outro modo o que, isso sim, transparece é alguma admiração por tal "pessoa".

      Para que fique claro...Uma coisa são os artigos/cronicas de BR, feitos num contexto de subserviência (quiçá...embora a mim me pareça mais um sintoma do Sindroma Sem-Espinha). Outra coisa são tweets. E este tweet, em particular, foi ofensivo.

      Não acredito que este "senhor", pseudo-jornalista de profissão, se tenha deitado e conversado com a almofada e pedido desculpa remotamente...Nem irónica, nem realmente. Esta é uma reacção de LAMPIÃO. Trata o amigo Álamo de nos convencer de quão verde este individuo possa ser, lamento desapontá-lo mas quem também o conhece (a BR) desmente qualquer afecto pelo verde. Claro, caímos na situação "a minha opinião contra a sua", ou "a mim dizem-me uma coisa, a si outra". Mas inegáveis são as posições, opiniões, expressões de ódio, raiva, puro mau-sangue que este "senhor" destila contra Sporting e os seus simpatizantes. Portanto, nesta dialéctica da "minha opinião contra a sua" ganha aquela que é suportada por dados, por FACTOS.

      BR não é uma sementinha verde num mar vermelho. Há quem o seja, mas este não o é.

      E quanto ao Antonio Magalhães...meu caro, onde me encontro actualmente vê-se, nas televisões, clips publicitários para uma cirurgia revolucionária que pretende ajudar a dar nova vida a quem tem problemas nas vertebrais lombares. Recomendo este procedimento a AM, com todo o carinho.

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    3. Caro Chronus, não me presumo como detentor da verdade absoluta, mas no caso em apreço, já lá irá qualquer coisa como cinco anos e Leoninamente seria ainda um ilustre debutante desconhecido na blogosfera leonina, socorri-me da amizade de um indefectível sportinguista, ex-dirigente e ex-seccionista do Sporting nos saudosos e aúreos tempos em que o Clube detinha a hegemonia quase total das modalidades amadoras, muitíssimo bem colocado nos bastidores da comunicação social portuguesa e na qual continua a exercer a sua profissão através da ligação que ainda hoje mantém com o grupo Controlinvest, que me forneceu um extenso rol de jornalistas afectos ao Sporting, nos mais variados orgãos de comunicação directamente ligados à coisa desportiva.

      Não conheço os dois jornalistas em apreciação, mas a partir do momento em que tive essa extensa lista em meu poder, pude confirmar através dos textos publicados, a correcção da inclusão do seu nome no rol que a amizade e o conhecimento desse meu amigo me fez chegar às mãos.

      Respeito a sua opinião, mas recuso liminarmente, por temperamento, educação e princípios, fazer desta tribuna uma banca de apostas sobre cores e afectos. A minha luta é apenas uma: alertar e contribuir para que o Sporting veja mais equilibrada a correlação de forças já de si desfavorável com que é confrontado na CS, em parte por uma descoroçoante abstenção daqueles que lhe são próximos.

      Ficará o caro, naturalmente, com a convicção de que BR e AM serão uns qauisquer "cavalos de Troia" metidos no campo leonino. Por mim, até por ser avesso a ódios de estimação e enquanto continuar a acreditar na minha sensibilidade e no conhecimento das pessoas que tenho como amigas, serei completamente surdo ao ruído dos "ventos" que possam gritar o contrário.

      Contudo, creio tê-lo elucidado sobre "a trágica luta de gatos" que por aí vai decorrendo nas redacções dos mais variados jornais desportivos e não só, já que o mesmo se passa nos jornais mais ligados à coisa política..

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  4. Se fosse uma pergunta do Big Picture teria acertado! Julgo saber que o da esquerda é de Penafiel e, com ventos e árbitros a favor, lá se livrou da sua albarda com paleio a mais. Quanto ao da direita se hoje sou sócio do Sporting deve-se à má impressão que ele me deixou em Dezembro de 2014. Não me arrependi!
    Mas gostaria de ler o Amigo Álamo sobre a fantochada do "sorteio" da Taça! Mas mesmo antes disso avanço que o das "balas" quentes já jogou no Valencia de Espanha! A senhora confesso que tenho que recorrer a ajudas interactivas para a reconhecer nem que seja o nome. A FPF serve-se de boa gente sendo que Figo e/ou Roberto Carlos são especialistas.

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