sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Ah pântano, pântano, se tu fosses vinho bebia-te dum trago!...


Inquestionável a legitimidade do cidadão Duarte Nuno Pereira Gomes, felizmente ex-árbitro de futebol, para ter vindo a público em passado remoto, conforme se infere da imagem acima, publicada aqui há quase cinco anos, confessar aquilo que melhor seria ter guardado no recôndito da sua consciência. Mas sempre haverá quem, por força de insondáveis desígnios, se revele incapaz de guardar o saber onde lhe cabe o comer.

Terminada a sua carreira de árbitro de futebol, balizada pelos fretes e favorecimentos por demais conhecidos de todo o mundo do futebol, vêmo-lo agora de cátedra montada no jornal A Bola - a vida está difícil para todos e, na "pobreza", ninguém deverá ser mal-agradecido -, opinando sobre matéria relacionada com a antiga profissão, ajuizando sem pudor em causa própria, o trabalho levado a cabo pelos seus sucessores, imagine-se, em jogos... do Benfica.

Nesta condição, será de todo insuspeita, apesar dos borrifos de água benta que piedosa e generosamente utiliza, a opinão que hoje mesmo formulou sobre a actuação de Fábio Veríssimo no jogo de ontem à noite no estádio da Luz, de que recolhi este excerto:

"... Aos 86' foi assinalada falta atacante de Gleison sobre Jardel, na área encarnada. As imagens evidenciam uma realidade diferente: o central do Benfica foi ultrapassado sem qualquer infracção e, surpreendido pela acção do adversário, colocou o braço direito sobre o avançado pacence. Jardel arriscou e muito.

O único motivo pelo qual não defendemos taxativamente tratar-se de lance passível de penálti foi o facto de Gleison ter prosseguido a jogada normalmente, apesar do contacto provocado por Jardel. Aliás o brasileiro do Paços só parou quando a acção foi interrompida pelo árbitro. Certo, certo é que não houve falta atacante..."

"Taxativamente", permitam-me confessar a minha ignorância, mas estava convicto e seguro que dentro da grande área o critério de dar o "benefício ao infractor" estava vedado aos árbitros, logo, Fábio Veríssimo só podia ter feito uma coisa, se não estivesse atacado do mesmo síndroma que tanto prejudicou Duarte Gomes ao longo de toda a carreira de árbitro e, pelos vistos, na sua nova faceta de comentador: marcar penálti contra o Benfica!...

Mas o "colinho" continua a ser incontornável, para árbitros, observadores, comissão de análise do CA da FPF e comentadores de arbitragem, especialmente quando confessadamente adeptos dos DDT's!...

Ah pântano, pântano, se tu fosses vinho bebia-te dum trago!...

Leoninamente,
Até à próxima

4 comentários:

  1. Pois para mim acho que devia ser OBRIGATÓRIO conhecer a filiação clubistica é OBRIGATÓRIO DUAS VEZES se essa mesma filiação for encartada...

    Só assim, com essa pressão objetiva (que todos dizem 'tra la la' não ter) poderíamos, publicamente, aferir das reais infeções de nomeador e... nomeado

    SAUDAÇÕES LEONINAS e que 2017 sorria finalmente 'tra la la' à verde-e-branca

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  2. Coitado do homem...
    Confessa que "não tem culpa de aos 18 já ser um ser humano..."
    E eu a pensar que ele tinha adquirido essa "qualidade", já não digo quando foi gerado...mas no mínimo, quando nasceu...

    Depois, ao longo da sua sua vida teve fases "em que deixou de ser...um ser humano e se tornou num autentito traste..."...
    Mas pode ser que um dia tenha direito a "um monumento colectivo" muito perto do Euzébio, pelos "bons serviços prestados à causa..."

    Também estava convencido de que nas siatuações de penalti...não existe nunca "o beneficio ao infractor"...
    Mas como iria o DG "justificar a benesse do colega" de clube...se dissesse taxativamente...que ficou um penalti (mais um...) por marcar contra o seu clube...
    Eles são todos uns bons cumpridores do lema "e pluribus unum" ...

    SL

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  3. O Veríssimo apitou a falta do Jardel e, no instante seguinte... "porra, é penalti!"... e deu falta contra o Paços!!!
    Mas já vi pior: em jogo das equipas B, em Alcochete, um tal Luís Ferreira assinalou um penalti inequívoco contra os lã-piões (falta cometida a uns 2 m da linha lateral dá área e uns 3 m dentro dela), deu meia dúzia de passos, braço esticado, na direcção da marca de penalti e, de repente, encaminha-se para fora da área e assinala livre num local em que os jogadores estariam afastados cerca de 1 m!
    Quando não há vergonha e há a certeza de impunidade (e, até, prémio, como foi o caso de Jorge de Sousa), acontece disto.
    Colinho? Neste momento, jogar contra os DDT é um pró-forma, é cumprir calendário.

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  4. Bom dia e bom 2017.
    Atrasado embora o meu comentário, cito aqui um do antigo defesa-esquerdo dos lampiões e comentador da Sport Tv, Pedro Henriques, aquando da célebre "capelada" e referindo-se aos penaltis sonegados ao Sporting nesse jogo: "critério largo, à inglesa"!
    Creio ter dado uma pequena ajuda sobre o pântano...
    SL

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