quinta-feira, 8 de setembro de 2022

"Morrer sim, mas devagar"!...


Escreveu Rui Calafate na sua última crónica, esta tarde publicada:

« O Sporting tinha aparentemente a tarefa mais complicada porque na Alemanha nunca tinha ganho. Só que a segunda parte épica, apenas com o contratempo de mais uma lesão de St. Juste (um risco enorme o investimento de 9,5 milhões no jogador do Mainz como anteriormente já referi), galvanizou os sportinguistas que precisavam do fulgor de uma vitória deste calibre para restabelecer níveis de confiança. Contudo, com a racionalidade e frieza que parecia em parte incerta nas últimas semanas, Rúben Amorim cortou cerce possíveis deslumbramentos e apontou para o oitavo lugar que ocupa na Liga, o foco de concentração imediato. Mas se o Sporting se apresentar sempre assim como em Frankfurt, é fácil acreditar que a nuvem negra que se adensou com o Chaves era fugaz. Isto se o Chelsea não tiver um apetite pelo técnico leonino que mude o estado da arte.»

Desde que a meio da manhã de hoje tive conhecimento da notícia que dava Todd Boehly, o ricaço que substituiu Roman Abramovich aos comandos dos cordelinhos do Chelsea, como  vendo o treinador do Sporting como uma forte possibilidade de substituir Thomas Tuchel, chegando até ao ponto de contactar Amorim para o "apalpar", que perdi o estado de graça em que me encontrava desde a "Saga Leonina" ontem protagonizada pelos Leões em Frankfurt.

Nem a cláusula de rescisão 30 M€ ou os dois anos de contrato que ainda ligam Rúben Amorim ao Sporting conseguiram extirpar de mim os profundos receios que partilhei, em silêncio, com Rui Calafate. Apenas uma pequena luz brilhava ao fundo de tão medonho e escuro túnel em que me vi encarcerado: a honra e a dignidade de Rúben Amorim! Mas sempre admitindo a "fraqueza da carne". Mudar agora e de repente "o estado da arte" magistralmente definido por Calafate, seria regressar a 1755 e assistir a um inimaginável terramoto a reduzir Alvalade a pó!...

Os deuses porém terão tido compaixão de mim. Há cerca de uma hora que a imagem que encabeça este postal me veio arrancar do desgraçado túnel em que me encontrava!...

Como o nosso rei Sebastião em Alcácer-Quibir, perante a derrota inevitável, recusou os conselhos da nobreza que o acompanhava para que se rendesse, dizendo-lhes: "Senhores, a liberdade real só há de se perder com a vida.", também eu estou conformado em prosseguir o combate até ao fim...

"Morrer sim, mas devagar"!...

Leoninamente,
Até à próxima

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