"... Algo mudou, este ano, para contrariar os “miasmas do sistema”, mas é preciso muito mais. Neste seu combate à hegemonia do FC Porto, Luís Filipe Vieira tem a espinhosa tarefa de provar que há um outro caminho no futebol português que passa por reformas a fundo no sector da arbitragem, diferente daquele que resulta de uma mera troca, no jogo (sinuoso) das influências. É que nem todos pertencem ao 'país dos tolinhos'...".
Muito curiosa a expressão utilizada por Rui Santos, no artigo "Pressão Alta" publicado no jornal Record, de que retirei o excerto acima! Se o jornalista reconhece que algo mudou no sentido da oposição aos "miasmas do sistema", deixa no entanto para LFV a espinhosa tarefa de contribuir, para além da troca de galhardetes habitual com o seu ódio de estimação, para as reformas de fundo no sector da arbitragem. Porque nem todos pertencerão ao "país dos tolinhos"!...
E é na expressão "país dos tolinhos" que está o cerne da questão. Quem serão os tolinhos?! Tolinhos não serão certamente os ferrenhos adeptos que há três décadas veem aplaudindo e incensando o mentor dos métodos sinuosos ou mesmo infames, que conduziram ao processo "apito dourado". E naturalmente também não estarão no grupo, mais de três milhões de apaniguados da força desportiva mais vilipendiada ao longo de todo esse período. Restarão nesse imenso "país de tolinhos", aqueles que jamais poderão reclamar qualquer autoridade moral para negar o tão evidente "copy and past" do terrível "lodo dourado" que ficou por punir por uma justiça corrupta e indigna e que actualmente parece ter regressado a este porventura irrecuperável futebol português, com novas roupagens tingidas de outra cor.
Chegados aqui, até poderemos compreender todos os "tolinhos" que constituirão essa imensa mole humana - as excepções são decepcionantemente reduzidas! -, que entusiasmada e acrítica segue alegremente na procissão, segurando o pálio onde se acolhe exactamente, aquele que Rui Santos ainda admite - ele também parecerá tolinho! -, poder alguma vez contribuir para a tão desejada e imperiosa regeneração da arbitragem portuguesa: Luís Filipe Vieira!...
Já por aqui deixei a minha profunda convicção de que a arbitragem portuguesa só será passível de regeneração, se e quando algum dia for decretada uma "barrela" igual àquela que retirou - não toda, mas um parte importante e substancial - a "sujidade" da Federação Portuguesa de Futebol!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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