Ontem assisti com pena, através da transmissão televisiva, à eliminação do Benfica da Liga dos Campeões, por um Chelsea que nem sombra é da fabulosa equipa que José Mourinho construiu e com que conquistou os adeptos londrinos e o mundo do futebol em geral.
A equipa inglesa cumpriu os mínimos, sem alegria, sem coerência e equilíbrio nas movimentações e que revelou uma faceta perdulária a que Drogba e seus companheiros nunca nos habituaram.
Da equipa portuguesa direi que revelou durante todo o jogo que o seu treinador apenas se deslocou a Londres para cumprir calendário, incapaz de deixar de pensar no confronto da próxima 2ª feira. Até as substituições de Cardozo, Gaitan e Bruno César, provaram que Jorge Jesus tinha a cabeça repleta de Sporting e vazia de "Champions". Foi uma pena !...
Mas em tempos de crise, um dos dois habituais orgãos planfletários das virtudes do clube da Luz, veio chamar à equipa que ontem foi tão tristemente eliminada, de "enorme Benfica", quais vendedores de "banha de cobra" que inundam as feiras da nossa terra, com o ensurdecedor ruído histriónico de apelo à compra do produto. O outro orgão de título vermelho, refere que a equipa "caiu de pé"! Pudera, é sempre assim que os jogadores do Benfica terminam os jogos, a menos que Jorge Jesus, em correria desenfreada pela linha lateral, fora da área técnica, lhes mande "atirarem-se para o chão". Tivesse Nelson Oliveira endossado a bola a um Djaló isolado, em vez de optar pelo remate tresloucado que se perdeu e o Benfica passaria para a frente e aí... ai deles que não se atirassem para o chão. Aí, não teriam caído de pé, mas voado para o céu cinzento de Londres.
Temo que as crónicas que hoje surgiram escarrapachadas nesses dois orgãos, já estivessem escritas antes do jogo começar, ou então os seus autores não viram o jogo que eu tive a oportunidade de ver. Porque eu não vi nenhum Benfica enorme. Se o tivesse visto, teria tido a felicidade de ver o pior Chelsea de que me lembro, ultrapassado na eliminatória. A meia-final com o Barcelona há-de confirmá-lo.
Em jeito de remate, direi que alguém terá despejado sobre Jorge Jesus, à chegada a Lisboa, um balde de água gelada. Li a notícia aqui e acho que o homem - Jorge Jesus - não mereceria um tal "folar" pascal, loguinho depois de ser "enorme" e ter "caído de pé" !...
Leoninamente,
Até à próxima
P.S. - Saudações leoninas para a nossa gente em Kharkiv e boa sorte!...
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