João Paulo e Dário !...
E tem nome o sentimento que me anima, como leão, a trazê-los agora para aqui:
Solidariedade !...
Como têm nome também, o desespero, as lágrimas, os gestos e as palavras de Diego Ángel Capel Trinidad, que disse aos jornais ainda ontem no estádio:
Fui dar a t-shirt a um homem cujo filho tem diabetes e que já ma tinha pedido há algum tempo. No momento da entrega, alguns adeptos empurraram-se e dois rapazes caíram no fosso. Fui ter com eles assim que vi que não se mexiam. Foi um susto, para mim e para todos.
In Record on-line 07-11-2011
Hoje Capel, acompanhado do administrador da SAD "leonina" Luís Duque, apanhou o adepto antes de este ser transferido para o Hospital Amadora-Sintra, onde será operado a um braço, afirmou também:
Falei com ele, estava acompanhado pela mãe e namorada, e dei-lhe o ânimo possível, desejando-lhe uma rápida recuperação. Também foi uma noite difícil para mim depois de tudo o que aconteceu. É uma coisa extra futebol e o mais importante é a saúde das pessoas.In Expresso on-line 07-11-2011
E o nome que envolve um homem desta nobreza e extrordinária condição humana, só pode ser:
Grandeza !...
Mas - a vida está repleta de adversativas!... -, mesmo ao nosso lado, correm rios de indignidades e iniquidades. Alan, afirmou no final do jogo de ontem em Braga, algo medonho e inimaginável, que o seu companheiro Jamal confirmou depois:
Javi Garcia chamou-me preto de m... com a mão à frente, por não ter coragem, e ao Djamal também. Mas tenho que relembrar que o capitão do Benfica é negro e 70% dos adeptos também".
In Record on-line 07-11-2011
E o nome que envolve e define uma ignomínia desta natureza e arrasta para a sargeta da condição humana quem a pronunciou, só pode ser:
Baixeza !...
Alguém disse, que quanto mais conhecia os homens, mais gostava dos animais... Creio que estaria errado e os homens não serão todos iguais. Há homens muito pequeninos, quase ou mesmo anões. E há homens cuja dimensão nos faz acreditar que o mundo é fantástico e maravilhoso!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Álamo,
ResponderEliminarA queda no fosso acabou por não ser tão traumática quando à partida parecia ser, apesar de toda a angústia gerada nas bancadas e no relvado, provavelmente graças à tarja a que eles se agarraram para evitar males (bem) maiores.
Esse episódio acaba por ser mais um exemplo de como temos conseguido, como instituição, evitar os fossos para onde as arbitragens, os novos entrusamentos por criar, as lesões e mais lesões, e as más calendarizações de encontros nos têm tentando empurrar.
Temos conseguido transformar as fraquezas em forças, e com muita abnegação e entrega temos conseguido resolver as coisas a nosso favor, apesar do ocasional e simultaneamente metafórico e muito real braço partido.
João Paulo e Dário acabam por, inconscientemente, representar o ciclo virtuoso que o Sporting tem conseguido criar com muito esforço, dedicação e devoção. Assim possam continuar!
SL
Caro Reflexivo,
ResponderEliminarTodos sabemos que há mais vida para além de um jogo de futebol, ou de futsal, ou de um frustrado salto em comprimento e uma má partida numa corrida de 100 metros...
Mas a grandeza que nos une em torno do Sporting, está na capacidade que em cada dia evidenciamos de olhar muito para além do nosso umbigo...
Somos assim, somos diferentes, mas isso jamais nos retirará de continuar em busca da vitória...
SL
Caro Álamo,
ResponderEliminarSem dúvida, o papel mais importante do desporto não é separar-nos da vida real; é fazer parte dela, enriquecendo-a dando-lhe outras cores, outras alegrias; mais objectivos e pontes a cruzar. E essa é a maior grandeza na qual o Sporting de facto se devia centrar estrategicamente: no sportinguismo como desportivismo real, literalmente.
Daí ter ignorado a segunda parte do seu artigo: esse tipo de polémicas, de acusações e contra-acusações, só servem para afastar o desporto do seu propósito desportivo (passando a redundância).
O desporto em geral e o futebol em particular, ou as entidades responsáveis por eles, deveriam ter suficiente perspectiva e visão para se demarcarem destes fogos-de-artifício, para os castigarem severamente.
O problema é que as ditas entidades de interesse público não estão interessadas no dito, apenas nas suas dinâmicas internas de poder e interesses instalados.
Caro Reflexivo,
ResponderEliminarCom as entidades públicas que temos e, particularmente, com a justiça que temos, D. Quixote era um aprendiz ao nosso lado!...
Contudo, se não continuassemos a inventar os nossos moinhos, o que nos restaria?!...
Por mim, hei-de investir até morrer, de lança em punho, contra o que me fizer triste...
É a minha luta, chamem-me o que quizerem!...
SL
Mais um artigo que nos leva a pensar. Subscrevo na sua integra.
ResponderEliminarParabéns.
PC