segunda-feira, 7 de novembro de 2011

É obra, não acham ?!...

Cheguei agora  a casa, vindo de Alvalade, com um misto de alegria e de preocupação. Alegria, pela vitória do Sporting, naturalmente, e por ter conhecido quatro mâos cheias de leões e leoas, com quem almocei, lanchei e conversei horas intensas de um convívio leonino mais do que agradável. Gente importante - para mim !... - que sem me conhecer de lado nenhum, me abriu os braços e me tratou como um deles. O Sporting é diferente e os seus adeptos, da mais fina água.
Depois foi o jogo, mais um record de assistência em Alvalade e uma vitória, sofrida é certo, mas que não deixa de ser saborosa. Entre os comentários que ouvi na rádio, no caminho de regresso, e uma vista de olhos que dei pela blogosfera sportinguista quando cheguei, retirei a ideia generalizada de uma exibição pior que o resultado. Não afino por esse diapasão. Na primeira meia hora gostei do Sporting e isso permitiu-me avaliar a reacção da equipa à derrota com o Vaslui. Era importante uma boa reacção e ela aconteceu. Depois, foi a ratice de Cajuda a trabalhar e a dizer aos seus jogadores que ao fim de uma hora de jogo era hora de atacar, contando com a falta de pernas dos jogadores leoninos, 72 horas depois do jogo na Roménia e com os percalços conhecidos.
Compreendo essa falta de pernas que se veio a verificar, compreendo a infantilidade de Ilori, aplaudo a espectacular reacção das bancadas ao erro do menino, que o puxou para cima e lhe permitiu ao longo do tempo acertar cada vez mais até terminar num plano bastante aceitável. Gostei muito da forma competente como Domingos Paciência coseu a manta de retalhos que se viu obrigado a colocar em jogo, da forma eficaz como Matias foi alterando o marcador, da abnegação tremenda de Elias e Schaars, quando as forças faltaram aos seus companheiros, de uma abordagem nova ao jogo por parte de André Santos - imagino os frascos de shampoo que Domingos gastou para lavar aquela cabeça! - e daquilo que vi Árias fazer no tempo que jogou. João Pereira que se cuide, porque se não tem juízo com as atitudes anti-desportivas que persiste em usar e abusar, um dia destes senta-se no banco. Ainda bem que o árbitro não viu e o árbitro auxiliar não teve coragem para levar com 34.000 assobios em cima. Afinal Alvalade sempre infunde respeito, ou melhor dito, está a começar a infundir.
A preocupação de que falei no início, deve-se aos dois adeptos que cairam no fosso. Maldito fosso que nunca mais é tapado.  Já soube que estão livres de perigo e embora preocupado, desejo a sua rápida recuperação, por eles próprios e pelo pobre do Capel que ficou destroçado, nas palavras de Domingos.
Para rematar direi que a tal falta de pernas, também passou por Olhão e Braga, apesar daquela gente ter um dia a mais de descanso. Portanto, dizer que o Sporting rubricou uma má exibição é esquecer os condicionalismos com que o Sporting teve de defrontar a União de Leiria. E mesmo assim deu para ganhar hoje, a nada mais nada menos do que 4 adversários e estar apenas a 1 ponto dos dois que estão no topo. É obra, não acham ?!...
Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Amigo Álamo,

    Boa e justa crónica. Até a advertência ao João Pereira que só não nos estragou a vida ontem pela "cegueira" da equipa arbitral. Poderíamos dizer que é a lei das compensações mas eu preferia que elas não existissem.

    O resto... virá depois.

    Abraços festivos mas contidos

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  2. Querida Tite,
    Gostei da "lei das compensações"!... Lembro-me de um célebre jogo contra os benfas, em que com meia dúzia de minutos de jogo, um incompetente qualquer com um apito na boca, expulsou o rapaz sem justificação nenhuma. Agora estão as contas saldadas, mas que o João devia ir tomar banho mais cedo... Nem com a braçadeira que o Domingos lhe tem colocado no braço de vez em quando, ele aprende... Será que é burro?!...
    Quanto ao resto amiga, só te digo que ando cheio de fé...
    Um beijinho para ti

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