Muito poucas boas recordações terá deixado nos adeptos leoninos, o jogo que o Sporting disputou na 5ª feira passada em Luanda. Ter-se-à salvo o objectivo mais importante da deslocação da comitiva sportinguista a terras de África: a presença e a mensagem de fraternidade que o Sporting levou aos sportinguistas em particular e a todo o povo angolano em geral. Desportivamente, ainda que consideradas todas as inúmeras atenuantes, a prestação dos atletas leoninos que estiveram presentes no estádio 11 de Novembro, foi um rotundo fracasso, a pedir urgente regresso e o ressarcimento compaginável com a grandeza do Sporting Clube de Portugal.
Mas no meio da pobreza da exibição protagonizada pelos jogadores sportinguistas, houve pormenores interessantes e, entre estes, o trabalho realizado por um rapazinho de 17 anos, que nos terá obrigado a todos, a fixar o seu nome: Chaby.
No rescaldo desse mesmo jogo, de Rafael Toucedo, jornalista de "O Jogo", surge hoje publicada na edição on-line, a única a que tive oportunidade de aceder e que pode ser aqui apreciada, uma análise sobre a ascendência, primeiros passos, gostos, opções e sonhos de Carlos Filipe Chaby.
Negociado com o clube de Benfica, por um pouco ortodoxo presidente setubalense, como se de um mero objecto ou coisa se tratasse, Chaby e o seu pai, recusaram ser assim tratados e abortaram a negociata. Valores bastante mais elevados habitavam o espírito de ambos que, pouco tempo depois, viriam a materializar-se com a aceitação de um convite para representar o Sporting. Corria o ano de 2006 e o jovem Chaby afirma hoje orgulhosamente que, indiferente a outros cantos de sereia, preferiu a melhor escolha que poderia ter feito: Sporting Clube de Portugal.
Pelo que todos tivemos oportunidade de ver no jogo de Luanda, pelas convicções e certezas que revela, Chaby poderá muito bem estar a caminho de cumprir um sonho. Que assim seja e que a par desse cumprimento, ele possa sempre orgulhar o avô e particularmente o pai, que lhe inculcaram a ética, os valores e os princípios de um verdadeiro leão.
Quando assistimos a exemplos degradantes de jovens que, frequentando a nossa Academia, afirmam sem pudor ou vergonha nas redes sociais que o Sporting, como o melhor clube formador português, será apenas e tão só, um mero trampolim para outros clubes, é reconfortante saber a história deste menino, que honra a nobreza e as passadas dos seus antecessores e o clube do seu coração.
Que Carlos Filipe Chaby, continue feliz no caminho que escolheu. Que nunca descure outras vertentes da sua formação. Que interiorize sempre que a educação e a cultura, ao invés de prejudicarem, só podem melhorar os fantásticos atributos desportivos que o berço lhe deu. Que saiba esperar o tempo certo, sem pressas nem ganâncias desmesuradas, sem atropelar valores e príncípios que a sorte de usar um nome honrado e sportinguista, lhe ofereceu de mão beijada.
Nós, sportinguistas reconhecidos, guardaremos aplausos, para ele. E para todos os que, como ele, souberem honrar e dignificar o glorioso Sporting Clube de Portugal !!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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