segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Queremos ter a bola, dominar, marcar! Pois! Mas com quem?!...

Queremos ter a bola, dominar, marcar! Pois!!!...

Ninguém lamentará mais do que eu, a eventual eliminação de Portugal da fase final do mundial do próximo ano, a disputar no Brasil. Mas se ela vier amanhã a acontecer em Estocolmo, já por aqui deixei bem expresso, que atribuirei a uma só pessoa essa responsabilidade: Paulo Bento!

O seleccionador nacional terá conseguido a façanha inimaginável antes do início da fase de apuramento. Enleado na sua persistente e teimosa casmurrice e ultimamente amarrado a insondáveis compromissos com a agenciação de jogadores - à mulher de César não lhe basta ser séria -, Paulo Bento foi destruindo a imagem de seriedade e respeito. que havia granjeado como treinador do Sporting Clube de Portugal. Continuou teimoso, casmurro e coleccionador de ódios de estimação, como em Alvalade, mas a sua coluna vertebral, talvez também devido á idade, foi dando mostras de cada vez estar menos direita.

Por isso, foi quase sem surpresa que hoje fui apanhado pelas suas palavras, eivadas da razoabilidade e da verticalidade que já julgava estarem ausentes do seu carácter, mas ao mesmo tempo um exercício premonitório do desenlace que já admite e que melhor seria se tivesse devidamente acautelado nos momentos em que desbaratou estúpida e completamente as nossas, como as suas próprias possibilidades:

"Os portugueses já sofrem tanto com o desemprego que, se correr mal este segundo jogo com a Suécia, poderei ser mais um nessa situação. Mas, posso garantir que não será preciso colocar o lugar à disposição. A Federação tem uma cláusula, desde que assumi o cargo, que pode accionar quando os objectivos delineados não são alcançados. Vou dormir tranquilo, porque isso não me preocupa. Orgulho-me muito de desempenhar este cargo, mas não perco tempo a pensar se e quando vou sair. Espero que a minha saída não seja o desejo de ninguém, mas pode acontecer".

"Os jogos não são tragédias. São importantes, mas não há aqui dramas. Estão em discussão duas boas equipas, mas todos sabemos que só uma irá marcar presença no Mundial do Brasil. O futebol, para mim, é um divertimento. Quero sempre ganhar, mas só entendo o jogo como uma festa. Não sinto jogo nenhum como tragédia ou drama, independentemente do que está em causa ou dos resultados".

Ninguém mais do que eu lamentará que o acento premonitório das palavras de Paulo Bento se concretize. Jamais lhe desejaria tal fim, pela simples e única razão de que sendo minha profunda convicção de que em Portugal existirão figuras do futebol muito mais preparadas em todas as vertentes para o desempenho de tal função, desejaria muito ver a nossa selecção no Brasil.

Mas, mesmo significando o nosso apuramento, a extensão do vínculo federativo com Paulo Bento, não hesitaria em a ele fechar os olhos, em troca da presença da selecção de todos nós em terras de Santa Cruz. Porque acredito que todo o homem está sempre a tempo de mudar. Até Paulo Bento!...

Leoninamente,
Até à próxima

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