«O Sporting venceu frente a um excelente Portimonense. Paulinho encontrou os terrenos da sorte e Amorim pode aguardar tranquilamente o que vai ditar o FC Porto-Benfica.
Face ao clássico pré-Natal, o de hoje promete ser mais equilibrado. Luis Díaz está de fora (a maioria das pessoas com Covid já nem constipadas ficam…) e, no Benfica, os jogadores estão livres do jugo opressor de Jesus, dois factores para o tal equilíbrio.
Na Luz, a corda partiu pelo lado do treinador. Sempre mau sinal, embora fosse nítida a tristeza pantanosa do futebol encarnado. Jesus fez a cama onde o conflito com Pizzi o deitou. Aqui se escreveu que o treinador tinha de castigar Lucas Veríssimo, depois de um jogo da Liga dos Campeões em que o central exigiu ostensivamente calma ao seu técnico. Nada sucedeu. As escolhas de titulares e de primeiros substitutos mostraram, nos últimos tempos, um Jesus sem instinto matador: Taarabt e Everton, um por ser caótico e não acertar na baliza, o outro por ser um valium nas tentativas de surpreender o adversário, não mereceram nem metade dos minutos jogados. Já Pizzi foi relegado para entradas perto dos finais dos jogos.
Também aqui se escreveu, desde tempos anteriores a Jesus, que o peso de Pizzi no futebol do Benfica era excessivo (nem Messi recebia tantos passes quantos o benfiquista) e não permitia o crescimento de jogadores como Rafa. Não está em causa a qualidade futebolística de Pizzi, que é elevada, mas o veterano transportava para a relva o peso que ganhou no balneário. Não havia jogada que não passasse por ele. Essa dependência torna o ataque mais previsível e anulável. Por outro lado, Pizzi nunca defendeu bem. Foge das bolas divididas e do pressing alto.
Jesus arredou Pizzi da equipa, não do balneário. A serpente foi crescendo, alimentada pelo fel da injustiça. Cedo ou tarde, Jesus iria pagar caro essa paragem a meio da ponte.
A oposição entre um ex-comentador televisivo (entrado no Benfica pela mão de Vieira, para manter sob controlo os segredos do balneário) e Luisão é tão ridícula que mancha a liderança de Rui Costa. Luisão deveria estar hierarquicamente acima de uma figura menor, que nada entende dos códigos de honra de uma equipa. Caso entendesse, não desautorizaria Luisão à frente dos jogadores e longe de Jesus.
Se Rui Costa mantiver o equívoco de uma lagartixa mandar num crocodilo, mostrará não ter perfil de liderança.
Hoje, ao lado do Benfica, será interessante verificar que papel estará destinado a Pizzi. Já no banco, será Rui Pedro Braz e mais dez.»
É disto que o meu povo gosta: com muita, muita, mesmo bastante pimenta branca!...
Faz mal, mas sabe muito bem!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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