O negócio possível
«É opinião geral de que o Sporting não pode fazer mais nada do que vender Bruno Fernandes. Uma corrente de pensamento mais do que legítima e a mais usual no futebol de hoje, onde rapidamente nos rendemos às verdades do dinheiro, pois é ele afinal que faz o Mundo andar à roda. Mas será, de facto, essa a melhor opção para um clube na encruzilhada a que os leões chegaram? Isso é, pelo menos, discutível.
Que o dinheiro de Bruno Fernandes faz falta ao clube é evidente. Como a todos os emblemas portugueses, mesmo aqueles que dão entrevistas a jurar o contrário. Mas se o Sporting não está obrigado a vender, se não tiver a corda na garganta, o que seria melhor? Fazer acertos com o dinheiro da transferência ou manter aquele que é o seu melhor jogador de há alguns anos para cá?
Porque também é assim que se mede a ambição dos clubes. Vieira vendeu Félix e com isso segurou os outros, tentando oferecer a Lage uma equipa que o coloca na ‘pole position’ na candidatura ao título. Ao perder Bruno, o Sporting pode acertar num Robertone qualquer, mas que o risco é muito maior...
Num mundo ideal, Varandas sentar-se-ia com Bruno e oferecer-lhe-ia um plano de carreira. Mas isso já não satisfaz um jogador português. É o Mundo em que vivemos.»
(Bernardo Ribeiro, Saída de Campo, in Record)
Pois se no recato dos gabinetes da Academia, o único lugar do mundo onde, na ausência de holofotes e especulações de toda a ordem e perante os responsáveis do Clube, "Bruno pediu a Varandas para sair" o que poderá o Sporting fazer para além vender?! Nada, obviamente! Seria um acto de loucura e bem pior a emenda que o soneto, manter um jogador contrariado!...
Se quer ir embora que vá! Mas terá, obviamente, de reconhecer ao Sporting toda a legitimidade para escolher a melhor contrapartida e, pelo andar da carrugem...
O leilão ainda agora começou!...
Leoninamente,
Até à próxima
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