quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Gatuno, ladrão e vigarista não rimam!...


Empresários e mercenários

«Há no futebol português, como em todos os outros, agentes de jogadores que são uma espécie de parceiros dos clubes nas negociações, mesmo que defendendo sempre a posição do futebolista, e outros que estão dispostos a tudo por um prato de lentilhas. É verdade que Bas Dost era um dos jogadores a quem o processo de rescisão melhor assentava após Alcochete. Ser o melhor goleador da equipa com números impressionantes e acabar agredido no local de trabalho por um grupo de energúmenos que diz defender a mesma equipa é um case-study onde se aceita a deserção. É por isso uma pena que tenha escolhido para representá-lo um agente que aproveitou a ocasião para esmifrar um Sousa Cintra entregue aos bichos e que lhe deu mundos e fundos que agora não há quem possa pagar. Se o agente fosse competente, Bas jogaria já noutras paragens e este sarilho não teria acontecido. Provavelmente até poderia ter evitado o ocaso do holandês. Mas não. O facto de ganhar mais por época do que o actual ponta-de-lança titular do Sporting faz do empresário de Dost parte mais do que interessada no processo. Com tudo isto, o avançado deixou de ter condições para jogar em Alvalade. Até porque se percebeu que dificilmente encaixa. E com um empresário tão fraco, ficamos sem saber se é só inabilidade do agente ou se o jogador não tem feito tudo para render mais. Uma pena. Merecia melhor sorte. Ele e o Sporting.»
(Bernardo Ribeiro, Saída de Campo, in Record)


Com o devido respeito pela tentativa de Bernardo Ribeiro de definir de forma tão polida e condescendente, embora implícita, um empresário que classifica de fraco e incompetente, como "mercenário", lamento mas e, já agora, para respeitar a rima, eu preferiria chamar-lhe salafrário ou mesmo corsário, já que...

Gatuno, ladrão e vigarista não rimam!...

Leoninamente,
Até à próxima

PS: Vermelhuscos, viúvas e orfãos escusam de se dar a tanto e insano trabalho, porque o destino dos vossos comentários será, óbvia e invariavelmente, o caixote do lixo.

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