quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Bem vindo Adrien e que a sorte te proteja!...


A DIFERENÇA ESTÁ EM ADRIEN

«No futebol, por muitas voltas que se dê, o problema e a solução encontra-se sempre nos golos. Nos que se marcam ou não, nos que se sofrem ou não. Diz-se que o Sporting atravessa um momento de crise porque ganhou apenas um dos cinco jogos de outubro (Famalicão, na Taça de Portugal) e por força dos dois zeros desta semana atribuem-se responsabilidades maiores ao setor ofensivo. Desde logo, se um ‘grande’ ganha apenas um em cinco jogos é claro que pode falar-se em crise. Mas discordo que a ‘culpa’ seja do ataque.

Se colocarmos os números em perspectiva concluímos que estamos a ver mal a questão. Deixemos de lado aquilo que não se pode comparar (Liga dos Campeões com Liga Europa) e centremos atenções nos jogos da Liga, os primeiros nove de há um ano com aqueles que já se realizaram esta época. Em 2015/16, a equipa de Jesus marcou 18 golos (Slimani, 6; Teo, 3), este ano fez 17 (Bas Dost, 4; Slimani, 1; André, 1; Markovic, 1). A diferença justifica os cinco pontos a menos que os leões somam? Claro que não, até porque num e noutro campeonato, a equipa teve um 0-0 em cada (Boavista, 15/16; Nacional, 16/17). Vejamos agora o número de golos sofridos: cinco há um ano, 10 na atual temporada! Sim, é aqui que reside a explicação. Porque em 15/16 apenas um golo contra custou pontos (empate com o Paços de Ferreira), enquanto na presente edição da Liga os golos encaixados originaram uma derrota (1-3 em Vila do Conde) e dois empates (3-3 em Guimarães; 1-1 com o Tondela).

Nenhum jogador faz uma equipa. Mas há alguns que fazem demasiada diferença. A primeira ideia é de Adrien e expressou-a em Dortmund. A segunda é minha. O capitão saiu lesionado do relvado de Guimarães ainda na primeira parte, com os leões a ganhar 1-0. Na segunda, a partir do banco, viu os vimaranenses marcarem três golos. O Sporting perdeu seis pontos enquanto não teve Adrien, precisamente nos últimos três desafios. Querem uma conclusão simples? É esta: nos 539 minutos em que teve Adrien, Jesus viu a equipa marcar 13 golos e sofrer quatro: nos 271 de ausência do capitão, marcou quatro e sofreu seis. Com Adrien, o Sporting marca a cada 41 minutos e sofre a cada 135; sem ele, faz golo a cada 67 minutos e sofre... a cada 45!»


Contra factos... e números, não há argumentos! Os factos e números da "crise do Sporting e de JJ" surgem irrefutáveis e incontornáveis nesta simples mas elucidativa crónica de José Ribeiro.

Bem vindo Adrien e que a sorte te proteja!...

Leoninamente,
Até sempre, Sporting Sempre!...

4 comentários:

  1. Não é isso que o mestre fez constar- a diferença está no treinador Jorge Jesus, não está no plantel, nem nos seus jogadores.

    Acho muito perigoso que uma equipa dependa de um jogador, nem que se chame Messi.

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  2. Adrien não é só o fiel da balança defensiva; é, também, uma voz de comando e a "voz" do treinador...
    Notou-se em Dortmund: a equipa, que até nem vinha jogando nada mal, melhorou.

    ...mas há quem diga que não acerta um passe, que não sabe rematar, que comete muitas faltas, que etc, etc, etc, e por aí adiante- "deixá-los falá-los", que os números não mentem.
    Boa sorte, capitão, que possas cumprir cada minuto de cada jogo nos próximos sete anos. De Rampante ao peito!

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