Mundo ao contrário no Benfica
«O nome de um dos maiores sucessos dos Xutos e Pontapés ilustra o que foi o Benfica das últimas três épocas. Desde 2017/18, quase tudo foi feito ao contrário na Luz. Depois de anos de crescente investimento, na primeira passagem de Jorge Jesus – quando a SAD não tinha o conforto financeiro atual e a conjuntura não aconselhava a grandes aventuras num país sob o jugo da troika -, as águias fecharam a torneira na pior altura.
Com o penta à vista e a hipótese de dar, quiçá, a machadada final na liderança de Pinto da Costa, o ataque ao mercado redundou nuns ‘irrisórios’ 11 milhões de euros. E com os cofres melhores em relação ao princípio da década. O resultado da opção é conhecido. O FC Porto, guiado por um enorme Sérgio Conceição, reergueu-se e conquistou com todo o mérito duas das últimas três ligas. Agora, encostado à parede pelos dragões e pelos seus adeptos, Luís Filipe Vieira prepara-se para abrir os cordões à bolsa como nunca. E fá-lo-á em contraciclo com uma economia numa quebra sem igual na história moderna de Portugal. É verdade que já tinha apostado forte na época que agora terminou mas para tal muito contribuiu o encaixe por João Félix.
Todas estas incongruências deixaram os sócios a questionarem-se: porquê só agora e não em 2017? Mas talvez a pergunta mais pertinente seja outra. Teria Vieira investido tão pouco nesse ano se tivesse eleições no horizonte, como agora? Muito provavelmente… não. Se assim for, comprova-se a maior crítica que é feita ao líder do Benfica: a da falta de estratégia desde que Jesus saiu.»
Um desafio interessante para os estudiosos dos fenómenos sociológicos - de diferente cariz mas sempre eivados de marca incomum! -, que Jorge Jesus eventualmente poderá ter vindo a despoletar em quase todos os clubes por onde passou ao longo da sua já extensa, atribulada mas titulada carreira, este curioso texto de João Socorro Viegas!...
Aplicando tão sugestiva e interessante tese ao caso particular do Sporting - único que obviamente interessará aos sportinguistas -, estaremos nós a assistir em Alvalade, desde a saída de Jorge Jesus, a uma semelhante...
Falta de estratégia?!...
Leoninamente,
Até à próxima
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