Quinas, a falta que nos fazes
«Foi um dos heróis de uma infância passada a ver todos os jogos do Belenenses no Restelo, como estrela de uma linha média (Quinito, Quaresma e Godinho), entre 1972 e 1974, e um trio de avançados (Quinito, Luís Carlos e Gonzalez), em 1974/75. Cruzámo-nos pela primeira vez em 1982, eu na pele de jovem jornalista a dar os primeiros passos, ele como treinador de sucesso, irreverente, bem-disposto, desassombrado, de bem com a vida, em vésperas da final da Taça de Portugal em que apareceu de smoking para abrilhantar o momento solene.
Atrevo-me a dizer, sem confirmação científica, mas com uma convicção inabalável, que Quinito é referência para uma geração de jornalistas que ele tornou melhor, mais íntegra, com mais conteúdo e desejo de aprender. Sinto-me privilegiado por termos privado momentos inesquecíveis. A chegada ao FC Porto, em 1988, foi um deles. Vi-lhe nos olhos o brilho de quem cumpria o sonho de chegar ao topo, repartimos a mágoa da incompreensão, do insucesso e da saída prematura. Do rol de recriminações absolveu sempre os jogadores, Álvaro Braga Júnior, o enorme Luís César e o genial Jorge Nuno Pinto da Costa. Quinas, nem sonhas a falta que fazes neste mundo cinzento e sem esperança do qual te afastaste!»
Felizmente, por vezes, ainda vamos tendo luar!...
Leoninamente,
Até à próxima
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