quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Uma cambada de parvos!...


Conflitos por "peanuts"

«Não vale a pena andarmos com paninhos quentes. Jorge Jesus trabalhou para o Sporting em junho e foram produzidas demasiadas provas testemunhais desse facto. Qualquer observador medianamente atento sabe do que estamos a falar, até porque os jornais fizeram eco de diversos episódios. A questão aqui é diferente: faz sentido este conflito aberto pelo Benfica em relação ao seu ex-treinador, recusando-se a pagar o último mês de salário? Obviamente que não. Se Jesus estava em férias, e já não ia continuar, o que diz a lei não escrita do futebol é que se deve cortar as amarras rapidamente, abrindo um novo ciclo e retirando escolhos do caminho do sucessor. Depois de o "spin" encarnado ter focado o facto de JJ não conseguir deixar de falar do seu anterior clube, a estratégia da Luz tropeçou na mesma pedra.

Abrir um conflito jurídico com Jesus, discutindo os "peanuts" de um mês de salário - em proporção, claro -, leva a que seja o próprio Benfica a manter o fantasma a pairar sobre um futuro que confia ser radioso depois da goleada ao Estoril. Vieira e Jesus falaram no casamento de Mendes, mas o divórcio tornou-se litigioso. Como todos pecaram, a saída mais airosa passaria por repartir os quase 400 mil euros em causa por instituições de caridade, evitando mais cenas tristes...»
(Vitor Pinto, Banho Táctico, in Record)

Quando a manta da isenção é curta - nada de confusões com manto -, o jornalista, por mais que se desunhe em provar o contrário, para tapar a cabeça, acaba sempre por destapar os pés, ou vice-versa!...

Não sei se Vitor Pinto destapou os pés, ou o vice-versa, porque o que lhe vai na cabeça, deixou ele à mostra, com inequívoca clareza. Mas está no seu legítimo direito: cada um mostra a cabeça que tem, ou os pés, sem necessidade de dar explicações a ninguém. Mas deveria ter em atenção, no mínimo, aquilo que se exige à mulher de César...

Vitor Pinto, por debaixo da manta curta com que se cobre - aqui já poderíamos usar o manto! - e do alto da sua presumida cátedra, terá concluido aquilo que a proeminentes juristas como Rogério Paulo Castanho Alves e José Eugénio Dias Ferreira apenas terá provocado um sorriso de comiseração: "... Jorge Jesus trabalhou para o Sporting em Junho...". Com esta o jornalista, tapou a cabeça e descobriu os pés, ou em linguagem ainda mais corriqueira, "deu uma no cravo"!...

Mas logo a seguir, destapa a cabeça, cobre os pés e "dá outra na ferradura": "...faz sentido este conflito aberto pelo Benfica em relação ao seu ex-treinador, recusando-se a pagar o último mês de salário? Obviamente que não...".

À terceira "martelada", o jornalista dá cabo do casco do animal: nem acerta no cravo, nem na ferradura, que o mesmo será dizer, deixou a descoberto os pés, a cabeça, quiçá terá atirado com a manta, o manto e até ele terá aterrado no chão! Porque considerar que:

1 - Quase meio milhão de euros serão... "peanuts" e,

2 - "Já que todos pecaram, a saída mais airosa passaria por repartir os 400 mil euros em causa por instituições de caridade, evitando cenas mais tristes,

apenas lembraria a quem, face à mais do que provável derrota de todas as teses escondidas sob tão glorificado manto, qual Colombo, tivesse descoberto uma nova forma de colocar o ovo de pé!...

Vitor Pinto deverá por certo pensar que Jorge Jesus, os seus advogados e todos os sportinguistas que ainda vão comprando o jornal que lhe dá o sustento, serão uma cambada de parvos!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Excelente Post. Ele bem tenta dar umas voltas, dar uma no cravo e outra na ferradura, mas para alguém minimamente inteligente, percebe que está tudo "dito" nas 3 primeiras linhas de texto. E transmite uma posição defendida por uma das partes em contenda. É curioso. É caso para dizer: o Vítor Pinto levou um Banho Táctico". SL

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    1. Obrigado! O objectivo apenas foi desmontar o tipo de jornalismo usado por VP...

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