sábado, 15 de agosto de 2015

Arriscam-se a que o corrimão se transforme num terrível e afiado gume de navalha!...


Estive no Municipal Mário Duarte e não vi o "super Sporting" que contava ver! Claro que a equipa leonina jogou incomparavelmente mais que o Tondela, mereceu inteiramente os três pontos, mas teve que sofrer e fazer sofrer um estádio quase cheio pintado com as suas cores, até ao lavar dos cestos. E a meu ver, não havia necessidade.

Cair na famigerada armadilha do controlo, sem forçar o andamento em busca da dilatação do resultado, acaba quase sempre por dar mau resultado: dizem os brasileiros que "quem não marca apanha"! E o Sporting, depois de sofrer o empate sem saber ler nem escrever, viu-se na necessidade de correr atrás do prejuízo, revisitando um plano mais agressivo, mas já com dois adversários de peso: um adversário moralizado e em permanente anti-jogo e o relógio.

A imagem de Rui Patrício, quase junto à linha do meio campo, de ombros descaídos e rosto hermético, enquanto os companheiros afrontavam o autocarro, trouxe-me à memória os estúpidos empates da época passada e fizeram-me admitir o pior. Apenas porque faltou ao Sporting o "killer instinct" para depois do primeiro golo rasgar em pedaços todas as veleidades do adversário.

Hoje terá sido a estrelinha da sorte a salvar o Sporting. Mas uma equipa que pensa na candidatura ao título, não pode cair na esparrela de julgar que tem o jogo controlado com o resultyado em 1-0. Nenhuma diferença mínima alguma vez será garantia de controlo do jogo. Nada está controlado nessa condição!...

Nunca julguei Carlos Xistra capaz de assinalar uma grande penalidade a favor do Sporting, mesmo que justa, nos últimos segundos do encontro. O homem até não terá feito um trabalho que mereça nota negativa, bem pelo contrário. Mas que vão cair-lhe o Carmo e Trindade em cima, não tenho dúvidas.

Sei que por muito que JJ possa proclamar o contrário, com quase uma hora de jogo e o resultado em 1-0, foi flagrante e notório que os leões mudaram o chip para terça-feira. O grande erro foi a ausência do "killer instinct" na derradeira meia hora da primeira parte.

Será bom que os leões não voltem a conceder a si próprios o risco de deslizar o rabo por um corrimão polido...

Arriscam-se a que o corrimão se transforme num terrível e afiado gume de navalha!...

Leoninamente,
Até à próxima

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