Não basta estalar os dedos
«Os sinais de crescimento que o Sporting tinha mostrado nos primeiros jogos da temporada desvaneceram-se ontem, com o empate caseiro diante do Paços de Ferreira, um dos 'piores' clientes de Alvalade nos últimos anos. Jorge Jesus tem algumas razões para se queixar da arbitragem, mas o que ficou ontem bem claro foi que a equipa que pretende a montar ainda está longe das necessidades de um Sporting que só olha para o primeiro lugar final da Liga e para uma boa figura na Liga dos Campeões.
'Entalado' entre os jogos com o CSKA Moscovo, Jesus fez duas alterações àquele que tinha sido o seu onze até ontem: Aquilani e Montero substituiram Adrien e Téo Gutiérrez. Não se pode dizer que tenha sido por aí que as coisas se complicaram, mas a verdade é que se viu um Sporting preso de movimentos e com poucas ideias, um problema natural para uma equipa cujas pernas ainda pesam pelo desgaste de terça-feira e cuja cabeça já está focada na segunda mão, a disputar na quarta-feira, em Moscovo. A entrada na fase de grupos representa muitos milhões para o clube e, ainda mais importante, glória para quem está dentro de campo. A Champions é o pedestal do futebol moderno, onde todos os jogadores, treinadores e até adeptos querem estar, e é natural que, depois de chegar à vantagem num jogo em casa diante de uma formação bastante inferior, aquele hino já ecoasse na cabeça de muitos.
Estes dois pontos perdidos em casa, apesar não serem dramáticos, devem fazer com que todos mantenham os pés no chão em Alvalade. O Sporting, um clube que nos últimos anos não teve condições (financeiras e, por consequência, desportivas) para se bater de igual para o igual com Benfica e FC Porto, não será transformado numa potência com um estalar de dedos, nem que esses dedos sejam de Jesus. Sim, é um excelente treinador, como mostram os seis anos que passou do outro lado da Segunda Circular, mas não se lhe pode exigir que construa em mês e meio uma equipa com estofo de campeã ao mesmo tempo que joga partidas absolutamente decisivas para o desenrolar da temporada. Roma e Pavia não se fizeram num dia, o novo Sporting também não se fará.»
A Jorge Jesus nunca lhe passou pela cabeça, quando se comprometeu com o Sporting Clube de Portugal, que viria a ser confrontado neste arranque diabólico da época 2015/16, com a inevitabilidade de ter de jogar não ao "pé coxinho", mas com... "dois pés coxinhos"! Teve muito azar, se assim quisermos definir a incompetência do corpo clínico da FPF, na lesão de William Carvalho, de pouco valendo agora especular sobre o manto de silêncio com que o caso acabou por ser resolvido, muito menos sobre o seu preço e sobre quem pagou a quem.
O certo é que JJ não terá perdido apenas para esta primeira fase do arranque da temporada, o "porta-bandeira" do exército que havia idealizado - William Carvalho -, como acabou por perder o seu "general em campo" - Adrien Silva -, ao ver-se obrigado a deslocá-lo para as funções que para o primeiro haviam sido previamente pensadas. Hoje jogará com os 11 que os regulamentos impõem, mas vai ensaiando saltinhos, por via dos imprevistos "dois pés coxinhos"! Ninguém é insubstituível, mas...
Não será difícil de adivinhar que a pensar no jogo de amanhã, JJ tenha passado as últimas noites em claro e que surpreenda muita gente com o onze titular que apresentará na Arena de Khimki. Atrevo-me a pensar que, sem fugir aos seus princípios de jogo e à sua já famosa matriz de 4x4x2, coloque Aquilani e Adrien à frente da defesa, mantenha Ruiz e Carrillo nas alas, retirando Gutiérrez do onze titular e deslocando João Mário para uma dupla função de apoio a Slimani e ao meio-campo - compensando o pouco envolvimento defensivo do costa-riquenho -, consoante a equipa esteja ou não na posse de bola.
Seja como for, penso que JJ não pretenderá amanhã da sua equipa a vertigem ofensiva que tem vindo a tentar implementar e cimentar. Trata-se de um jogo decisivo, para o qual partirá, a meu ver, com duas vantagens: uma que lhe dá o resultado alcançado em Alvalade, sendo a outra, talvez mais importante que a primeira, a natural propensão ofensiva do adversário em busca da anulação da desvantagem que levou de Lisboa, o que poderá vir a resultar numa tremenda "faca de dois gumes", originando espaços defensivos que o Sporting poderá aproveitar. Não será por educação ou cortezia que Leonid Slutsky afirma que "qualquer defesa do Mundo teria problemas em jogar contra Slimani e Carrillo"!...
Um jogo de "tudo ou nada", que exigirá por parte da equipa portuguesa doses altíssimas de concentração e sacrifício!...
O certo é que JJ não terá perdido apenas para esta primeira fase do arranque da temporada, o "porta-bandeira" do exército que havia idealizado - William Carvalho -, como acabou por perder o seu "general em campo" - Adrien Silva -, ao ver-se obrigado a deslocá-lo para as funções que para o primeiro haviam sido previamente pensadas. Hoje jogará com os 11 que os regulamentos impõem, mas vai ensaiando saltinhos, por via dos imprevistos "dois pés coxinhos"! Ninguém é insubstituível, mas...
Não será difícil de adivinhar que a pensar no jogo de amanhã, JJ tenha passado as últimas noites em claro e que surpreenda muita gente com o onze titular que apresentará na Arena de Khimki. Atrevo-me a pensar que, sem fugir aos seus princípios de jogo e à sua já famosa matriz de 4x4x2, coloque Aquilani e Adrien à frente da defesa, mantenha Ruiz e Carrillo nas alas, retirando Gutiérrez do onze titular e deslocando João Mário para uma dupla função de apoio a Slimani e ao meio-campo - compensando o pouco envolvimento defensivo do costa-riquenho -, consoante a equipa esteja ou não na posse de bola.
Seja como for, penso que JJ não pretenderá amanhã da sua equipa a vertigem ofensiva que tem vindo a tentar implementar e cimentar. Trata-se de um jogo decisivo, para o qual partirá, a meu ver, com duas vantagens: uma que lhe dá o resultado alcançado em Alvalade, sendo a outra, talvez mais importante que a primeira, a natural propensão ofensiva do adversário em busca da anulação da desvantagem que levou de Lisboa, o que poderá vir a resultar numa tremenda "faca de dois gumes", originando espaços defensivos que o Sporting poderá aproveitar. Não será por educação ou cortezia que Leonid Slutsky afirma que "qualquer defesa do Mundo teria problemas em jogar contra Slimani e Carrillo"!...
Um jogo de "tudo ou nada", que exigirá por parte da equipa portuguesa doses altíssimas de concentração e sacrifício!...
Espero que as "poupanças" evidenciadas contra o Paços, tenham valido para alguma coisa!...
Leoninamente,
Até à próxima
P.S. - Para memória futura, a não perder!... (LINK)
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