terça-feira, 7 de maio de 2013

Anjos ou demónios ?!...


 
Vergonha é coisa que nem o Conselho de Arbitragem da FPF, nem o seu presidente Vitor Pereira e muito menos o árbitro  em causa, João Capela, possuem! Depois de 17 dias de "jarra", aí está  a nomeação do responsável pela pior arbitragem desta época em todos os escalões profissionais e não profissionais do futebol português, quando a decência deveria exigir e impor a sua imediata irradiação. 
 
Face a este absoluto atropelo das mais elementares regras de decência e da transparência, penso que o Sporting Clube de Portugal deveria tomar uma posição de oposição clara a mais este processo de branqueamento, que se aproximasse o mais possível do veto à presença deste "arremedo de árbitro" em quaisquer encontros em que venham a estar presentes as suas equipas profissionais de futebol e bem assim todas as restantes dos diversos escalões da formação.
 
Sabemos que regulamentarmente nenhum clube poderá exercer o poder de veto sobre a nomeação de um qualquer árbitro para qualquer encontro em que equipas suas estejam presentes. Sabemos também que a falta de comparência será sempre mais profundamente penalizadora que a própria derrota. Mas uma "greve de zelo", ou uma "atitude de braços caídos", correria o mundo inteiro e traria para as primeiras páginas dos jornais dos quatro cantos do planeta, o veemente protesto do Sporting Clube de Portugal, face à forma discriminatória com que o Clube vem sendo tratado corporativamente pelos juízes portugueses.
 
O árbitro João Capela, poderia vir a constituir-se como o primeiro protagonista de uma luta que o Sporting Clube de Portugal deveria encetar desde já. Bastaria um simples ofício a enviar para o Conselho de Arbitragem da FPF, em que o Clube, com base nos atropelos de que foi vítima em 21 de Abril no estádio da Luz, informaria que passaria a reservar para si as atitudes que entendesse mais consentâneas com a nomeação do árbitro João Capela, para qualquer encontro em que as suas equipas profissionais estivesse presente. Esse ofício deveria ser entregue à agência Lusa para ser distribuído por todas as redacções dos OCS.
 
E se ao Conselho se Arbitragem alguma vez lhe passasse pela cabeça ousar afrontar a irredutível posição do Sporting Clube de Portugal, com a nomeação de João Capela para qualquer dos seus jogos, toda a CS estaria presente para apreciar e reportar a resposta dos leões. Aí, pese embora a natural e inevitável perda dos três pontos em disputa, o delegado ao jogo por parte do Sporting, decidiria, entre um lote de uma boa meia dúzia de soluções humilhantes para arbitragem e que certamente constituiriam primeiras páginas e abertura de noticiários, qual deveria ser aplicada nesse jogo específico, tendo sempre em conta que o castigo infligido a "todo o sistema arbitral", quanto maior dor provocasse, mais efeitos seriam colhidos.
 
O Sporting Clube de Portugal, terá inevitavelmente de "pegar o touro pelos cornos"! Terá de gritar em alto e bom som que não está mais disposto a ser enlameado no lodaçal da arbitragem portuguesa. E jamais o conseguirá fazer se continuar a emitir comunicados de indignados mas sempre  elegantes protestos, contra as "vigarices" de que sitematicamente de há muito tem vindo a ser alvo, determinando da parte da "corporação do apito", risos de cínico gozo e até escárnio.
 
E quem pensar que uma atitude firme e digna por parte do Sporting Clube de Portugal, dentro do quadro que preconizo, ficaria remetida ao triste quadrilátero de lodo que nos envolve e que nenhumas consequências resultariam para a "corporação arbitral portuguesa" e para João Capela ou outro qualquer árbitro que eventualmente lhe venha a repetir as passadas, julgo que estará a menorizar os organismos arbitrais da UEFA e da FIFA e os efeitos devastadores do eco que teria a nível global.
 
João Capela seria "vetado" sem o ser na realidade. E passaria a constituir exemplo intransponível para todos aqueles que, como ele, esperneiam na lama que corporativamente vai sendo pintada com cores santas ou angelicais, empurrando para o negro dos infernos uma instituição centenária.

Entre anjos e demónios e inferno por inferno, que venha o diabo e escolha !!!...
 
Leoninamente,
Até à próxima
 
 
 
 

3 comentários:

  1. Caro amigo Álamo. Muito mais simples e muito mediático seria apanhar essse capela (mesmo com letra pequena) a jeito e dar-lhe uma valente carga de porrada. Apenas um "sustozinho" porque eu sou dos que pensam que "para sacana, sacana e meio". Eles não têm vergonha e vão continuar a roubar-nos à descarada (veja-se em Paços de Ferreira, mais um penalti escamoteado). Isto no futebol está como o governo (com letra pequena também) só lá vai com uma nova Revolução. E não vale a pena mudar as moscas...
    Saudaçoes leoninas

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  2. Caro amigo Carlos Alberto,

    Creio que já me conhecerá o suficiente, para saber que defendo que as mudanças mais importantes do mundo, só através de revoluções serão possíveis. Mas o termo "revolução" não poderá resumir-se a quaisquer estereótipos que a história nos possa oferecer. Tudo o que saia do meio anestesiante em que vegetam as moscas de que fala, poderá ser entendido como revolução... E o horizonte do meu texto, pretendeu ir nesse sentido: um clube abdicar dos 3 pontos de uma possível vitória, para marcar com dignidade a sua posição, poderá ser entendido como uma atitude revolucionária.

    Saudações Leoninas

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  3. Caro Álamo

    Já há muito que preconizo uma atitute como essa para fazer valer os nossos argumentos... Seguramente uma "acção que valeria mais que mil comunicados ou entrevistas"... Poderia não dar em nada... (seria o mais certo...!!!) mas jamais nos poderiam acusar de sermos hipócritas... Seria uma greve com, apenas, danos próprios... (contrariamente à que nos fazem recorrentemente... em que os danos são sempre, de outrem) porém uma atitude de grande impacto comunicacional e mediático... e inovadora...

    Agora a parte prática... Para o objectivo ser, de facto, atingido... também penso, também há muito tempo..., que só com "sacana e meio" é que a coisa se poderá endireitar...

    SL

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