segunda-feira, 26 de julho de 2021

Outros se seguirão!...

 



A crónica do Sporting-Lyon, 3-2: super leão reduz franceses a quase nada
Superioridade verde e branca foi esmagadora. Imensamente maior do que o resultado indica

«Foi um Sporting esmagador, que exerceu superioridade escandalosa sobre um adversário conceituado, aquele que se despediu da pré-época e avança para a Supertaça com o Sp. Braga. Uma equipa consistente, que teve início complicado, mas que soube reagir ao ponto de, a partir de certa altura, fazer gato-sapato de um Lyon salvo por Anthony Lopes – sem ele, teria saído de Alvalade com derrota volumosa. Dizer que a exibição sportinguista foi muito melhor do que o resultado é uma evidência que coloca a equipa de Rúben Amorim num plano elevado na assimilação de processos e na excelente condição atlética; mas também constitui um aviso porque, num confronto tão desequilibrado, perante adversário sem argumentos, que acumulou erros em série, é intrigante como foi possível sofrer dois golos em apenas cinco remates – um golo no único tiro à baliza em toda a segunda parte.

Não foram fáceis os primeiros minutos para os leões, porque o jogo de posse dos franceses criou desequilíbrios; a circulação foi segura e teve um sentido sempre ofensivo, com procura insistente do espaço, o que agilizou a manobra. Aouar marcou cedo e lançou o duelo para parâmetros de superioridade territorial do Lyon, perante um Sporting que demorou a acertar a medida da sua intervenção nas operações. A equipa de Alvalade oscilou entre os erros e acertos das decisões; sofreu com o domínio francês mas nunca se desuniu, nunca se entregou à fatalidade da desinspiração coletiva e discutiu sempre a hegemonia do adversário, como quem se prepara para o seu momento. Aos 31’, Paulinho empatou e, três minutos depois, Pote fez o 2-1, prova de que, no fundo, as impressões iniciais estavam coladas com cuspo: nem o Lyon era tão forte, nem o Sporting vivia, afinal, tão condicionado com as suas debilidades.

A segunda parte foi apenas mais eloquente na diferença de qualidade entre as equipas. Os leões tomaram conta do jogo e fizeram-no mesmo quando não tinham a bola – prova da dificuldade francesa em solidificar o seu jogo, mas maior ainda em criar perigo ao último reduto verde e branco. A diferença tornou-se então escandalosa, porque o Sporting se revelou temível quando tomou a iniciativa (sem exagero criou meia dúzia de claríssimas oportunidades de golo) e deixou o Lyon entregue à fatalidade de sucessivas falhas na construção do seu futebol. A distância entre uma equipa e a outra pode resumir-se a um dado estatístico tirado da observação dos segundos 45 minutos: 9-1 em remates, número pouco de acordo com o resultado desse período: 1-1.

NOTAS DE RODAPÉ

- Pote em todos os golos. Os avançados leoninos foram as figuras do jogo: Paulinho porque assinou dois golos, Jovane porque protagonizou pormenores deliciosos e Pote porque... esteve nos três golos da equipa.

- Gonçalo Inácio brilhante. O jovem defesa leonino tornou-se grande figura da equipa. O passe para o tento de Pote é digno de um enorme jogador: visão, técnica e precisão.Um grande momento de futebol.

- Matheus Nunes em vantagem. No ensaio geral para o jogo da Supertaça, estava por definir o parceiro de João Palhinha no miolo. Já tinha sido Daniel Bragança e até Tabata. Com o Lyon, Rúben Amorim surpreendeu ao escolher Matheus Nunes que, assim, parte em vantagem aos olhos de quem está de fora.

- O momento de Slimani. Entrou aos 73 minutos e o momento teve a solenidade do regresso de quem já foi herói leonino. Slimani entrou e... marcou um golo. Merecia bancadas cheias.»



Este é primeiro troféu da época... 

Outros se seguirão!...

Leoninamente,
Até à próxima

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