Sempre que de algum modo a nossa conduta abra espaço à mínima possibilidade de nos vermos confrontados com algo de mal que possa ocorrer na nossa vida, será certo que esse mal acontecerá mesmo e, mais ainda, quase pela certa no pior e mais inesperado momento! Chamam-lhe Lei de Murphy...
Dirão os mais indefectíveis adeptos sportinguistas, ainda de olhos esbugalhados e de alma na sarjeta, que a sova infligida aos Sub23 do Sporting pela correspondente e modesta equipa do Vitória de Guimarães ao fim desta manhã no Aurélio Pereira, terá sido apenas um dia mau da nossa gente, irrepetível nas próximas décadas. Eu preferirei dizer que ela, essa tão "copiosa sova", não será mais do que o sumo do reflexo de uma simbiose perfeita entre a cultura de desresponsabilização há muito instalada em todo o futebol do Sporting e os inexoráveis ditames dessa "tenebrosa" Lei de Murphy!...
Continuarão os mais indefectíveis adeptos do Sporting na habitual, repetida e vã tentativa de encontrar explicação para este e todos os desastres tão frequentes no futebol do Sporting, em factores externos. Eu também aqui preferirei pensar que todas as culpas residirão, exclusivamente, no nosso seio...
Hoje ainda e amanhã, a equipa técnica e os atletas que deveriam ter a mais extrema das dificuldades, vergados ao peso da vergonha e da humilhação, em conciliar o sono reparador, prosseguirão as suas rotinas habituais, quiçá eivadas de divertimento e folgas. E na princípio da semana lá estarão na Academia como se nada tivesse acontecido...
É que muito dificilmente acontecerá algo de desagradável a qualquer deles. Os salários continuarão a cair-lhes religiosamente nas contas e "o quartel -general continuará como dantes, sediado em Abrantes"!...
Desterrado cá para os confins nortenhos desta "valente e sofredora nação leonina", não me peçam para personalizar a culpa que, quase pela certa, mais uma vez morrerá solteira. Por mim apenas sei que "o rei vai nu" e que pouco adiantarei se me atrever a sugerir como remédio um correctivo semelhante ao que a padeira de Aljubarrota infligiu aos castelhanos ou a defenestração de presumíveis e acomodados Vasconcelos! Mas imagino o sofrimento, a decepção e a silenciosa angústia de Varandas!...
Não é fácil ser prior de tal freguesia!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Não duvido, vimos o mesmo jogo! Poderei analisá-lo de outro modo, poderei utilizar outras palavras, mas o triste e inqualificável jogo que o Álamo viu, foi precisamente o mesmo jogo displicente (uff, que calor fazia... para os nossos!), de boa vontade em alguns e futebol de equipa quase inexistente.
ResponderEliminarDigo-lhe, o que mais me chocou foi a diferença de atitude, com os vimaranenses quase sempre mais rápidos, mais fortes e a ter tempo para ganhar as 2ªs bolas.
Vi, também, uma coisa que me choca: não há ninguém capaz de dar um berro àquela gente e dizer-lhes que abrir uma linha de passe não é ver o colega com a bola é colocar-se à frente do adversário e pronto a recebê-la?
O nosso ponta de lança tem alguma noção do que é cabecear a bola?
E rematar à baliza será fazer pontaria ao pino guarda-redes(bem melhor que o nosso), sim?
E técnica de remate, ninguém treina? Nem há treinos de potência?
O nosso g.redes, não tem treinador? Como foi possível dispensar dois funcionários que fizeram de Rui Patrício um dos melhores do mundo? (Desperdiçar qualidade é... chocante. Essa não entendi, sinceramente)
Podia argumentar, ainda, que os nossos jogadores não atacavam a bola, esperavam por ela; que o nosso g.redes não se lança a remates cruzados, deixando-se caíe de braço estendido, que temos ali jogadores que... explicam o 0-4.
Pois, sim senhor, criámos "n" oportunidades mas, metê-las...
O Vitória foi muito mais equipa, foi equipa muito mais madura, com alguns bons jogadores que entrariam de caras na nossa equipa -mais do que nossos a entrar na deles.
Custa ver os campeões nacionais de sub-19 de há duas épocas, andarem pelo campo, perdidos - mas disso os adversários não têm culpa.
Como fazemos então??? Desligamos??? Não ligamos??? Castigamos??? Penalizamos???
ResponderEliminarBom... o melhor é que nos entendamos... que isto de estarmos permanentemente a fazer o contrário do que foi feito, só porque o contrário não resultou, é de facto o nosso problema... endémico...