Duas coisas surpreendentes
«... Só há duas coisas surpreendentes na anunciada saída de Paulo Gonçalves do Benfica. A primeira é que apenas tenha acontecido agora. Há muito tempo que era insustentável a tese de defesa dos encarnados, alegando que as eventuais acções do assessor jurídico no âmbito do processo e-Toupeira não eram do conhecimento da SAD e simultaneamente mantendo nele toda a confiança. Parece evidente que se Paulo Gonçalves agiu por iniciativa individual, arrastando a SAD consigo para a lama sem lhe dar conhecimento, não pode merecer toda a confiança dos empregadores. O que entronca na segunda surpresa: que a saída seja iniciativa de Paulo Gonçalves. Não que seja inesperado ver um profissional tão elogiado dar o primeiro passo no sentido de proteger a entidade patronal, sacrificando-se pela causa, mas apenas porque, a fazer fé na tese de defesa da SAD, que alega desconhecer os ilícitos de que o seu funcionário é sustentadamente acusado pelo MP, seria mais normal ser aquela a retirar-lhe a confiança.»
(Jorge Maia, Opinião, in O Jogo)
Sem deixar de estar de acordo com Jorge Maia, creio bem estar chegada a hora de, afastar de cena os actores secundários como Paulo Gonçalves e, chamando os bois pelos nomes, colocar o dedo na ferida aberta na dignidade de um povo.
Já causam profunda decepção, repulsa e asco estas sucessivas, recorrentes, intermináveis, vergonhosas e intoleráveis novelas protagonizadas pelo Benfica, quando espantados somos obrigados a assistir a tão vergonhosa contemporização, para não lhe chamar indigna e inadmissível genuflexão, por parte do Governo, da Justiça e da Federação de Futebol deste país!...
Já causam profunda decepção, repulsa e asco estas sucessivas, recorrentes, intermináveis, vergonhosas e intoleráveis novelas protagonizadas pelo Benfica, quando espantados somos obrigados a assistir a tão vergonhosa contemporização, para não lhe chamar indigna e inadmissível genuflexão, por parte do Governo, da Justiça e da Federação de Futebol deste país!...
Ao nível do que se passa nos países mais atrasados do terceiro-mundo, este "triplo barrete" que vão enfiando três das instituições com mais responsabilidades num país que há muito deveria ter seguido o exemplo de Itália que, mesmo minada por uma das organizações do crime organizado mais poderosas a nível universal, soube ultrapassar há um bom par de anos, com celeridade e mão pesada, algo alegadamente bem menos grave e vergonhoso...
Já nos bastava toda a "santa tristeza" que envolveu o famigerado "apito dourado"! Não era preciso estarem a preparar-nos para uma vergonhosa "segunda edição"!...
Até parece que quem não tem vergonha todo o mundo é seu!...
Leoninamente,
Até à próxima
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