domingo, 23 de setembro de 2018

Dizem que haverá mais aço a temperar na forja da Academia!...




Leão gravita à volta de Battaglia

Internacional argentino regressou a Alvalade para se transformar num dos indiscutíveis de José Peseiro

Esteve para nem sequer voltar a vestir a gloriosa verde e branca, mas actualmente apresentar-se-à como um dos mais importantes pilares da estratégia montada por José Peseiro. Rodrigo Battaglia assume-se como uma das pedras basilares do leão, ao ponto de contabilizar, até ao momento, 540 minutos em seis jogos: um totalista absoluto.

O regresso do argentino terá sido um dos pedidos mais fortes e recorrentes que José Peseiro insistiu em fazer ao então presidente da SAD dos leões, Sousa Cintra. Quando as negociações entre as partes finalmente chegaram a bom porto, o treinador teve uma longa conversa com o médio-defensivo, explicando-lhe detalhadamente tudo aquilo que tinha preparado para si e dando-lhe uma enormíssima injecção de confiança. Na cabeça de Battaglia, será ele e mais dez, e será exactamente esta a confiança que o treinador deseja ver espelhada no homem que segura a manobra intermédia do leão.

Do ponto de vista táctico, o contexto de Battaglia alterou-se relativamente pouco: com José Peseiro, mantém a mesma toada da época passada, altura em que Jorge Jesus o adaptou à posição mais recuada do meio-campo. Apesar de alguma "resistência" inicial - foi alternando com William nessa posição -, o internacional argentino é agora, com Peseiro, um médio-defensivo de corpo inteiro e é nesta posição que parece querer continuar a evidenciar-se, tanto no Sporting como também agora, e isso será porventura determinante, ao serviço da selecção alviceleste.

Mas será na sua assombrosa e quase sobrenatural resistência ao desgaste que estará o grande "segredo" de Rodrigo Battaglia. Olhando para os números registados esta temporada, com facilidade se chega a uma conclusão: só Salin e Coates têm o mesmo tempo de jogo que o médio de 27 anos, com a particularidade de Battaglia ter feito 90 minutos "extra" na estreia com a camisola da Argentina - a 12 de Setembro. No entanto, esta situação não impediu José Peseiro de o utilizar quatro dias depois de ter defrontado a Colômbia, nos Estados Unidos.

Aliás, além do desgaste despendido na partida com os cafeteros, os argentinos -Acuña também jogou - só chegaram a Lisboa dois dias antes do embate com o Marítimo na Taça da Liga. Battaglia jogou 90 minutos na vitória por 3-1 com os insulares; Acuña saiu aos 71’, mas também só tinha jogado cinco minutos pela Argentina.

Rodrigo Battaglia parece estar a ser o reflexo visível de uma nova e até agora desconhecida e inesperada "arma motivacional" que José Peseiro terá adoptado, decidida e convictamente, neste seu regresso ao Sporting, mas...

Dizem que haverá mais aço a temperar na forja da Academia!...

Leoninamente,
Até à próxima

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