Apesar de tudo, hoje não há apenas em mim aquela réstea de esperança que anima qualquer sportinguista, quando se adivinha uma tarefa difícil. Com Oceano Cruz no banco, existe também uma quase certeza de que a equipa irá entrar em campo, perfeitamente consciente de que não poderá cometer loucuras, venham elas do banco ou sejam protagonizadas no terreno. Acredito que vá haver realismo, pragmatismo e uma enorme união de esforços.
Vamos defrontar a melhor equipa do momento do campeonato português, convicção alicerçada na regularidade da sua produção, na superior e sedimentada assimilação de processos de jogo e numa boa meia dúzia de atletas de qualidade indiscutível, capazes de, a espaços, aproveitarem os erros dos adversários e resolverem jogos.
Embora com bastantes reservas, admito que o Sporting possa conseguir no Dragão um bom resultado. Mas colocarei sempre em primeiro lugar a salvaguarda da honra e dignidade de um clube com uma história e um caminho de glória, que jamais poderão ser desbaratados por abordagens inconscientes e sem o pragmatismo que a situação actual exige.
Sem perder de vista ou pretender menorizar ciscunstâncias anteriores ao momento actual, direi que duas características poderão concorrer para que possamos assistir a um bom espectáculo de futebol: a atmosfera do jogo será aquela que tradicionalmente acontece entre estes dois grandes do futebol português, sem os excessos e inconveniências a que outros estádios nos habituaram e Jorge Sousa, do meu ponto de vista, será porventura um dos melhores árbitros portugueses, que poderá perfeitamente protagonizar um trabalho sério e isento.
Que o Sporting possa sair do estádio do Dragão de cara lavada e fronte erguida. Que as gloriosas camisolas verde e brancas sejam honradas e o futebol triunfe.
Leoninamente,
Até à próxima
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