sábado, 19 de maio de 2012

A vitória de Pirro !...

Chegada de Pirro e suas tropas a Itália 
Afinal o que tramou a vinda de Hugo Vieira paro o Sporting, foi a pressa deste em receber o "famigerado" prémio de assinatura, como aqui é noticiado. E toda a envolvente desta fracassada contratação, permite a todos os sportinguistas retirar importantes ilacções. Umas constituirão surpresa e outras nem tanto assim.
A primeira conclusão a tirar é a de que todos os negócios a "custo zero" transportam em si uma  confrangedora mentira, que ludibria não só os adeptos do clube contratante, como pretenderá "fintar" as autoridades tributárias. Coisas parecidas terão sido protagonizadas por grandes nomes do futebol português e, tarde ou cedo, o logro acaba por ser desmontado, com os intérpretes a terem de se chegar ao balcão e deixar por lá chorudas quantias, depois de passarem pela vergonha de sentar o "rabinho no mocho" e explicar direitinho as falcatruas. Pena que alguns, porque se abrigaram sob conhecidos "guarda-chuvas", tenham passado e continuem a passar incólumes por entre os pingos da chuva. Esperemos que a publicidade dada ao caso presente, coloque de sobreaviso as autoridades competentes.
Uma segunda conclusão deriva do carácter do atleta em análise. Como ninguém acredita que a pressa manifestada advenha da necessidade de "dar pão aos filhos", todos ficamos esclarecidos sobre a importância que este jovem atribui aos bens materiais, relativamente a outros valores e princípios. Longe vão os tempos em que para o nosso Manuel Fernandes de Sarilhos Pequenos, assinar um contrato em branco, era bem mais fácil que envergar a gloriosa camisola verde e branca. O Sporting não terá perdido um carácter de eleição e isso nunca nos poderá causar tristeza ou decepção, muito antes pelo contrário.
A terceira, última e mais importante conclusão a tirar, advém da simples e cada vez menos importante - infelizmente - palavra RESPEITO! Quando um atleta revela atributos que os dirigentes do Sporting Clube de Portugal entendem que são passíveis de recomendar a abertura das portas de Alvalade, para o receber no seio da grande família leonina, ninguém lhe pede declaração de amor ao clube desde os tempos em que usou fraldas. A única coisa que sempre me habituei a ver o meu clube exigir, tem sido, invariavelmente, um profundo respeito pela instituição. Ora, no caso presente, Hugo Vieira, ao não aceitar o diferimento do pagamento de uma substancial verba como prémio de assinatura, demonstrou com essa pressa, uma inconcebível e imperdoável falta de respeito pela enorme e centenária instituição que é o Sporting Clube de Portugal, que ao longo dos seus quase 106 anos de existência, nunca deixou de satisfazer integralmente os compromissos assumidos com qualquer entidade singular ou colectiva. Desta vez a Providência esteve do nosso lado e não permitiu que nos entrasse pela porta dentro alguém que amanhã, inapelavelmente nos decepcionaria.
Estariam alguns dos meus amigos sportinguistas à espera que eu elaborasse  ainda uma derradeira conclusão, em torno do comportamento do contratante que substituiu o Sporting Clube de Portugal.  Não o farei e remetê-los-ia para o link contido na legenda da gravura acima. É que a expressão "Vitória de Pirro" não se utiliza apenas em contexto militar, mas também está, por analogia, ligada a atividades como a economia, a política, a justiça, a literatura e o desporto para descrever uma luta similar, prejudicial para o vencedor.

Leoninamente,
Até à próxima

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