terça-feira, 15 de maio de 2012

Venceu a honestidade e o discernimento!...

Com a devida vénia, publico um pequeno trecho de um artigo que Miguel Lourenço Pereira publicou no seu blogue "Em Jogo" e que pode aqui ser apreciado.

"... No dia em que Portugal repetiu o campeão, a União de Leiria repetiu a farsa que significa esta liga de 16. Ampliar o torneio para 18 ou 20 equipas é o espelho perfeito da idiotice do gestor português e só pode terminar numa operação cirúrgica que faça o proporcionalmente inverso. Por muito que doa ao adepto, Portugal não tem dinheiro para sobreviver como país e portanto não tem mercado para uma liga de mais de 8 ou 10 equipas...".

Também assim penso no que concerne ao famigerado alargamento, hoje feliz e definitivamente "chumbado",  em  reunião de Direcção da FPF. Já não partilharei a ideia de MLP de uma liga a 8 ou 10 equipas, a 2, 3 ou 4 voltas, como vemos exemplos em alguns pequenos países da Europa, sem que esse esquema lhes tenha permitido o salto qualitativo esperado e o equilíbrio económico e financeiro dos clubes que o protagonizam.
Entre as épocas de 1946/47 e 1970/71, portanto durante 25 temporadas, assistimos em Portugal, à manutenção do modelo com maior longevidade, num campeonato disputado por 14 equipas, que sempre me pareceu um número bastante razoável para a dimensão do país, seja qual for a vertente que pretendermos analisar. Melhor do que esse modelo amplamente testado, do meu ponto de vista, só a redução para um modelo de 12 clubes, disputando uma 1ª fase a duas voltas,  com a implementação de uma 2ª fase com um sistema de play-off, entre os 6 primeiros, que definiria o campeão e os restantes acessos às ligas europeias e outro entre os 6 últimos que definiria as duas descidas à segunda liga, ambos a duas voltas também. Aos pontos acumulados na primeira fase, somar-se-iam os alcançados nos dois "play-offs" e resultariam deste esquema  a realização de 32 jornadas - hoje 30 - mas um aumento significativo da competitividade, receitas, interesse e um recrudescimento da paixão que noutros tempos o futebol despertava nos portugueses.
A não ser posto termo à onda demagógica e incompetente do dirigismo português, continuaremos a assistir como muito bem refere MLP no mesmo artigo:

"... a dois jogos do fim, mesmo assim o FC Porto repetiu o titulo e deixou claro que em Portugal é preciso existir uma catástrofe desportiva para que sejam outros grandes e felizes adeptos a saírem para as ruas.
Do outro lado desta prova kafkiana, o desespero de quem teve de mandar para longe a família. De quem come às custas dos outros e de quem não sabe em que buraco se meteu.
Foi a União de Leiria. Mas antes já foram Salgueiros, Campomaiorense, Alverca, Estrela da Amadora, Farense, Boavista ou Belenenses. Todos clubes com passado europeu, essa imagem de marca que fica na retina e que explica a incapacidade dos directivos portugueses de uma gestão responsável...".

Valha-nos o facto de que, por enquanto, ainda vai havendo à frente da FPF, gente com aquele mínimo de honestidade e discernimento para impedir males maiores!...
Por quanto tempo mais serão capazes de resistir à volúpia e ao despudor dos que assim não pensam e se estão "marimbando" para o futebol português?!...

Leoninamente
Até à próxima 

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