Pote, Tabata, Rochinha e até Trincão podem jogar entre linhas no sector ofensivo. Ideia em fase de automatização
«Uma das principais novidades na pré-época do Sporting tem sido o novo sistema táctico que Rúben Amorim tem ensaiado nos treinos e em alguns jogos à porta fechada, como aconteceu no particular com o Estoril, ainda na Academia.
O técnico leonino vai manter o 3x4x3 e as respectivas nuances tácticas, mas também está a preparar um plano B que será utilizado em situações específicas, teoricamente frente a adversários mais fortes, onde o 4x2x3x1 poderá assegurar uma luta mais equilibrada no meio-campo.
A grande dúvida é saber quem será o maestro deste sistema e, no plantel leonino, para já há quatro candidatos para a posição: Pote, Tabata, Rochinha e Trincão, já testados por Rúben Amorim nessas funções.
Nos primeiros dias de trabalho Pote tem prometido vir a ser o principal concorrente a esse papel. O internacional português, um médio adaptado aos corredores do ataque, tem uma polivalência que lhe permite jogar em quase todo o sector ofensivo – a excepção é a ‘9’ – e tem-se apresentado com os níveis de confiança elevados, marcando em todos os 4 jogos em que participou. Diante do Villarreal, o transmontano chegou a passar de forma fugaz pelo lugar mas, fruto do cansaço que evidenciava, esteve poucos minutos na posição e acabou por sair.
Soluções viáveis e que também continuam em observação neste momento são Tabata, Rochinha e até Trincão, três jogadores que Amorim conhece bem, e sabe que poderão assumir esta responsabilidade. Todos são tecnicamente muito dotados, possuem uma grande mobilidade, e são exímios a jogar entre linhas, uma capacidade fundamental para abrirem espaços, deixando sempre o adversário na dúvida se vão tentar o golo ou servir os companheiros no ataque.
A ideia está a ganhar automatismos nesta fase e, com o início do campeonato agendado para o primeiro fim-de-semana de Agosto, o técnico ainda tem algumas semanas para afinar estratégias. Certo é que o plano B dos leões já é mais do que mero esboço.
Uma nova arma que pode ser útil na Champions
Mesmo com nuances, o sistema táctico de Rúben Amorim apresenta alguma rigidez táctica, que apresentou custos na Liga dos Campeões, onde os leões foram goleados por Ajax (1-5) e Manchester City (0-5). Apesar de a equipa ter chegado aos oitavos-de-final da prova e ter feito uma campanha globalmente positiva, o objectivo é aprender com os erros cometidos de maneira a evitar novas derrotas pesadas. O 4x2x3x1 não será a cura para todos os males, nem sequer será a única, mas poderá ser a resposta desejada para determinados adversários e momentos do jogo.
Polivalência vai do mercado até ao campo
Rúben Amorim, além da especial queda para os esquerdinos, que considera mais imprevisíveis, também procura contratar jogadores que façam mais do que uma posição. Esta característica não só lhe permite operar alterações tácticas no decorrer de um jogo sem recorrer a substituições, como também lhe facilita a introdução de novos modelos, tirando partido dessa polivalência. É com base nessas ideias e num planeamento de mercado coerente que o treinador pode, agora, trabalhar quatro candidatos ao lugar de ‘10’, sem ter de pedir mais reforços. E ainda perdeu Bragança por lesão até Janeiro...»
Por João Soares Ribeiro
Com algum cepticismo e até um certo sentido crítico, há algum tempo atrás trouxe para aqui uma análise parecida de um outro jornalista. Parece que, afinal, essa ideia estará a ganhar forma e apetece-me mesmo acrescentar um outro elemento aos quatro com que JSR construiu este seu artigo. Por alguma razão, julgo eu, terá sido atribuído o número 10 a Marcus Edwards...
Seja como for, confirmam-se as suspeitas de muitos de que Rúben Amorim estará a pensar seriamente em encontrar o remédio para aquilo que terá impedido o Sporting de revalidar o seu título de campeão, alcançado na época de 2020/21...
E esteve tão perto!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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