Nem Patrício o adivinhava!...

ACREDITA MAX... COMO PATRÍCIO

«É famosa a escola de guarda-redes do Sporting. Azevedo, Carlos Gomes, Carvalho, Vítor Damas e, nas últimas 11 temporadas, de forma ininterrupta, inquestionável e merecedora de todos os elogios Rui Patrício. O campeão da Europa, agora no Wolverhampton, foi aposta arriscada mas inteiramente conseguida por Paulo Bento, o treinador que viu nele aquilo que ele é hoje: um dos melhores do Mundo na função. É por isso, porque há continuidade na denominada escola leonina, que quando vejo os leões contratarem de uma assentada o italiano Viviano e o brasileiro Renan Ribeiro (que vem para discutir a titularidade, após 17 jogos no Estoril, com alguém que está a chegar a Portugal) e se diz que Luís Maximiano, Max como nome de guerra, vai continuar a sua aprendizagem, porque carga de água não faz José Peseiro com ele o mesmo que Bento fez com Patrício, que sempre acreditou poder chegar lá? Talento e futuro não lhe faltam, mas se não jogar… E porque não custa nada perguntar e essa é a missão prioritária de um jornalista…»

(José Manuel Freitas, À minha maneira, in Record)

Em 19 de Novembro de 2006, Rui Patrício era o guarda-redes nº 3 em Alvalade! Ricardo, vindo do Boavista três épocas antes,  era na altura o dono da baliza leonina e, com um problema físico, estava em dúvida para a deslocação à Madeira. Já Tiago, no Sporting há 10 temporadas e o suplente habitual, estava lesionado e foi riscado da lista. Ainda com cara de miúdo, Rui Patrício (18 anos) viu o seu nome pela primeira vez na convocatória da equipa principal dos leões. Mais: acabou mesmo por ter de calçar as luvas e ir a jogo frente ao Marítimo. Não se deu mal. Muito pelo contrário. Prova disso foi a grande penalidade defendida aos 75 minutos, a remate do avançado Kanú, que segurou a vitória leonina pela margem mínima.

Agora e praticamente com a mesma idade, Luís Maximiano será também o guarda-redes nº 3 do Sporting. E convirá esclarecer que a chegada de Viviano não teve nada a ver com Maximiano. Ficou a dever-se à rescisão de Rui Patrício, enquanto o empréstimo de Renan terá acontecido simplesmente porque Salin terá manifestado o desejo de aceitar uma das boas propostas que terá recebido, o que em final de carreira lhe terá soado como "cântico dos deuses". E o Sporting entendeu ceder ao pedido do francês que, pelo seu exemplar comportamento na época passada, o merecia com toda a justiça.

Não sejamos injustos para com José Peseiro! Talvez a "carga de água" que o terá impedido de fazer o mesmo que Paulo Bento, é que o actual treinador do Sporting não poderia fazer frente a uma época que se prevê desgastante, apenas com dois guarda-redes: Viviano, prestes a completar 33 anos e... Luís Maximiano!...

Quanto a Max, cujo talento, valor, determinação e devoção nenhum sportinguista discutirá, ninguém será capaz de adivinhar o futuro!...

Nem Patrício o adivinhava!...

Leoninamente,

Até à próxima