Aguentem corações!...

O primeiro debate

Ao longo de mais de duas horas, os sportinguista tiveram ao final da noite de ontem, a oportunidade de apreciar o primeiro debate entre candidatos à presidência do Sporting. Com  Frederico Varandas, ao contrário do que estava previsto, a acabar por não marcar presença e com João Benedito e Tavares Pereira a confirmarem a ausência que antes tinham anunciado, José Maria Ricciardi, Dias Ferreira, Pedro Madeira Rodrigues e Rui Jorge Rego  terão pretendido corresponder às expectativas dos sportinguistas, que desejariam tê-los ouvido falar sobre o passado, presente e, muito fundamentalmente, do futuro do clube. Mas a tanto não terá chegado o engenho e a arte de cada um e aquilo em que o debate, muito mal conduzido por José Carlos Castro, acabou por se transformar, terá deixado indicadores pouco seguros sobre a elevação de uma campanha eleitoral que estará aí não tarda nada.

Ante a permissividade do pivô, o debate terá sido, surpreendentemente, quase monopolizado por Ricciardi, com Dias Ferreira e Madeira Rodrigues a serem confundidos pela fogosidade da "velha raposa da banca" e o caloiro Rui Rego a revelar ainda maiores dificuldades em opôr-se ao rumo dos acontecimentos.

Entre os vários temas lançados, Ricciardi conseguiu sempre centrar o debate na área que mais lhe interessava, o estado calamitoso actual das finanças do Sporting - os sportinguistas afectos ao poder destituído terão ficado surpreendidos com o quadro catastrófico em que alegadamente estará o "grupo Sporting" e que explicam, tanto a quase "paralisia" de Sousa Cintra no mercado e nas "rescisões", quanto o "terror de deixar Bruno na SAD, sózinho", que terá impedido Carlos Vieira de fazer cair mais cedo o Conselho Directivo! - levando a reboque os restantes participantes, incluindo o próprio moderador e tendo o futebol, as modalidades e outras - poucas - matérias, apenas sido tocadas de raspão.

Vitória esmagadora de José Maria Ricciardi neste primeiro ensaio, que nem sequer se terá preocupado em evitar o aceso confronto com Dias Ferreira e Madeira Rodrigues, demarcando quase sem oposição o seu território. Com a presença de Tavares Pereira, João Benedito e principalmente Frederico Varandas, o "passeio" de Ricciardi talvez não se tivesse revelado tão fácil e prazenteiro. Teremos nesta condição, de aguardar por nova oportunidade, agora com a "orquestra" completa e suficientemente informada de que estas eleições vão rimar com milhões!...

Aguentem corações!...

Leoninamente,

Até à próxima