segunda-feira, 6 de novembro de 2017

É minha convicção que não ficará apenas um de pé!...


O último a ficar de pé é o culpado


«Piccini, Mathieu, Coentrão, Acuña, William Carvalho, Bas Dost: nem o “Sitting Bull” infligiu tantas baixas às tropas do General Custer como o Jorge Jesus à sua própria equipa. Quem é o senhor que se segue? O Gelson Martins? O Bruno Fernandes? É sempre o que nos vem à cabeça quando acaba um jogo.

O que mete ainda mais confusão nem sequer são as sucessivas lesões musculares; estamos sempre à espera. É elas acontecerem ao vivo e em directo durante os jogos. Qualquer um que tivesse visto o jogo contra o Rio Ave percebia que o Acuña estava no limite. Voltou a jogar de início contra a Juventus. Hoje, contra o Braga, à meia-hora estava esticado no chão. Era preciso ter-se chegado a este ponto?

É verdade que o vídeo-árbitro não nos ajudou. Se tivesse anulado o golo do Bas Dost, o Braga não se teria lembrado de atacar. Continuaria desconfiado. A vinte minutos do fim não tinha nada a perder. O Abel meteu uns ciclistas e a equipa do Sporting foi-se abaixo com estrondo, perante a impotência do Jorge Jesus (estava à frente do nariz que era necessário meter um trinco para avançar o Battaglia, dado que ele, o Bruno César e o Bruno Fernandes, não davam conta do recado). Sofremos dois golos, mas poderíamos ter sofrido muitos mais. Fomos salvos pelo Alan Ruiz, que se preparava para sair da área com a bola e, como de costume, encanzinar mais uma jogada, procurando avançar às arrecuas. É a ironia do destino sermos salvos por um jogador que estava de costas para a baliza.

Não sei como é que se recupera fisicamente esta equipa com o campeonato em pleno andamento. O Jorge Jesus ainda vai ser o treinador que mais irá apostar nos jovens. A continuar assim, não lhe restará outro remédio se não meter os miúdos da equipa B e dos juniores. A não ser que queira ver os jogadores a cair um a um durante os jogos. Tem uma vantagem: o último a ficar de pé é o culpado.»
(Rui Monteiro, in A Insustentavel Leveza de Liedson)


Para além da p*** da chiclas, tão ou ainda mais importante do que essa danada e sem vergonha, será tudo o que Rui Monteiro deixou escrito após o jogo, lá no seu cantinho e na prosa habitual, que nos deixa sempre na dúvida se havemos de rir ou chorar...

Embora gostasse de ter escrito qualquer coisa parecida com este magnífico postal e sendo capaz de reconhecer que para tal o meu talento não ande muito longe do de Alan Ruiz, haverá um pequeno pormenor que com toda a certeza eu não copiaria, pela simples razão de que...

É minha convicção que não ficará apenas um de pé!...

Leoninamente,
Até à próxima

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