«Perdoe-me o estimado leitor mas hoje não lhe vou falar do negócio João Mário. Nem sobre Esgaio. Nem mesmo Uribe. Ou sequer dos curiosos jogos do Euro’2020. Falo-lhe de um miúdo de 12 anos que ontem perdeu a vida enquanto jogava à bola.
Falo-lhe, confesso, de um dos maiores medos que tenho na vida. Provavelmente o maior e que mais me atormenta: passar pelo mesmo que esta família a quem a desgraça bateu à porta. Não sei quem são, não faço ideia, mas tenho uma certeza. Nada fizeram para merecer isto. Porque ninguém merece. Nenhum pai deveria ver partir o filho. Então na bancada enquanto assistia ao jogo... Não há nada que possa fazer para minorar a dor dos que cá ficam.
Mas não consigo deixar de mandar um abraço e sentidas condolências a todos os entes queridos que sofrem com esta perda. Não é pouco, porque na verdade, não é mesmo nada. É até um texto egoísta este que escrevo esta noite, provavelmente para exorcizar medos muito próprios. Perdoem-me também. Mas na certeza de que se o Record puder fazer algo pelo memória do menino que partiu é só pedirem. Não vos consigo dizer mais nada. E desculpe caro leitor, mas a si também não.»
Partilho com Bernardo Ribeiro a dor de tão doloroso acontecimento e acompanho-o no abraço e sentidas condolências a todos os entes queridos que sofreram com esta perda.
Não, ninguém merece!...
Leoninamente,
Até à próxima
Toda a solidariedade para os pais, pois a dor é insuportável.
ResponderEliminarSei do que falo, infelizmente por experiência própria, nada há de mais doloroso do que se perder um filho.
O Mundo desaba aos nossos pés, ficamos atordoados e incrédulos, e demora muitos anos a atenuar a dor, mas nunca e jamais se esquece.
Que as portas do céu se abram, porque nada há de melhor, que a Alegria, Sorriso e Ingenuidade de uma criança.