«Uma das grandes diferenças entre Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira é que Pinto da Costa faz muito mais do que se sabe e Vieira faz com que se saiba, mesmo coisas que não fez. Sobre Varandas, que é de outra estirpe, também versará este texto, mas mais à frente.
Pinto da Costa nunca desautorizou a área técnica. Mesmo quando conversas essenciais com treinadores ou jogadores tiveram lugar, e produziram bons resultados, ninguém tinha conhecimento dessas conversas no curto prazo.
Vieira, quando vai ao balneário apertar o jogadores, parece fazer-se preceder de umas trompetas medievais. Mal a conversa acaba, já está nos jornais.
Vieira fez isto, Vieira autorizou aquilo, desta propaganda se tem feito a crónica da corte dos últimos mandatos de Vieira. Até na saída do último director de comunicação, lá saiu a notícia de que foi Vieira que decidiu a mudança. Quando essa decisão tinha mais de seis meses e coube a Luís Bernardo.
De memória, estabeleceria o lançamento deste novo paradigma da comunicação do presidente do Benfica, logo após os primeiros títulos de Jesus, na primeira passagem pela Luz. Então, o diagnóstico parecia apontar para uma necessidade de afirmação pessoal numa luta de egos. Que terá levado Jesus a sair da Luz para o grande rival de Lisboa.
Mas Vieira tomou-lhe o gosto. Rui Vitória e Lage foram vítimas frequentes dessas emboscadas. Agora, sabe-se que Luisão teve um discurso duro no balneário com autorização de Vieira. Mesmo que o líder do Benfica tenha dado ordem a Luisão para apertar os jogadores, esse facto não devia ser público. Não é bom para Luisão ser visto como um mero capataz do presidente. Para ser eficaz, Luisão terá de ter brilho próprio e fazer vibrar as emoções a que só um grande capitão pode ter acesso.
Luisão gritou com os jogadores logo após a derrota de Alvalade? Fez mal. O que falhou no Benfica não foi a falta de entrega dos craques. Noutros jogos, sim. Neste dérbi, não. Até Pizzi deu o corpo ao manifesto, num grande jogo, com uma arbitragem que aponta novos caminhos para a defesa do espectáculo e do tempo útil de jogo (nem só Soares Dias está a praticar este tipo de arbitragem, insensível às fitas tradicionais. Há razão para esperança).
Luisão deve ponderar qual é o seu papel no Benfica. Se aceitar ser um títere de Vieira, será triturado a breve trecho.
Noutro local do estádio, nem a máscara podia esconder o sorriso rasgado no rosto de Frederico Varandas. Deu um passo gigante para a Liga dos Campeões. Tem-se mantido corajoso e discreto, o autor da grande frase da tribo da bola em 2020: sim, ‘um bandido será sempre um bandido’ marca esta fase ganhadora de Varandas. E é bem verdade.»
Ontem ao esgalhar esta crónica, decerto Octávio Ribeiro não terá trocado os olhos nem as ideias e até terá conseguido alguma coisa passível de ser lida. O que se perguntará sempre em situações desta natureza, será... Porquê?!...
É que quando a esmola é grande...
Leoninamente,
Até à próxima
Parece que está para sair uma acusação forte e os ratos começam a abandonar o navio...
ResponderEliminargostava de ver essa frase também ( e com mais sentido até ) em relação ao maior criminoso e corrupto de sempre do futebol portugues ,o vieire . Será que o varandas tem tomates para isso ? duvido muito
ResponderEliminarCada um tem legitimidade para ter as dúvidas que entender. Para mim em termos de inteligência jamais poderemos comparar a personagem que refere, com aquela a quem foi dirigida a frase. Será então mais difícil afrontar a inteligência ou a esperteza saloia?! Estou convencido que os "tomates" nunca serão necessários para esmagar um saloio!...
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