Vieiragate
«Estamos de acordo que o timing do artigo do ‘Observador’ não é feliz e que todo o extenso rol de visados no mesmo tem direito à presunção de inocência.
Há, porém, coisas que não podem deixar de ser equacionadas, para além das suspeitas de ilícitos criminais e atentados à verdade desportiva, que competirão ao Ministério Público investigar e ao tribunal julgar.
O texto em causa tem o mérito de elencar, de forma exaustiva, as contratações que o Benfica promoveu, de jogadores que nunca ou pouco utilizou e que dispersou por clubes da 1.ª Liga, perdendo assumida e sistematicamente o investimento efectuado.
Esta prática persistente acumulou um prejuízo significativo; na cultura comunicacional que vigora na Luz, como os sucessos são empolados e o que corre mal varrido para debaixo do tapete, só se fala na venda do João Félix e nunca neste tipo de casos.
Quando fica sob a luz dos holofotes, o que se tem tornado numa recorrência, Vieira normalmente reforça o contingente de advogados e consultores de imagem e cala-se.
Não vejo como o possa fazer agora, porque o mundo do futebol quererá saber por que é que o Benfica compra jogadores que nunca pensou incluir no seu plantel e que acaba por ceder com prejuízo. É um racional que não bate certo, e, remetendo-se ao silêncio, Vieira alimentará as mais variadas suspeições.
Depois há a questão daqueles que, não sendo Vieira, falam em nome dele, em contextos que são verdadeiramente aterradores. Quanto mais não seja para salvaguardar a sua honorabilidade pessoal, devia esclarecer se há ou não abuso de representação.
Finalmente, perante os indícios que existirá possível fraude à lei, na limitação regulamentar dos jogadores emprestados a outros clubes, a partir de 2018, em particular no trânsito de jogadores para o defunto Aves, espera-se que a Liga promova, sem delongas, o correspondente inquérito.
Não basta argumentar que, na falta de condenações judiciais, é prematuro apontar o dedo a quem quer que seja; há uma dimensão ética, subjacente a qualquer instituição e por maioria de razão ao Benfica, que clama e exige explicações.
É apenas a diferença entre o jogo sujo e o jogo limpo.»
Se alguém entender esperar por eventuais inquéritos às sistemáticas e recorrentes actividades ilícitas do Benfica, promovidos, tanto pelo Ministério Público, quanto pela Liga Portuguesa de Futebol Profissinoal, sem ter em conta que aquele clube há muito que "está acima da lei", nem tentar perceber o quão viciada está a pauta da música que lhes é colocada à frente e que deligentemente executam, normalmente bem acompanhados pelo "baixo" da Federação Portuguesa de Futebol, o melhor será esperar...
Sentados!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Já nem dá para comentar. Fica o nojo pelo jogo sujo.
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